Leonardo
Olhei para o relógio pela décima vez em cinco minutos. Quase oito da noite e eu ainda estava preso naquela cama de hospital. Foi quando o Dr. Stevens entrou no quarto.
AmberO calor do corpo de Leonardo contra minhas costas me transmitia uma paz que há muito não sentia. Sua mão apertava minha cintura de forma gostosa, e sua respiração batia em meu pescoço, me fazendo arrepiar."Sentiu minha falta, B?" ele falou percebendo o quão afetada eu estava ficando."Mas do que gosto de admitir." sussurrei, e sua mão me trouxe para mais perto de seu corpo."Nosso momento hoje cedo foi muito breve, preciso de um pouco mais de cuidados..." seu nariz roçou por meu pescoço de forma lenta.Foi quando um grito agudo cortou o ar:"Tio Leo!" Bella percebeu sua presença primeiro. Mas Louis já se levant
AmberO calor dele parecia se infiltrar pela minha pele, enquanto as pontas dos dedos de Leonardo traçavam círculos preguiçosos na base das minhas costas. Eu estava sentada em seu colo, cuidadosa para não pressionar o braço ferido, mas cada toque dele parecia incendiar algo dentro de mim. A respiração dele estava próxima, quente e entrecortada, e eu podia sentir o olhar dele queimando em meu rosto."Amber," ele murmurou, com aquela voz rouca que me fazia estremecer. "Você sabe que estou ficando louco, não sabe?"Mordi o lábio, tentando suprimir um sorriso. Ele sempre tinha uma resposta para tudo, sempre um argumento para ignorar o que era lógico. "Você é tão dramático, Leonardo."Ele riu, mas o som foi baixo, quase desesperado. "Dramático? Docinho, você não faz ideia do que está passando em minha cabeça nesse mome
AmberEstava quase cedendo aos seus beijos quando algo úmido tocou meus dedos.Uma sensação gélida atravessou meu corpo, e me afastei rapidamente, olhando para ele. Meu coração quase parou ao ver o sangue manchando a bandagem em seu peito. A cor rubra escorria lentamente, um contraste alarmante contra a sua pele pálida."Meu Deus, Leo!" minha voz saiu trêmula enquanto eu saltava de seu colo. Em um movimento quase automático, estiquei o braço para o interruptor ao lado da cama. A luz iluminou o quarto, revelando a pequena mancha que crescia na bandagem.Ele suspirou, tentando minimizar a situação e esticou a mão boa para me puxar de volta. "Ignore isso," murmurou, o tom rouco e determinado. "Não é nada.""Nem pensar!" disse, já caminhando apressada em direção ao banheiro
LeonardoAcordei com uma pontada aguda no ombro. Era como se um ferro quente tivesse sido cravado em minha carne, irradiando uma dor constante que me fez prender a respiração. O quarto estava mergulhado na penumbra, iluminado apenas pela luz fraca da lua que atravessava as cortinas. O som leve da respiração de Amber ao meu lado era quase reconfortante, mas mesmo isso não conseguia aliviar o incômodo no meu ombro.Levantei-me com cuidado, tentando não fazer barulho. Cada movimento parecia amplificar a dor, mas a última coisa que eu queria era acordá-la. Caminhei até o banheiro, acendendo a luz fria. O reflexo no espelho revelou meu estado: o suor brilhava na minha testa, e a bandagem ao redor do meu ombro estava manchada de sangue seco.Tinha me esforçado mais cedo, forçando o ferimento, mas não me arrependia.Qualquer dor valia o momento que passei com A
AmberPassei a noite em claro, sentada ao lado de Leonardo. Desde o momento em que seu corpo começou a arder em febre, o sono tornou-se impossível. Ele gemia baixinho a cada movimento, e a dor estampada em seu rosto me deixava apavorada. Eu troquei as compressas em sua testa tantas vezes que perdi a conta."Estou bem," ele murmurava ocasionalmente, sua voz rouca, tentando soar convincente. Mas não me enganava. Ele queria me tranquilizar, mas o calor que emanava de sua pele me dizia o contrário.Quando o sol começou a tingir o quarto com tons suaves de laranja, levantei-me e caminhei até as janelas. Fechei as cortinas, abafando a luz para que ele pudesse descansar mais. Ele finalmente parecia ter cedido ao sono, e eu não queria que nada o perturbasse.No closet, troquei o pijama por algo mais prático. Cada movimento era silencioso, cuidadoso para não acordá-lo. Depois de ajeitar o cabelo
LeonardoO aroma de café fresco me puxou do torpor da febre, mas foi o toque suave de Amber em minha mão que realmente me despertou. Abri os olhos devagar, ainda lutando contra a dor pulsante no ombro e a fraqueza que me prendia à cama."Desculpe, não queria te acordar," ela murmurou, sua voz doce, mas carregada de preocupação."Não tem problema," respondi, entrelaçando nossos dedos. O simples contato me trazia algum conforto, mesmo enquanto meu corpo protestava a cada respiração mais funda.Amber apontou para a bandeja ao lado da cama. "Trouxe café da manhã pra você. Como está se sentindo?"Desviei o olhar para a comida, mas só a visão da sopa e do pão já me deixava nauseado. Tentei sorrir. "Estou bem."Ela estreitou os olhos, me estudando com aquela expressão que eu conhecia bem. "Para de mentir pra mim, Leo."Suspirei, derrotado. "Está doendo pra caralho, mas logo passa."Ela não respondeu de imediato, mas ergueu a mão, pous
AmberA madeira antiga das escadas rangeu sob meus passos enquanto descia com a bandeja, aproveitando o silêncio raro da casa para organizar meus pensamentos. Mas esse momento foi curto. A porta da frente se abriu com força, revelando um casal que exalava autoridade e sofisticação.A mulher, alta e elegante, vestia um conjunto Chanel creme que parecia saído de uma revista. O homem ao seu lado, impecável em um terno azul-escuro, irradiava a mesma aura de poder, seu olhar avaliador cruzando o hall. Senti minha coluna se enrijecer instintivamente."Bom dia," cumprimentei, parando a meio caminho das escadas.Eles mal tiveram tempo de responder antes que Magnus surgisse do corredor. Seu tom cortês parecia tenso, como se soubesse o impacto que aquela visita teria. "Senhor e senhora Martinucci, bom dia."Congelei. Os pais de Leonardo. A revelação caiu como uma pedra no estômago. Eles eram exatamente como imaginei: imponentes, exigentes, o
AmberO sol da manhã entrava pelas frestas da cortina enquanto eu observava o olhar curioso de Tomaso sobre Bella. Meu coração acelerou ao notar como seus olhos estudavam cada detalhe do rosto do minha filha."Acho melhor continuarmos esta conversa em um lugar mais... reservado," Nonna Rosa interrompeu meus pensamentos, lançando um olhar significativo para Bella, que permanecia ali, os olhos brilhando de curiosidade infantil.Me abaixei até ficar na altura dela, ajustando o laço em seu cabelo com delicadeza. "Querida, que tal ir brincar um pouco?""Mas eu quelo ve o tio Léo," ela protestou, fazendo aquele biquinho que sempre derretia meu coração. "Ele pecisa dos meus cuidados especiais."
Último capítulo