Hafiq começa a tossir e eu engasgo com a saliva, essa senhora tem a capacidade de me deixar totalmente sem graça, como seu eu fosse uma vadia desesperada por sexo.E se for pensar dessa forma, eu sou mesmo.Também! Com um homem lindo, moreno, dormindo todos os dias completamente nu e excitado em minha cama, quem não seria? Só se eu fosse freira.A minha pergunta de um milhão de dólares é somente uma, por que será o inferno que essa velha maluca, sendo uma rainha, não compra as suas malditas quinquilharias pela internet? Ou pede para os lojistas levarem a domicílio?Pois eu mesmo tenho a resposta, certamente é pra me torturar.Então, por que não arranca logo de uma vez as minhas unhas à pinça, ou os bagos que eu não tenho com um torniquete?Meus pés doem, estou com a sola dos pés ardendo como seu tivesse caminhado sobre brasas.O tanto que eu já rodei pelo mercado, acho que dava pra ter feito o caminho a pé até Londres, quem sabe até a Bahia.Saímos a mais de uma hora de uma boutique c
Acho que já não era sem tempo eu me acostumar o tanto que eu já casei, em tão curto espaço de tempo.Primeiro no leito de hospital com Zie, depois em Londres e agora, aqui no Qatar, para toda a sociedade Qatari ver.Não importa quantas vezes eu passe por essa experiência, nada disso ajuda.Toda a sociedade Qatari estará aqui dentro de algumas horas, isso é o suficiente para me deixar uma pilha de nervos.Anusha acalmou Hafiq dizendo que teríamos uma cerimônia discreta e íntima, só que esse monte de gente me cercando, cabeleireiro, maquiador, cerimonialista do governo e a quantidade de presentes abarrotando o quarto, me faz duvidar dessa conversinha pra boi dormir.Ainda me lembro da conversa dela comigo e com ele.— Não se preocupem que eu estou à frente de tudo, será uma cerimônia simples e para pouquíssimas pessoas, só os amigos mais chegados...Pouquíssimas pessoas, amigos mais chegados, discreto, íntimo? Duvido, ela não me engana.Essa velha maluca só faz o que quer, ela está comp
A minha vestimenta de casamento é tipo uma sobressaia e um top vermelho cereja, recobertos com tecidos luxuosíssimos, repletos de cristais e bordados dourado. O tecido foi colocado uma ponta na minha cintura e enrolado em volta do meu corpo, caindo a sua ponta finalsobre o ombro. O véu vermelho, não cobre só minha cabeça, mas também os ombros e o colo, o comprimento indo quase até a linha da cintura.Anusha retorna ao quarto com várias joias e o colar de ouro velho com a turmalina azul que quase me cega de tão ostentoso.As mulheres pegam o espelho para eu me ver e por muito pouco eu não estrago o trabalho da maquiadora.Nunca me senti tão bonita, meus olhos brilham de alegria.E as horas mais mágicas da minha vida passam como se fosse um filme, estou anestesiada pela emoção.Grudei um sorriso no rosto que eu acho que deve ser indiscreto, pela rigidez dos costumes do país, mas ninguém foi louco de me repreender.Fui conduzida pelo Senhor Radesh Hassan, tio de Hafiq, até onde o meu ma
Ele me observa vir ao seu encontro com um olhar de pulverizar calcinhas.E só de olhá-lo eu já sinto os sucos entre as minhas pernas me umedecerem toda. É esse efeito que ele me causa, sem sequer encostar um único dedo em mim.— Linda e toda minha.— Todinha sua.— Valeu a pena esperar, verde fica lindo em você, mas esses panos cobrindo meu presente, vão ter que sair. Dispa-se, agora.O seu olhar perverso me hipnotiza, ele reafirma.— Tire bem devagar, não temos pressa, vou ficar bem aqui sentado apreciando tudo que éEu paro de frente pra ele a certa distância e retiro com movimentos lânguidos o sutiã, as alças se deslocam pelos meus braços e o sutiã cai no chão.Engancho dois dedos nas laterais da calcinha e escorrego lentamente o tecido pelos quadris, a calcinha está no chão, nos meus tornozelos.Hafiq se aproxima, cai de joelhos e aperta forte a minha bunda, aproximando o monte do meu sexo do seu rosto.Ele beija a minha vagina depilada e eu encontro os seus olhos cravados em mim,
HAFIQ DOIS MESES DEPOIS— Ah, inferno, você me mata Habibi, me dá a sua boca.— Venha pegar, preguiçoso.Eu corro em volta da mesa ao redor de Antônia, ela sabe que essa luta é perdida, agarro a sua cintura e a jogo em cima da mesa, deixando cair uma pilha de papéis.Puxo a sua cabeça para trás, os seus cabelos entremeiam-se macios em meus dedos, agora eu tenho total acesso aos lábios carnudos da minha onça, eles se encaixam perfeitamente nos meus e eu vou pegá-los pra mim.Nossos beijos são como se não houvesse amanhã e a sensação às vezes é essa mesma.Desde que eu tive que receber em minhas mãos a dura tarefa de conduzir esse país e tomei para mim as rédeas das decisões mais urgentes do governo, a minha vida virou de cabeça para bai
HAFIQE depois de lamber, sorver e beber da sua carne novamente, como se fosse o meu último gole d'água no meio do deserto, nós fizemos amor, atracados em cima da mesa de reuniões.Me pego por vezes sorrindo, enquanto almoçamos esparramados no sofá.Apesar de todos os estresses, ela enche a minha vida de alegria, desse jeito que é só dela, tão natural, tão intempestiva e tão minha.Eu não preciso fazer o personagem do sheikh poderoso.Ela já viu as minhas maiores fragilidades, Tônia conhece o meu lado mais feio, o meu pior e isso é tão reconfortante, com ela eu posso ser somente eu, com todas as minhas imperfeições.Samyr, meu secretário, nos interrompe com uma ligação e Antônia fecha a cara, sentada no meu colo, quase me empurrando goela abaixo um pedaço de sanduíche.Sendo assim, uma vez onça, sempre onça...Ela arranca o telefone da minha mão e dispara para Samyr.— Samyr, esqueça Hafiq por meia hora, o seu chef
Sem que ela saiba, reformei um dos quartos, transformando-o em um pequeno estúdio para ela poder criar as suas obras de artes em um espaço só dela.Deveria ter feito isso mais cedo, após nos instalarmos na casa, levei-a com os olhos vendados para mostrar-lhe a surpresa do estúdio e ela gostou tanto que fizemos amor em cima da mesa de pintura, espalhando pincéis e latas de tinta pelo chão, em uma bagunça deliciosa e só nossa.— Senhora Hassan, você não se envergonha de fazer essa bagunça e tirar um homem virtuoso do bom caminho?— Pensei que seria um bom caminho fazê-lo gozar no estúdio novo.— Só se fizermos isso de novo, já estou pronto para um segundo round.Ela não está na sala, melhor, me dá tempo de arrumar essa bagunça que ficou a minha mão ferida.Sigo até o banheiro e quando menos espero, ela está na porta me olhando assustada, empurrando a minha mão, para ver o ferimento.— O que aconteceu? Onde você se machucou desse jeito, Hafiq?Eu tento tirar as mãos dela, mas ela me fuzi
Anusha me tira dos meus pensamentos e se levanta, jogando cinquenta Riyal Qatari na mesa da cafeteria que paramos para lanchar e reclama como sempre.— Vamos, rápido! Você e Jamal parecem duas lesmas, ainda temos que comprar uma roupa pra você para a festa de hoje, antes que você ponha esses peitos para fora com os decotes que você teima em usar.Eu sussurro pra Jamal.— Ih! A Manusha ataca novamente.Ele levanta a sobrancelha sem entender.— Manusha? Não entendi.— Acorda Jamal, por isso que ela fica te chamando de lesma, Manusha é a junção de Má com Anusha, Manusha entendeu agora?— Eu sou velha, mas não sou surda, você merecia umas boas chibatadas nessa sua bunda gorda. Mas eu gostei, Manusha é bom, pode me chamar assim menina, impõe respeito aos inimigos.— Eu me chamo Antônia, Anusha, e não menina.— Sim, eu sei, mas é muito bom implicar com você, menina.— Se continuar me chamando de menina, continuarei te chamando de Manusha!— Fique a vontade, menina insolente.E lá vai ela ba