Eu sabia que um dia ia me apaixonar. Sou romântica e sempre acreditei em contos de fadas, príncipes, fadas madrinhas e em amor à primeira vista. Só não sabia que meu coração iria provar do primeiro amor e à primeira vista logo pelo pai da minha irmã, ou seja, meu pai adotivo.Apesar de saber que ele assinou a papelada com Brid, eu não o sentia como um pai, talvez por nem lembrar dele; apenas recordo que quando era pequena via a Jordana viajar para a casa dele e eu perguntava pra mamãe porque eu não podia ir. Ela sempre dizia que Derick era o pai da minha irmã, porém não o meu, que eu tinha um pai especial.Ela sempre fez tudo para me ver feliz. Quando Jordana foi fazer o teste para desfilar eu ainda era muito pequenina e queria acompanhar minha irmã, foi quando mamãe precisou voltar antes e pediu a ele para nos buscar, pude ver o olhar de desgosto dele quando me viu, lembro de me encolher e ficar calada enquanto ele e Jordana conversavam até o jatinho dele que nos trouxe de volta a Lo
Depois da noite conturbada e mal ter pregado os olhos, eram seis horas quando já estava de pé bebericando um café e esperando as duas para o desjejum, estava impaciente lendo o jornal Los Angeles Times quando April vem na minha direção; olhá-la era como ter uma linda visão de uma belíssima deusa da sensualidade. Seu rosto de menina angelical junto do corpo de mulher sexy, do tipo que abre o apetite de todos os homens, era a combinação mais perfeita que já vi. Reparo mais em suas roupas, a calça era um tanto larga, porém tão abaixo da linda cintura fina que deixava dois fios de cor preta à mostra, fito melhor aquilo notando que deveria ser de algo que ela chame de calcinha. Meus olhos sobem, meus músculos tensionam ao perceber que a porcaria que usava sequer tinha nome a ser dado, já que deixava parte do sutiã da mesma tonalidade dos fios expostos.–– Que merda é essa? – Aponto para aquilo e ela se olha.– Calça. – Franze o cenho. – Top e blusa.– Chama essa coisa que mal cobre os seio
– Tropecei nos meus pés, como de costume. – Gargalha de si mesma ao contar.As duas se sentam e ao invés de apenas se alimentarem embalam em uma conversa animada, riem muito juntas. Era nítido o amor entre elas. Minha filha fala animada sobre o desfile e April ri, falando que jamais poderia ser uma modelo já que consegui ir ao chão sem esforço algum. Claro, além de não ter altura suficiente.Eu que sempre gostei do silêncio nas refeições me peguei adorando aquilo. Acredito que desde que saí da casa dos meus pais, o que aconteceu assim que fui para a universidade, nunca mais havia sentido aquele clima familiar.– Meninas, tratem de comer antes de ir. – Uma senhora aparece falando com elas.As duas sorriem para a senhora baixa e muito elegante. – Não posso! – April diz fazendo beicinho.Ver aquele gesto deixou-me mais aguçado por ela. Volto a dar atenção para o meu pecado vivo.– Menina, trate de se alimentar. Tem suas apresentações.– Show! – Jordana corrige a senhora.– Melinda, apres
– Vim ver como estavam – explica alinhando os braços como se fosse um sargento.– Acho que está com esse uniforme para seduzir o senhor Galileu. – April fala rindo alto.– Hum, bem pensado irmã. – Jordana finge estar refletindo. – Aquelas olhadas dos dois.– Ai por favor! Quem pode com as duas – diz indo embora.– Não fica chateada. – A coisinha linda fala sorrindo ao ver a mulher desaparecer.Jordana gargalha. – Acho que desta vez ela coloca pimenta no nosso bolo.– Hum. – April suspira. – Talvez seja melhor nós duas fazermos o nosso próprio bolo de chocolate.– Sabem fazer bolo? – pergunto abismado.– Sim papai. – Jordana diz feliz. – Suas filhas são prendadas.Vejo April abaixar os olhos com tristeza, olha para mim discretamente. Engulo aquela afirmação da minha filha. – Vamos logo – ordeno.– Vai nos levar? – Jordana pergunta intrigada.– Vou acompanhá-las – falo, vendo April sair na nossa frente.Ao chegarmos na enorme garagem olho o meu lindo pecado indo na direção oposta e ela
Na ilustre família Griff o que não faltavam eram segredos escondidos embaixo do tapete.E com o lindo, sexy e arrogante CEO Derick Griff, rei do mercado petroleiro, não seria diferente.Aos dezessete anos ele engravidou a filha de um amigo do seu pai; o escândalo estava batendo na porta, mas o que ele não sabia era que aquilo seria só a ponta do iceberg.Os jovens futuros pais não queriam se casar, o que foi aceito pelas respectivas famílias, e todos juntos decidiram o nome do bebê. Se fosse menina, a criança carregaria o nome das avós, e se fosse menino o dos avós. Assim nasceu Jordana Adalberta Griff. Linda e adorada por todos, a menina foi criada pela mãe sem nunca deixar de passar as férias com seu pai amoroso, mas não tão presente quanto ela gostaria.Derick fazia valer seu sobrenome, agindo nos negócios com punhos de ferro e se mantendo um dos Griff’s mais cobiçados de todos os tempos.Bridget Reviello, mãe de Jordana, assim como Derick nunca se casou, pois ambos possuíam uma eno
A CHEGADA NA MANSÃO Depois de uma noite exaustiva deixando todos meus negócios em ordem, preparando tudo para que eu possa trabalhar em Los Angeles da melhor forma possível, lá estava eu chegando nos portões da mansão de Bridget, mãe da minha filha.Observo como os jardins mudaram depois da morte do responsável por aquilo, a última vez que estive aqui foi para assinar os papéis de adoção de uma criatura que não vejo há mais de seis anos. Na verdade, a vi poucas vezes; uma quando Brid, como eu chamo aquela desmiolada que colocou Jordana no mundo, em certa ocasião teve a infeliz ideia de adotar aquela coisinha mirrada. Como ela não tinha o consentimento dos pais recorreu a mim, que sempre tive influência junto a eles para ela poder realizar tal ato, e outra vez em uma ocasião em que precisei ir buscar Jordana em um evento e aquela coisa estava junto fazendo algum tipo de teste para algo.Entro na bela casa e não encontro nada além da imensa sala de entrada. Fico ali observando como os
– Pai, a April é da família – diz com tristeza pelo meu modo de falar. – Ela é minha irmã e melhor amiga. E se ainda não sabe, ela é a sensação da música pop. O senhor não vê televisão, não lê jornais, revistas, ou ouve música? – pergunta pasma.– Leio jornal a parte que me interessa – respondo incomodado com o modo como Jordana defende a talzinha. – Quanto a assistir não tenho tempo para nada além do canal de finanças. E sim, filha. – Eu a olho sem paciência. – Ouço música, porém apenas boa música, algo que valha a pena e não que danifique meu bom gosto.– Nossa, pai! – diz com total reprovação.– Nossa, o quê? – indago irritado.– Estou seguindo carreira de modelo – diz de modo séria. – Como pode falar assim de pessoas que fazem o que gostam?– Você é diferente. – Limito aquilo a fim de não engajar em uma discussão.– Por quê? – questiona na defensiva.– É minha filha, tenho de aturar e apoiar seus sonhos, está caminhando para uma vida adulta; quando se formar, só então saberá de fa
–– Entendeu mal. – Não completo a frase, vendo a perplexidade nos olhos da minha filha, afinal eu jamais tentei me desculpar com alguém e aquela era a primeira forma que encontrei de fazer aquilo.– Não! – diz molhando os lábios. – Sabemos que entendi perfeitamente bem, e como eu dizia. – Seu tom sai com desdém. – Nunca pretendi usar outro sobrenome que não fosse Blanck, o que aliás uso tomada de orgulho. Saiba o senhor que vir de origem humilde não é vergonha para ninguém! Já ser esnobe.Ela fala passando por mim e inalo seu maldito perfume, coisa que acendeu todo o resto do meu corpo. Aquilo é uma mulher? Ou uma bruxa? Encaro seus lindos olhos escuros e ela vai até Jordana, abraça minha filha ficando mais próxima de mim. Por Deus, podia agarrar ela e fodê-la ali mesmo.Chacoalho a cabeça diante da loucura que pensei. Presto mais atenção nela, reparo em cada detalhe sem que as duas percebam. April é mais baixa do que Jordana, tem uma cintura fina, o quadril perfeito com pernas certam