Cléris
Logo que alçaram vôo, Alana adormeceu. Nathan estava atento no caminho que seguia, pensando em como convenceria os pais a hospedar a jovem de um reino inimigo em seu castelo.Muitas ideias surgiam em sua mente, mas nenhuma delas parecia boa e convincente o suficiente.
Não queria preocupá-la, nem perguntar nada. Ficava se perguntando o motivo dela não tê-lo matado no duelo, já que estava com posse total de dominação e ele, sem proteção alguma. Ela ainda o ajudara a levantar do chão. Mas o príncipe por um lado não queria lembrar de nada que fosse desviar sua atenção dos duelos que participava ultimamente.
O vento cortante batia diretamente no rosto de Nathan, que pusera a touca que usava, em Alana.
Cléris-Estou preocupada com meus amigos -Alana diz no caminho ainda sobrevoando o céu de Cléris.Nathan respira o ar com cheiro de flores , que gelado entra em suas narinas.-Não sabe o que aconteceu com eles?-Não. Eu...fiquei desacordada e não sei exatamente por quanto tempo. Eu tinha encontrado Victor primeiro, ele é um filho de Hades. Encontrei Amanda, o primo dela Ulisses. E agora descobri que você é um de nós.-Eu não entendi o que a garota morta quis dizer, quando disse que sou um de vocês. É sobre aquilo que você e o esquisito falaram antes da batalha?Alana fez que sim com a cabe&cced
ClérisEra um dia de neve intensa em Cléris naquela manhã. Alana está deitada em uma cama macia em um dos aposentos do palácio. Ainda sente fortes dores no local do ferimento. Percebe que os lençóis estão sujos de sangue,levanta-se devagar e afasta uma das cobertas. Assim que põe os pés para fora da cama sente o ar gelado do inverno. Segura a lateral do corpo onde está ferida e arrasta-se até a janela, abre e logo um vento congelante lhe toma conta dos cabelos e do rosto. Fecha rápido, com a respiração ofegante.-Então quer dizer que já está bem para caminhar pelo palácio? – ela escuta a voz de Nathan.Alana se vira, com um sorriso afetado. ClérisAlana está deitada em sua cama, à algumas horas havia tomado seu café da manhã, perto do meio-dia sentia novamente seu estômago pedir por comida. De certo modo, se sentia melhor do ferimento, mas não dos ferimentos dentro da sua alma. Com a respiração pesada, ela observa o teto do quarto onde está pintado um céu negro estrelado, com desenhos de várias fênix sobrevoando-o perto de uma lua também muito bem pintada.Alguém bate na porta.-Entre – ela diz.Fica surpresa ao ver que Nathan chega com calma,com um certo sorriso diferente nos lábios. Ela pensou que ele não retornaria até o outro dia.-AlanaCapítulo 12
Nevasca CentralEm uma poltrona forrada com pele de urso, Stefânia meche de um lado para outro uma corrente nos dedos da mão direita. Seus pensamentos malignos estão todos voltados para Alana e em quem seria os outros que a acompanhavam. Na verdade,ela nunca soube nada sobre Alana de longe, pois não tinha poderes de ver o que acontece em outros lugares como a maioria dos vampiros. Mas isso era um segredo seu para que não parecesse fraca em frente aos inimigos. Haviam boatos de que era uma semideusa, filha de Nêmesis, a deusa da vingança. Mas nunca ninguém ouvira isso de sua boca.Um de seus homens entra em seu escritório, com uma expressão estranha. Ela olha para ele, com desprezo.-O que é, Saullo?-Senhora,
ClérisGuiados pelo criado que os chamara, os quatro escolhidos seguiram até uma cortina vermelha em um palco alto.Alana espia, há uma multidão de pessoas em um burburinho de conversas aleatórias, provavelmente se perguntando o que o príncipe teria de tão importante para dizer. Ela vê Nathan de frente para as pessoas, em pé. Rei e rainha Rick e Lorena Velásquez estavam sentados ambos cada qual em seus tronos, rodeados de fadas que lhes alcançavam o que comer, frutos e guloseimas.-Espero que toda aquela comida seja fornecida para nós também – cochicha Ulisses perto de Alana, tentando ver o que acontecia.Ela olha para ele, contente. ClérisNa manhã que sucede, antes mesmo do café, a bruxa Amanda desce correndo os degraus largos de madeira, desesperada. Suas vestes finas e escuras arrastam-se pelo piso. Ela dá de frente com Alana que está saindo da cozinha com uma beterraba descascada na mão.-O que houve, Amanda?- Alana arregala os olhos para a feiticeira.A bruxa toma fôlego para falar, então nota a beterraba.-Uma beterraba?Alana olha para o alimento que segura em suas mãos avermelhadas pela cor que o mesmo espalha em sua pele.-Sim, uma beterraba.-Você come beterrabas cruas de manh&atildCapítulo 15
{Península do rio Athena, passagem de Estelar do Norte para Cléris}Sem dúvidas o destino do jovem lobo estava muito longe de se concretizar. Vinha de uma alcatéia caçadora e protetora das florestas aos arredores de todos os reinos, mas sabia que talvez não fosse fácil continuar uma jornada. Não com os ferimentos provocados pelo pai durante a briga.O jovem Saymon sobe em uma pedra e ali toma sua forma humana mais uma vez. Respira fundo, alguns raios de sol vão de encontro com seus cabelos loiros também dando um toque amendoado aos olhos castanhos. Observa que logo mais abaixo está o muro que divide Estelar do Norte ( o reino dos lobos e lobisomens) do reino de Montelite ( o reino dos homens, assim como Cléris).Receia que não consig
MonteliteA notícia da morte da rainha logo se expandiu pelos reinos. Era um mistério muito temido apesar de curioso. Rei Rick pediu à Nathan que ele e os companheiros encontrassem logo o assassino e o trouxessem até ele. Com toda a certeza, o assassino de Sophia era o mesmo da rainha Lorena.Alana, Victor, Ulisses e a bruxa Amanda seguem pelos campos de Montelite, após um dia inteiro de cavalgada. Nathan ficara no castelo com a promessa de ir atrás deles depois que seu pai e a irmã estivessem mais conformados com o luto da rainha. Fazia um dia frio e ventoso como sempre, mas naquele dia especialmente caía muita neve.As bruxas dos bosques espiavam atentas aos passos dos cavalos em que seguiam. Quando passavam, as pessoas se rendiam a abaixarem-se em respeito à