Amitiel foi escoltada por dois caídos até a sala de Azazel, e não gostou da recepção.
— Me soltem! Como ousam?— Ah, soltem ela! — Azazel estalou os dedos, entediada, e os caídos obedeceram, saindo em seguida. Azazel se levantou e foi até onde Amitiel estava e agarrou seu queixo com força, e sorriu. — Eu já soube que você traiu Lilith por Baraquiel! Deveria matar você por ficar do lado dos meus inimigos, mas como Lilith, também é minha inimiga… Vou deixar passar, mas, só dessa vez. — Azazel soltou o queixo de Amitiel e se afastou. — Você é bem vinda como sempre, mas, saiba que se me trair… — Azazel riu. — Não vai querer me ter como inimiga, vai?— Não. — Amitiel disse.— Ótimo. — Azazel voltou para o sofá e pegou seu copo de uísque, o encarando, estática.— Algum problema? — Perguntou Amitiel se aproximando.Azazel demorou a responder:— A presença de Malka… Eu sinto, está mais forte, mas, não sei de onde vem. — Azazel tomou a bebida em um gole e atirou o copo nSeriel fez suas asas desaparecerem e não esperou um convite para se juntar aos outros.— Não precisam ter medo de mim, meninas. Ao contrário do que dizem, preto é a cor mais quente. — Seriel disse, sorrindo e parou atrás de Uriel. — Nosso querido Uriel se veste de vermelho no céu. Sim… Vermelho, a cor da paixão. Mas não quer dizer nada. — Seriel se afastou de Uriel e se sentou no lugar que Lisariel preparara para ela. — Talvez, azul, seja a cor da paixão. — Seriel encarou Gabriel e ele desviou o olhar, visivelmente irritado.— Seja bem vinda Seriel! — Disse Raquel.— Obrigada. Parece que você foi a única pessoa que realmente ficou feliz com a minha chegada, Baraquiel. — Seriel disse e encarou Lucrezia a ponto de deixá-la desconfortável.Miguel apertou a mão de Lucrezia. Seriel riu e se voltou ao seu prato, apanhando seus talheres.— Com licença… — Kayla disse a Seriel. — Mas que tipo de anjo você é? Perdoe minha ignorância, mas existem muitos anjos.— Eu puno os an
Seriel manteve as humanas ocupadas nas semanas seguintes com muitas aulas sobre a história dos anjos, suas classificações, como identificá-los e afastar os ruins. Quando sentiu que as garotas estavam prontas para uma aula prática, propôs uma simulação e pediu que os arcanjos e suas protegidas combinassem entre si uma estratégia de ataque e defesa.— Essa, nós já vencemos, com certeza! — Uriel disse a Beverly.— Desde quando isso é uma competição? — Perguntou Beverly.— Ah, esse não é espírito, Bev! — Uriel disse. — Vamos? Se anime? Você está com o melhor, por isso, já venceu!— Que nada… Nós é que vamos ganhar! — Analice disse, agarrando o braço de Raquel.— Desejo sorte a vocês, mas o primeiro lugar é meu. — Gabriel disse aos outros.— Olhe esses caras, Miguel? — Lucrezia disse, rindo.— Amadores. — Miguel disse.— Depois que a pessoa é atingida por um raio, não sabe o motivo. — Uriel disse.— Vamos começar logo? — Seriel disse e gesticulou para que Anali
Lucrezia despertou e viu Miguel, parado em frente à janela, observando o pôr do sol.— Ai, minha cabeça. O que houve? — Ela perguntou, se sentando.Miguel se virou, encarando-a.— Eu estive pensando e… Acho que devemos voltar para a casa. — Ele disse.— Quando você diz “casa”, está falando da minha família? A mesma que acha que sou maluca? Não, mesmo! — Lucrezia disse.— Você não deve guardar rancor de sua família, é errado, e, também, injusto porque eles não conhecem a verdade. — Miguel disse se aproximando.— Você só fala isso porque não conhece os meus pais. Eles não vão aceitar que eu tenha um filho sem pai. — Lucrezia virou o rosto. — Eu não preciso deles.— Bem, acho que está na hora de eles me conhecerem, então.
|Oimiakon, Leste da Sibéria (Rússia):Seriel não pode conter-se e riu da cara emburrada de Uriel. Ele estava de mau humor por estar em um dos lugares mais frios do mundo, onde não havia nada que pudesse entretê-lo como em Paris ou em Tóquio, quando os dois estiveram em missões especiais como aquela. Uriel adorava ir às compras depois de cumprir seu trabalho, mas, seria impossível naquele lugar. Não, que não houvesse lojas, mas, elas, com certeza, não venderiam nada que o agradasse.— Por que não a Romênia ou o Egito? — Uriel disse. — Não entendo porque esses caídos amam tanto os lugares mais remotos. Aposto que os que estão presos na Antártica estão felizes.— Soube que Amitiel mantinha uma base no Japão. — Seriel disse.— Sim, e o sortudo do Jofiel foi para lá. — Uriel v
Uriel suspeitou que Seriel estava tramando algo contra ele porque já fazia algumas semanas que os dois estavam seguindo os rastros dos Caídos, mas nunca chegavam a base principal onde encontrariam Azazel, e sempre que Uriel procurava um tempo para ficar a sós e contatar Kayla, Seriel dava um jeito de interrompê-lo. Cansado, Uriel decidiu confrontá-la.— Eu não sei se você se lembra, mas tenho que proteger a Kayla, portanto, não posso demorar a voltar para o deserto.— Não se preocupe com a humana, ela está em segurança.— Falou Seriel.— Lisariel não é forte o bastante para protegê-la, caso o deserto sofra uma invasão. — Uriel disse.— Eu sei. Por isso, pedi a Metatron que enviasse Salatiel para tomar conta dela. — Falou Seriel.— Ele não estava protegendo outra humana? — Uriel disse.— S
Lucrezia abriu os olhos, sobressaltada, e encarou o homem que a segurava, levando algum tempo para reconhecê-lo. Ele esperou que ela se acalmasse para dizer-lhe:— Você não precisa ter pressa para ler todos os livros da biblio-teca, tem uma vida toda para isso. Sabia?— Sinto muito, Miguel. — Ela encostou a cabeça no peito dele e fechou os olhos, suspirando. — Acho que tive um daqueles pesadelos, mas não me lembro. Estou com medo. — Ela agarrou o ombro dele e chorou.— Estou aqui. — Miguel beijou a cabeça dela. •─────✧─────•Alguns meses se passaram e Gabriel se tornou ainda mais zeloso com Beverly já que o momento dela dar à luz se aproximava e ela parecia cada vez mais exausta, passando boa parte do tempo, dormindo.— O que ela tem, Rafaela? N&atil
||Convento Irmãs Carmelitas – Milwaukee, Wisconsin||Quando encontrou sua sobrinha caminhando pelo jardim de mãos dadas com outra noviça, o padre Thiago se aproximou, nervoso.— Padre? Bom-dia. — Disse a bela noviça, de longos cabelos louros, olhos azuis, e um sorriso cativante. Seu nome era Gabriela. Era muito amiga da sobrinha do padre.— Bom-dia. Como está? — O padre sorriu, tentando ser amável.— Bem, graças a Deus por isso. — Respondeu Gabriela e olhou para sua amiga e então para o padre, antes de dizer — Vou deixá-los a sós para que conversem à vontade. Nos vemos. Com licença.O padre assentiu com a cabeça.Beverly Harvey, a sobrinha do padre, soltou a mão de Gabriela com certa relutância. Não sabia explicar, mas não gostava de se afastar de Gabriela por muito tempo. Sentia-se em paz, segura e compreendida perto da amiga que era como uma irmã mais velha para ela.Como se soubesse o quanto Beverly era carente, Gabriela sorriu de forma meiga e disse-l
Quando Thiago soube que Sonya mandou Beverly para um hospital psiquiátrico, não gostou nenhum pouco, e tentou convencê-la a trazer Beverly de volta para a casa. Sonya disse que enquanto Beverly não melhorasse, seria melhor que continuasse sob os cuidados de especialistas, para o seu próprio bem.Thiago foi até o hospital visitar sua sobrinha.— Veio me tirar daqui? — Beverly perguntou.— Era o que mais queria, mas não posso. Só sua mãe, e ela não está disposta a fazer isso. Lamento. — Disse Thiago, sinceramente.— Então é isso? Passarei assim o resto de meus dias? Se Gabriel tivesse me dito isso, acho que… — Ela suspirou, absorta. Diria mesmo “não” ao arcanjo que tinha seu coração? Se quando ela olhava em seus olhos sentia que os dois eram um só? Se quando ele sorria, tudo a sua volta se iluminava? Mas que preço alto ela pagou por amá-lo tanto. E no fim, valeu a pena? Nunca seus lábios sentiram os dele, nunca seus corpos se fundiram. E ainda assim, ela sentia que pertenc