Estelar do Sul
A bruxa anda de um lado para outro, atordoada. Lagartixas caminham pelas paredes de seu casebre, escondendo-se atrás dos quadros. Havia sol ( como sempre) em Estelar do Sul e as nuvens amontoavam-se belos desenhos abstratos no céu.
Amanda,com seus pouco mais de duzentos anos,mantinha aparência jovem e imortal de uma feiticeira. Procura com insistência sua pena mágica azul cobalto. Era um segredo seu, o qual guardou por muito tempo. Um objeto mágico perigoso com passado macabro. Não poderia jamais cair em mãos erradas, pois é capaz de mudar o destino das pessoas. Tudo escrito por ela, acabava tornando-se realidade, não importava se eram coisas boas ou ruins. A jovem bruxa poderia mudar uma vida inteira se quisesse.
A casa de Amanda era bagun&
Capítulo VIIIMonteliteQualquer um no lugar de Amanda e Ulisses ficariam confusos com a confusão que estava acontecendo no momento. A bruxa a fitou, como se estivesse vendo uma louca em sua frente.-Do que está falando? –perguntou. Seu primo também se levantou, com uma expressão desconfiada.-Olha... o importante é você saber que temos uma missão.-Alana explicou. A primeira parte falhou, que era evitar um conflito entre Cléris e Montelite.-Pense bem-Ulisses deu um passo à frente- você acha que este vai ser o único conflito entre esses reinos? Preste atenção... agora que come
ClérisLogo que alçaram vôo, Alana adormeceu. Nathan estava atento no caminho que seguia, pensando em como convenceria os pais a hospedar a jovem de um reino inimigo em seu castelo.Muitas ideias surgiam em sua mente, mas nenhuma delas parecia boa e convincente o suficiente.Não queria preocupá-la, nem perguntar nada. Ficava se perguntando o motivo dela não tê-lo matado no duelo, já que estava com posse total de dominação e ele, sem proteção alguma. Ela ainda o ajudara a levantar do chão. Mas o príncipe por um lado não queria lembrar de nada que fosse desviar sua atenção dos duelos que participava ultimamente.O vento cortante batia diretamente no rosto de Nathan, que pusera a touca que usava, em Alana.
Cléris-Estou preocupada com meus amigos -Alana diz no caminho ainda sobrevoando o céu de Cléris.Nathan respira o ar com cheiro de flores , que gelado entra em suas narinas.-Não sabe o que aconteceu com eles?-Não. Eu...fiquei desacordada e não sei exatamente por quanto tempo. Eu tinha encontrado Victor primeiro, ele é um filho de Hades. Encontrei Amanda, o primo dela Ulisses. E agora descobri que você é um de nós.-Eu não entendi o que a garota morta quis dizer, quando disse que sou um de vocês. É sobre aquilo que você e o esquisito falaram antes da batalha?Alana fez que sim com a cabe&cced
ClérisEra um dia de neve intensa em Cléris naquela manhã. Alana está deitada em uma cama macia em um dos aposentos do palácio. Ainda sente fortes dores no local do ferimento. Percebe que os lençóis estão sujos de sangue,levanta-se devagar e afasta uma das cobertas. Assim que põe os pés para fora da cama sente o ar gelado do inverno. Segura a lateral do corpo onde está ferida e arrasta-se até a janela, abre e logo um vento congelante lhe toma conta dos cabelos e do rosto. Fecha rápido, com a respiração ofegante.-Então quer dizer que já está bem para caminhar pelo palácio? – ela escuta a voz de Nathan.Alana se vira, com um sorriso afetado. ClérisAlana está deitada em sua cama, à algumas horas havia tomado seu café da manhã, perto do meio-dia sentia novamente seu estômago pedir por comida. De certo modo, se sentia melhor do ferimento, mas não dos ferimentos dentro da sua alma. Com a respiração pesada, ela observa o teto do quarto onde está pintado um céu negro estrelado, com desenhos de várias fênix sobrevoando-o perto de uma lua também muito bem pintada.Alguém bate na porta.-Entre – ela diz.Fica surpresa ao ver que Nathan chega com calma,com um certo sorriso diferente nos lábios. Ela pensou que ele não retornaria até o outro dia.-AlanaCapítulo 12
Nevasca CentralEm uma poltrona forrada com pele de urso, Stefânia meche de um lado para outro uma corrente nos dedos da mão direita. Seus pensamentos malignos estão todos voltados para Alana e em quem seria os outros que a acompanhavam. Na verdade,ela nunca soube nada sobre Alana de longe, pois não tinha poderes de ver o que acontece em outros lugares como a maioria dos vampiros. Mas isso era um segredo seu para que não parecesse fraca em frente aos inimigos. Haviam boatos de que era uma semideusa, filha de Nêmesis, a deusa da vingança. Mas nunca ninguém ouvira isso de sua boca.Um de seus homens entra em seu escritório, com uma expressão estranha. Ela olha para ele, com desprezo.-O que é, Saullo?-Senhora,
ClérisGuiados pelo criado que os chamara, os quatro escolhidos seguiram até uma cortina vermelha em um palco alto.Alana espia, há uma multidão de pessoas em um burburinho de conversas aleatórias, provavelmente se perguntando o que o príncipe teria de tão importante para dizer. Ela vê Nathan de frente para as pessoas, em pé. Rei e rainha Rick e Lorena Velásquez estavam sentados ambos cada qual em seus tronos, rodeados de fadas que lhes alcançavam o que comer, frutos e guloseimas.-Espero que toda aquela comida seja fornecida para nós também – cochicha Ulisses perto de Alana, tentando ver o que acontecia.Ela olha para ele, contente. ClérisNa manhã que sucede, antes mesmo do café, a bruxa Amanda desce correndo os degraus largos de madeira, desesperada. Suas vestes finas e escuras arrastam-se pelo piso. Ela dá de frente com Alana que está saindo da cozinha com uma beterraba descascada na mão.-O que houve, Amanda?- Alana arregala os olhos para a feiticeira.A bruxa toma fôlego para falar, então nota a beterraba.-Uma beterraba?Alana olha para o alimento que segura em suas mãos avermelhadas pela cor que o mesmo espalha em sua pele.-Sim, uma beterraba.-Você come beterrabas cruas de manh&atildCapítulo 15