||Augusta, Maine:
Kayla Edwards tinha dezesseis anos. Os cabelos tingidos de azul quebravam um pouco o seu ar angelical, e sua forma despojada de se vestir, lhe fazia ser encarada pelos adultos como se fosse uma marginal, mas aquela forma de se vestir, não passava de um disfarce para esconder a garota frágil. Ela aprendeu ainda pequena, que se quisesse sobreviver ao mundo, teria de fingir ser forte. Nunca chorar em público, e de maneira alguma, se vestir como uma garotinha ingênua, senão, os outros tentariam tirar vantagem disso.
Kayla conheceu Auriel na biblioteca. Se conheceram por acaso, quando suas mãos se tocaram enquanto buscavam o mesmo livro. Riram. Auriel se apresentou e deixou que ela ficasse com o livro. As duas continuaram a se encontrar no mesmo lugar, e sempre conversavam sobre um livro ou outro.Auriel era como ela. Apesar de seu ar de rebelde destemida, era só uma garota doce, que adorava poesia e literatura gótica. Não demorou para que elas se tornassem amigas, e Kayla convidasse Auriel para ir até a sua casa. A garota vivia em um trailer, mas o chamava de casa porque desde que se entendia por gente, era só o que podia chamar de lar.Sua mãe era uma prostituta e vivia bêbada ou drogada, Kayla não tinha certeza. Não era incomum que caras estranhos passassem a noite com sua mãe, e a garota, dormia com fones para não ouvir nenhum ruído constrangedor. Aquilo a chateava, mas era algo que não podia mudar. Ainda assim, rezava todas as noites para que conhecesse alguém bacana que a levasse para longe daquele inferno que era a sua vida.Kayla não tentou esconder da nova amiga, a profissão da mãe, porque todos na cidade sabiam. No colégio, as garotas a tratavam como lixo, os garotos adoravam zoar, dizendo que passaram a noite com a mãe dela – não era verdade, quem passava mesmo eram os pais deles, e eles nem sabiam -.Auriel não se abalou quando soube, nem mesmo quando testemunhou a mãe da garota fazendo escândalo em frente ao trailer por nada. Kayla sentiu vergonha do espetáculo protagonizado pela mãe, e se desculpou com Auriel por isso. A loira de olhar felino, disse que não havia motivo para que ela se desculpasse.Além de Auriel, havia uma pessoa que sempre fora gentil com Kayla, seu professor de literatura, Uriel DiAngele. Claro que todos pensavam que ele só queria se aproveitar da garota, porque a achava ingênua, mas estava longe de ser verdade. Ele sempre tentava ajudar Kayla, e algumas vezes, ofereceu trabalho a ela em sua casa, quando a mãe dela não ganhou o suficiente para fazer as compras do mês. Mas a mãe de Kayla começou a suspeitar das boas intenções do professor e proibiu a filha de fazer qualquer trabalho para ele.Auriel também levou Kayla a sua casa, algumas vezes. Era um lugar simples, mas aconchegante, e com uma estante cheia de livros. Tinha até uma lareira, o que Kayla considerava um luxo.— Moro com a minha irmã mais velha, ela é advogada, e por isso, está sempre viajando. Nesse momento, ela está na Itália, resolvendo algo importante. Acredita nisso? Ela na Itália, e eu aqui nesse lugarzinho onde Judas perdeu as botas! — Auriel disse.Kayla imaginou como seria viver em uma casa de verdade como aquela. Se sentar em frente à lareira e ler um romance ao som do crepitar do fogo.— É solitário. — Auriel disse como se tivesse adivinhado o que a outra pensara. — Sinto falta de casa.— Pensei que essa fosse sua casa. — Kayla riu confusa.— Estava falando do lugar onde nasci. — Auriel disse, e antes que Kayla pudesse perguntar onde ficava esse lugar, Auriel a convidou a passar a noite, ali. Kayla aceitou, mas disse que precisaria voltar ao trailer para buscar uma muda de roupa, sua escova de dente e outros itens indispensáveis.— Não precisa voltar. Acho que tenho tudo o que precisa, aqui. — Auriel disse, e emprestou suas coisas a Kayla.Auriel pediu pizza para o jantar. Elas comeram e assistiram a alguns filmes antes de irem dormir. Se deitaram na cama de Auriel e ouviram os trovões que anunciavam a tempestade a caminho.— Você já pensou que tipo de mãe seria? — Auriel perguntou. — Eu sempre penso nisso. Acho que protegeria o meu filho de tudo e todos, e sempre contaria uma história diferente para ele a cada noite.Kayla sorriu, triste.— Eu não me vejo como mãe, mas acho que faria diferente da minha, que não exporia meu filho a nada desagradável, e me esforçaria para que ele se sentisse orgulhoso de mim.— Se pudesse ser mãe, tipo… — Auriel riu. — Se eu tivesse poderes, e pudesse te conceder a graça da maternidade, você aceitaria?— Mas como eu cuidaria de um bebê se mal posso cuidar de mim mesma? — Kayla inquiriu.— E se pudesse? Se sua situação melhorasse de repente, você aceitaria? Me diria que sim? — Auriel apoiou o cotovelo na cama e repousou a cabeça na mão, sorrindo com ar travesso.— Sim, eu te diria sim. — Kayla respondeu.— Então, diga? — Pediu Auriel aproximando seu rosto do de Kayla.— Sim. — Kayla disse, hipnotizada pelo olhar de Auriel.Auriel sorriu e encostou os seus lábios nos de Kayla.Na manhã seguinte, Auriel agiu como se nada demais tivesse acontecido, aquilo chateou Kayla, mas ela disfarçou e também tentou não dar tanta importância a um simples beijo.Algumas semanas se passaram, e Kayla percebeu que não estava bem. Tudo a enjoava. Ela vomitava toda manhã, e quase desmaiara na aula de matemática. Sua mãe a levou ao médico, depois que a diretora dispensou a garota porque ela passou mal. A médica foi concisa após o exame:— Você está grávida.— O que? É impossível. Eu nunca… — Kayla se voltou a mãe, com os olhos lacrimejando.Diana não disse nada a filha durante o trajeto de volta ao trailer, no entanto, quando chegaram, agarrou a garota pelo braço, furiosa.— Foi o Uriel, não foi? — Diana disse.— Não. Mãe. Eu juro que ainda sou virgem! Tem que acreditar em mim! — Kayla disse.Diana riu e revirou os olhos.— Eu sabia que isso aconteceria, mas não vai ficar assim! Você ainda é menor de idade!Diana foi até a casa de Uriel, e foi recebida pela empregada que a levou até a sala e lhe pediu para esperar pelo professor.A casa de Uriel era ao estilo vitoriano, com mobílias de madeira de cerejeira, obras de arte que valiam uma fortuna, e uma biblioteca com exemplares raros. Pelo pouco que sabiam dele, os moradores diziam que ele era filho de um banqueiro, mas se mudara para o Maine após se desentender com os irmãos, então, deixou os negócios nas mãos deles e buscou a paz da cidadezinha.Uriel veio, logo após ser informado por sua empregada, que a mãe de Kayla o esperava. Ele era um homem atraente, na casa dos trinta, com cabelos castanhos, e olhos azuis. Sempre se vestia bem, e seu perfume era docemente embriagante.— Pois, não? Em que posso ajudá-la senhora Edwards? •─────✧─────•Kayla se desesperou ao imaginar a mãe a expondo ao ridículo ao seu professor, acusando-o injustamente de ser pai de uma criança que ele nem imaginava que poderia existir. A garota pegou o casaco e saiu, apressada. Foi até a casa de Auriel e quase ficou rouca de tanto chamá-la, mas a garota não estava. Kayla se sentou no degrau em frente à porta, disposta a esperar pela amiga.•─────✧─────•
Diana encarou Uriel, com ódio, antes de falar:
— Como se atreveu? Ela é só uma criança!— Não, ela não é. E não a forcei a nada. Ela consentiu. — Uriel disse, calmo.— Eu vou à polícia! Isso não ficará assim! — Falou Diana.Uriel riu, balançando a cabeça.— Ah, senhora. Em quem acha que eles vão acreditar? Na senhora que não é um exemplo de mãe, ou em mim, que só tentei ajudar a sua filha? Sabe o que parecerá? Que a senhora a vendeu para mim, e agora tenta tirar alguma vantagem disso. — Uriel disse.— Ela está grávida! — Diana disse, entre lágrimas, se sentindo humilhada diante daquele homem.— Olhe só! — Uriel riu. — Não posso duvidar que seja meu filho porque comprovei por mim mesmo que ela era… Pura. — Ele riu novamente. — Também não posso negar que gosto de sua filha. Sim, ela é… Como posso dizer? “agradável”.— Miserável! — Diana cerrou os punhos, revoltada.— Podemos evitar um escândalo se você me entregá-la? Posso lhe dar uma quantia mensal que será o suficiente para que nunca mais trabalhe e viva bem até a velhice. O que me diz? — Uriel propôs.— Eu nunca entregaria minha filha a você! — Falou Diana.— Mesmo? Sabe que graças a você, ao seu estilo de vida, Kayla nunca teve muitas opções de bom futuro. Agora, que será mãe solteira, ainda tão jovem, suas chances reduzirão a zero. Certamente, ela terminará seguindo os seus passos, e a história se repete, afinal. — Uriel disse.Diana abaixou a cabeça, e recuou, perturbada, lembrando-se que quando tinha exatamente a mesma idade de Kayla, foi abusada pelo padrasto, e expulsa de casa ao engravidar. Então, ela veio para Maine e, sem opções, terminou se vendendo para se manter. O trailer que vivia nem mesmo era seu. Alguém o deixará para trás, abandonado, mas ela o reformara e o transformara em sua "casa".— Eu dou minha palavra que cuidarei bem dela. — Uriel disse.•─────✧─────•
Auriel voltou para a casa ao escurecer, trazendo algumas sacolas do supermercado. Kayla se levantou do degrau que estava e veio ao seu encontro, chorando. Auriel a convidou a entrar e, após colocar as sacolas no sofá, abraçou Kayla, e pediu que ela lhe contasse o que estava havendo. Kayla contou a história absurda, e Auriel prometeu que faria algo por ela. Então, aquela noite, Kayla dormiu ali na casa da amiga. Na manhã seguinte, Diana veio buscar a filha, dizendo que elas precisavam conversar, e elas voltaram ao trailer.Kayla tremeu quando viu sua mala pronta em cima do sofá. Encarou a mãe, chorando.— Uriel e eu chegamos a um acordo, e você vai ficar com ele de hoje em diante. — Diana disse.— Me vendeu pra ele, mãe? — Kayla disse, atônita.— Sei que um dia, entenderá que só fiz isso para o seu bem. — Diana disse.Kayla foi levada até a casa de Uriel. Se sentiu tentada a fugir no caminho, mas sabia que sem dinheiro não iria a lugar algum, e Uriel, facilmente, a encontraria. Poderia ser pior, pensou, sua mãe poderia tê-la entregue a um homem asqueroso e grosseiro como o dono da mercearia, que sempre a olhava com malícia.Diana deixou a filha com a empregada e se foi, sem coragem de se despedir. Kayla foi levada até a sala onde Uriel esperava por ela, sentado em uma poltrona, lendo um livro. A empregada deixou a jovem e saiu. Uriel deixou seu livro no braço da poltrona, e levantou-se, indo ao encontro da garota. Ela o encarou com desprezo.— Seja bem vinda! Eu pedi que preparassem o seu quarto. Descanse porque amanhã partiremos, cedo. — Uriel disse.— Para onde? — Ela perguntou e engoliu a seco.— Para o deserto, aqui não é seguro. — Uriel disse, e guiou a garota até o quarto em que ela ficaria.Kayla colocou sua mala na cama e se sentou, chateada.— Lisa trará seu almoço, caso não se sinta à vontade para se juntar a mim.— Parece que eu não tenho opção. — Kayla disse, irritada. — Você não precisa ser gentil. Sou sua prisioneira, e não a sua hóspede.— Descanse? — Ele disse, antes de deixar o quarto.Kayla não deixou o quarto desde que chegou, e aquilo deveria ter incomodado Uriel, no entanto, ele sabia que a garota precisava de um tempo para absorver as coisas. Tudo ainda era recente, e por isso, assustador, a gravidez, a mudança, etc. Ele sabia que deveria esclarecer as coisas, porque ela estava assustada por acreditar que agora se tornara algum tipo de escrava sexual, mas ele precisava ir com calma, ou ferraria com a sanidade mental dela.Kayla se acalmaria quando fosse levada ao deserto porque lá estaria em boas mãos, e em contato com outras jovens como ela, bem… Isso se ela não pensasse que terminara como vítima de um esquema sombrio. Mas não era isso mesmo? Um esquema sombrio? Sim, era isso mesmo.Uriel jantava, quando Lisariel veio, nervosa e disse que Kayla não estava no quarto e em nenhum outro lugar da casa.— Tem certeza? Ela não pode ter fugido! — Uriel se levantou e procurou a garota por toda a casa. Lisariel o ajudou, ainda que tivesse certeza de que só pe
||Nápoles, Itália:Lucrezia Lovato apressou os passos e se xingou mentalmente por usar justamente aquele par de escarpins que apertavam seus dedos sem piedade, mas, ainda que fossem desconfortáveis, eram lindos. Vermelho, sua cor favorita. Combinavam com seu terninho preto. Ela chegou atrasada à aula e pediu licença ao professor, antes de entrar e se sentar ao lado de sua melhor amiga.— Se atrasou novamente. — Sua amiga disse.— Eu sei, Michele. — Lucrezia disse, abrindo sua apostila.— Foi o despertador? — Michele perguntou.Lucrezia riu, balançando a cabeça.— Não. Adalio.— Oh. — Michele ficou vermelha, e Lucrezia achou engraçado.— Desculpe? É que me esqueço que você é… Virgem. — Lucrezia disse. — Como você consegue, sendo tão gata?— É uma escolha. — Michele apertou o crucifixo que trazia em seu pescoço.— Eu tentei ao máximo me manter como você, mas… Acho que fiz por amor. — Lucrezia disse.Ela era uma mo
||Avignon, França:Laure Lavigne tinha vinte e sete anos, a pele branca, olhos azuis, e cabelos louros e longos. Fisicamente, era a imagem idealizada da mulher francesa, mas ela era mais que um rostinho bonito.Se casara aos dezoito, com seu primeiro amor, mas o casamento não durou mais que quatro anos, quando ela descobriu que não poderia ter filhos, por ser estéril. Seu marido não lidou bem com isso, e pediu o divórcio. Ela não tentou convencê-lo a mudar de ideia, nem propôs qualquer tratamento alternativo ou adoção.Se dedicou por completo a sua carreira como enfermeira. Já que nunca teria um filho, seria como uma mãe para todas as crianças que tivesse de cuidar. Infelizmente, nem todas resistiam ao câncer e faleciam. Algumas, abandonadas pela própria família, outras, eram órfãs. Laure sempre sofria quando uma delas perdia para a doença, assim, como sorria quando uma delas conseguia se recuperar.A doutora Rafaela Arcangeli presenciou
||Japão:Imada Keiko empurrou Amitiel, mas não conseguiu afastá-la. Tentou arranhar o rosto dela, mas o arcanjo agarrou seus pulsos e, facilmente, a imobilizou. Keiko gritou, mesmo tendo consciência de que era inútil. Foi quando se lembrou de Jofiel, e fechou os olhos com força, concentrando-se no Serafim."Eu aceito", sussurrou a garota.Amitiel a encarou, confusa. Mas, antes que pudesse perguntar ao que a garota se referia, ouviu um bater de asas atrás de si, e só teve tempo de se levantar e se virar, antes que Jofiel – Agora, numa versão mais velha de Okakura Miyoko – lhe atacasse. Keiko se levantou, rapidamente e deixou a cama, indo para um canto, onde se encolheu, ainda assustada.— Ah, Jofiel! Estava ansiosa em revê-lo, maninho. — Amitiel disse, sorrindo, e apanhou um vaso de violetas, que estava em cima do criado-mudo e o atirou em Jofiel. O vaso quebrou-se, mas, nenhum caco feriu Jofiel. As violetas espalharam-se pelo chão, e um p
||Ilha de Skye (Highlands) – EscóciaO deserto não era como Kayla imaginara, mas sim, um castelo escocês nas highlands.— Isso é o mais próximo do paraíso que teremos. — Auriel disse, antes de soltar um suspiro.— Não é um pouco grande só para nós três? — Disse Kayla.— Sinto te desapontar, mas teremos companhia. — Auriel disse.— Sim. — Falou Lisariel. — Há outras garotas como você, aqui, e também, outros anjos.— Só espero que eles sejam bem humorados. — Kayla disse, olhando de soslaio para Auriel.Auriel revirou os olhos, e balançou a cabeça, irritada.— Você testa minha paciência só porque não sabe do que sou capaz. — Auriel disse.— Depois que você tentou me comprar, nada mais me surpreenderá, se vindo de você. Garanto. — Kayla disse.— Eu não me arrependo de nada. — Auriel disse. — E aposto que só está brava porque acha que sabe quem sou por trás dessa forma, mas não sou assim como pensa. Eu não sou um homem! Sou u
||FrançaKeiko permaneceu ao lado de Jofiel, desde que autorizaram a sua entrada no quarto do Serafim. Jofiel, que, ainda permanecia em sua forma feminina, seria mantida em observação por mais alguns dias, segundo recomendações médicas… Bem, era o que deveria acontecer, mas Jofiel pressentia que nem Keiko e nem ele estavam em segurança ali, que outros caídos viriam, e além de colocar a sua missão em risco, colocaria também a de Rafael, que tivera tanto trabalho para esconder a sua aura dos inimigos.— Keiko? — Jofiel disse-lhe, quando os dois ficaram a sós no quarto. — Vou levá-la até um lugar seguro, que os anjos chamam de Deserto, lá, tem outras garotas como você, estará segura.— Você ficará comigo, não ficará? Estou com medo. — Keiko disse, chorando, e apertou a mão de Jofiel.— Sempre. Eu juro. — Jofiel disse. — Prometo que nada te acontecerá.— Eu confio em você. — Keiko sorriu.Jofiel sentiu o coração se apertar. Ser responsá
||FrançaLaure Lavigne já estava se sentindo mal a algum tempo e por conta disso, foi até o hospital ser examinada. O médico, logo lhe deu o diagnóstico, a surpreendendo.— Não, doutor. Deve ser um engano. Eu não… — Ela riu, feliz. — Tem certeza?— Sim, absolutamente… Sim. — O médico disse, sem compreender porque ela estava tão surpreendida. Mal imaginava ele que ela não fora tocada por nenhum homem há muito tempo, e que aquele bebê era um verdadeiro milagre.Laure deixou o hospital, fazendo planos de como cuidaria de seu bebê, e ligou para Rafaela, dizendo que tinha uma novidade para lhe contar, e marcando de almoçar com ela no shopping. Rafaela sugeriu que Laure fosse para a sua casa, mas Laure disse que tinha coisas a fazer, por isso, teriam de se encontrar no shopping mesmo. Rafaela concordou.Laure f
|FrançaJofiel levou Keiko até a casa de Rafaela, porque o arcanjo da cura, desejava enviar algumas poções e antídotos para seus irmãos no Deserto. Era impossível prever um ataque, então, eles precisavam estar sempre preparados, especialmente, quando Azazel era cheio de truques nas mangas. Portanto, nunca seria demais ter antídotos que revertessem a ação de venenos como o que, por pouco, não matou Jofiel.Rafaela avisou que sairia para almoçar com Laure, e por isso, disse a Jofiel que ele, simplesmente, poderia ir até a sua casa e pegar a caixa em cima do balcão na cozinha.— Para que servem esses líquidos fluorescentes nesses frascos, Jofiel chan? — Perguntou Keiko, curiosa.— Ah, isso? — Jofiel sorriu, apanhando um frasco, cujo líquido era verde. — São poções e antídotos, muito úteis, tanto para anjos como para humanos. Essa, por exemplo, é perigosa, porque… Pode matar um anjo, é mais letal que aquele pó que Amitiel soprou em mim.—