– Se não vou aos seus desfiles é porque a bela filhota nunca mandou um convite sequer, então concluí que não se sentiria à vontade na minha presença. Algumas meninas sentem vergonha dos pais quando desfilam pra lá e pra cá. – Ela ri.–– Pai, a última coisa que eu sou é tímida – confessa sem receio.–– Pois eu espero que se mantenha longe de meninos – falo às pressas. – Você é só uma garotinha.–– Tenho vinte e um anos – diz com certo sorriso. – April é a caçulinha da casa, não eu. Apesar do senhor rejeitar o fato de que é o pai adotivo dela, deveria ir vê-la um dia desse.–– Não quero que repita que ela é minha filha – peço tomado pela dolorosa vergonha de estar coberto pela luxúria por alguém com idade para ser minha filha. Por uma mulher que adotei mesmo sem conviver comigo.–– Tudo bem, pai – diz com tom de derrota. – Amo a April, não continue a magoando – pede como se implorasse.Olho em seus olhos, mal sabe ela o que a tal garota fez com meu espírito de “homem que tudo pode” e qu
Sentei-me em uma poltrona e comecei a beber meu uísque preferido, Brid sabe do que gosto e o que costumo ter sempre na minha casa ou no trabalho; não dou a mínima pelo fato de a garrafa custar 41 mil reais, a mim apenas importa que é fabricado com malte trufado, o saboroso e forte The Macallan 1946. Quanto mais as horas passam menos fico satisfeito com a demora dela, menos ainda com o fato que o zelo que estava tendo não era um cuidado que todos esperavam de mim como pai adotivo, mesmo que tendo feito isso para dar a Brid o que ela queria, era assim que malditamente todos me viam. Aquela porcaria corroendo meus nervos era pura e simplesmente querer de um homem por uma mulher!Cansado, estressado com tudo, especialmente por ter certeza de que April jamais iria olhar para mim da maneira que eu desejo! Com tantas mulheres nesse mundo! Com tantas que levo para a cama essa droga de coisa que sempre ouvi falar sobre o quanto um homem descobre quem realmente quer quando ao avistar um amor pe
– Eu não disse que não queria – confessa ficando rubra.–– Então. – Roço nossas bocas e outra vez não tenho resposta. A solto com brutalidade. – Está brincando comigo, porra!–– Não – responde tímida.–– Estava com quem? – Seguro seu queixo, pressionando, ela desfere um tapa na minha mão e eu a solto. – Quem era o filho da puta que estava no meio das suas pernas? – pergunto dando de leve um tapinha em cima da sua caixinha saborosa.–– Como pode pensar isso? – pergunta indignada.Dou um sorriso com desgosto. – Para o seu bem, vá para o seu quarto! – ordeno.–– Não pode falar comigo como fala com a Jordana – diz sisuda.–– Claro que não! Ela é minha filha! Quanto a você, é a garota em quem meu pau quer se enfiar! – Meu tom sai com ira.Ela suspira. – Acredite, não sou fácil como o senhor imagina.–– Senhor? – pergunto com ironia. – Acabamos de ter um momento íntimo para que continue me chamando assim. – April volta a morder o lábio inferior. – Quero, exijo saber com quem estava. Diz log
Eu sabia que um dia ia me apaixonar. Sou romântica e sempre acreditei em contos de fadas, príncipes, fadas madrinhas e em amor à primeira vista. Só não sabia que meu coração iria provar do primeiro amor e à primeira vista logo pelo pai da minha irmã, ou seja, meu pai adotivo.Apesar de saber que ele assinou a papelada com Brid, eu não o sentia como um pai, talvez por nem lembrar dele; apenas recordo que quando era pequena via a Jordana viajar para a casa dele e eu perguntava pra mamãe porque eu não podia ir. Ela sempre dizia que Derick era o pai da minha irmã, porém não o meu, que eu tinha um pai especial.Ela sempre fez tudo para me ver feliz. Quando Jordana foi fazer o teste para desfilar eu ainda era muito pequenina e queria acompanhar minha irmã, foi quando mamãe precisou voltar antes e pediu a ele para nos buscar, pude ver o olhar de desgosto dele quando me viu, lembro de me encolher e ficar calada enquanto ele e Jordana conversavam até o jatinho dele que nos trouxe de volta a Lo
Depois da noite conturbada e mal ter pregado os olhos, eram seis horas quando já estava de pé bebericando um café e esperando as duas para o desjejum, estava impaciente lendo o jornal Los Angeles Times quando April vem na minha direção; olhá-la era como ter uma linda visão de uma belíssima deusa da sensualidade. Seu rosto de menina angelical junto do corpo de mulher sexy, do tipo que abre o apetite de todos os homens, era a combinação mais perfeita que já vi. Reparo mais em suas roupas, a calça era um tanto larga, porém tão abaixo da linda cintura fina que deixava dois fios de cor preta à mostra, fito melhor aquilo notando que deveria ser de algo que ela chame de calcinha. Meus olhos sobem, meus músculos tensionam ao perceber que a porcaria que usava sequer tinha nome a ser dado, já que deixava parte do sutiã da mesma tonalidade dos fios expostos.–– Que merda é essa? – Aponto para aquilo e ela se olha.– Calça. – Franze o cenho. – Top e blusa.– Chama essa coisa que mal cobre os seio
– Tropecei nos meus pés, como de costume. – Gargalha de si mesma ao contar.As duas se sentam e ao invés de apenas se alimentarem embalam em uma conversa animada, riem muito juntas. Era nítido o amor entre elas. Minha filha fala animada sobre o desfile e April ri, falando que jamais poderia ser uma modelo já que consegui ir ao chão sem esforço algum. Claro, além de não ter altura suficiente.Eu que sempre gostei do silêncio nas refeições me peguei adorando aquilo. Acredito que desde que saí da casa dos meus pais, o que aconteceu assim que fui para a universidade, nunca mais havia sentido aquele clima familiar.– Meninas, tratem de comer antes de ir. – Uma senhora aparece falando com elas.As duas sorriem para a senhora baixa e muito elegante. – Não posso! – April diz fazendo beicinho.Ver aquele gesto deixou-me mais aguçado por ela. Volto a dar atenção para o meu pecado vivo.– Menina, trate de se alimentar. Tem suas apresentações.– Show! – Jordana corrige a senhora.– Melinda, apres
– Vim ver como estavam – explica alinhando os braços como se fosse um sargento.– Acho que está com esse uniforme para seduzir o senhor Galileu. – April fala rindo alto.– Hum, bem pensado irmã. – Jordana finge estar refletindo. – Aquelas olhadas dos dois.– Ai por favor! Quem pode com as duas – diz indo embora.– Não fica chateada. – A coisinha linda fala sorrindo ao ver a mulher desaparecer.Jordana gargalha. – Acho que desta vez ela coloca pimenta no nosso bolo.– Hum. – April suspira. – Talvez seja melhor nós duas fazermos o nosso próprio bolo de chocolate.– Sabem fazer bolo? – pergunto abismado.– Sim papai. – Jordana diz feliz. – Suas filhas são prendadas.Vejo April abaixar os olhos com tristeza, olha para mim discretamente. Engulo aquela afirmação da minha filha. – Vamos logo – ordeno.– Vai nos levar? – Jordana pergunta intrigada.– Vou acompanhá-las – falo, vendo April sair na nossa frente.Ao chegarmos na enorme garagem olho o meu lindo pecado indo na direção oposta e ela
Na ilustre família Griff o que não faltavam eram segredos escondidos embaixo do tapete.E com o lindo, sexy e arrogante CEO Derick Griff, rei do mercado petroleiro, não seria diferente.Aos dezessete anos ele engravidou a filha de um amigo do seu pai; o escândalo estava batendo na porta, mas o que ele não sabia era que aquilo seria só a ponta do iceberg.Os jovens futuros pais não queriam se casar, o que foi aceito pelas respectivas famílias, e todos juntos decidiram o nome do bebê. Se fosse menina, a criança carregaria o nome das avós, e se fosse menino o dos avós. Assim nasceu Jordana Adalberta Griff. Linda e adorada por todos, a menina foi criada pela mãe sem nunca deixar de passar as férias com seu pai amoroso, mas não tão presente quanto ela gostaria.Derick fazia valer seu sobrenome, agindo nos negócios com punhos de ferro e se mantendo um dos Griff’s mais cobiçados de todos os tempos.Bridget Reviello, mãe de Jordana, assim como Derick nunca se casou, pois ambos possuíam uma eno