Amber
Quando Bella apontou para a aliança, meu coração disparou, um turbilhão de emoções me atingindo. Seus olhos brilhavam com curiosidade inocente, mas a pergunta simples carregava um peso que eu mal conseguia processar. Por um momento, hesitei, lutando entre manter aquilo em segredo ou reconhecer o que aquele anel significava para mim e para ela. Com um sorriso suave, respirei fundo e finalmente respondi:
"Foi um presente do tio Leo," minha voz ligeiramente tremula enquanto olho para Bella, seu rostinho cheio de curiosidade fixo na aliança que agora brilha no meu dedo.
"Poquê?" ela pergunta, inclinando a cabeça de lado como se tentasse decifrar o mistério. "É anivesário da mamãe?"
"Não, meu amor," digo suavemente, mas antes que consiga elaborar, Bella já corre em direção a Leonardo, suas tranças balançando com cada passo d
AmberPermanecemos no corredor enquanto os outros se afastam, o som de suas vozes diminuindo até desaparecer. Estou ali, parada, enquanto o olhar de Leonardo permanece sobre mim. É tão intenso que quase posso sentir sua força me envolvendo. Ele se aproxima lentamente, os olhos escuros suavizando quando encontra os meus."Esses três anos," sua voz é baixa, quase um sussurro, mas cheia de emoção, "eu senti tanto ódio de você. Por tudo que perdi." Ele hesita, e por um instante, penso que vai parar. Mas então continua, os traços de sua expressão suavizando enquanto seus olhos refletem algo mais profundo. "Mas agora, vendo as crianças... percebo que a perda financeira não significa nada comparada ao tempo que perdi com elas. O nascimento, os primeiros passos, as primeiras palavras... tudo isso foi roubado. E os traumas que Peter causou a elas... a você..." Ele suspir
LeonardoO closet estava iluminado pela luz suave do quarto, que atravessava parcialmente a porta aberta. Amber estava ali comigo, e o ar parecia carregado de tensão. Sua respiração era irregular, e eu não conseguia desviar os olhos dela. Beijei-a novamente, com desejo e uma necessidade que parecia crescer a cada segundo. Minha mão encontrou seu cabelo, deslizando para a base de sua nuca enquanto a puxava para mais perto. Seus tremores eram sutis, mas perceptíveis, e tudo o que eu queria era que ela se soltasse, que se entregasse ao momento como tinha feito antes.Não a pressionaria, nunca. Mas queria que ela sentisse, que experimentasse o prazer que me consumia apenas ao tê-la em meus braços.Quando me afastei, peguei sua mão, segurando-a com firmeza, mas sem força. "Vem comigo," murmurei. Caminhamos juntos para o quarto, onde a luz acesa criava um ambiente íntim
AmberMinha respiração estava ofegante, cada toque de Leonardo me puxava mais para um mundo de sensações que eu não sabia se estava pronta para revisitar. Mas o cuidado dele, a paciência, o modo como ele parecia adorar cada parte de mim... me deixava à beira das lágrimas."Posso parar se você quiser," ele murmurou, seus dedos percorrendo a lateral da minha calcinha, como se pedisse permissão para continuar."Não," sussurrei, minha voz fraca, mas decidida. Comecei a abrir os botões do vestido, meus dedos trêmulos, e observei enquanto ele se levantava apenas o suficiente para se sentar na cama. A tensão em seu rosto pelo ombro ainda em recuperação era visível, mesmo que ele tentasse disfarçar.Quando o último botão se desfez, os olhos dele buscaram os meus. Seus dedos traçaram o contorno da pele exposta com um
AmberMinha respiração estava descompassada, meu corpo relaxado e leve, ainda preso às sensações que ecoavam pelo meu corpo. Leonardo estava recostado, os olhos brilhando com um misto de satisfação e ternura enquanto limpava os lábios com o dorso da mão. Ele parecia tão satisfeito quanto predador, mas eu sabia que isso estava longe de ser o fim."Você está bem?" ele perguntou, a voz baixa e gentil, contrastando com a intensidade de antes.Assenti, incapaz de formar palavras. Meu corpo ainda vibrava, e cada músculo parecia acordado, alerta. Mas então, percebi o leve movimento de desconforto no ombro dele, e minha preocupação rapidamente tomou o lugar do êxtase."Você não devia se esforçar tanto, Leo," murmurei, deslizando minha mão até seu peito, tentando ignorar a tensão em seus músculos.
AmberO silêncio no quarto parecia sussurrar segredos, embalando-nos no calor confortável que ainda pairava no ar. Estava deitada no peito de Leonardo, ouvindo as batidas rítmicas do seu coração enquanto seus dedos traçavam círculos preguiçosos em minhas costas. Eu não queria me mover, não queria que o momento acabasse."Amber," sua voz grave quebrou o silêncio, vibrando contra meu rosto. Levantei o olhar e encontrei seus olhos brilhando com algo que eu não conseguia decifrar completamente."Hmm?" murmurei, ainda meio embriagada pelas emoções.Ele sorriu de lado, aquele sorriso que sempre fazia meu estômago dar voltas. "Que tal um banho?"Minha respiração falhou por um segundo, e ele pareceu notar, porque sua expressão suavizou. "Só quero cuidar de você. Nada além disso, prometo." Seu tom er
Peter"Ainda estou tentando entender como você deixou que meu exame desse negativo." Minha voz ecoa pelo escritório, carregada de fúria. Meus punhos batem na mesa, fazendo os papéis tremerem. O advogado à minha frente, um homem de meia-idade com a expressão de quem foi pego em flagrante, recua alguns passos."Senhor Calton," ele gagueja, tentando encontrar as palavras certas. "Eu... eu providenciei a fraude do exame do senhor Martinucci. Não foi especificado que-""Não foi especificado?" minha risada amarga corta o ar, preenchendo o espaço com uma tensão palpável. "Você tinha uma única função, uma tarefa simples: garantir que eu fosse o pai daquelas crianças. Qual parte disso escapou à sua compreensão?""Eu... eu..." ele gagueja, o rosto já coberto de suor. "Eu não pensei direito, senhor Calton."
LeonardoO som das risadas das crianças preenche a sala como música, uma melodia que dissolve as tensões e faz meu coração transbordar. Depois do pânico de mais cedo, vê-los brincando e sorrindo novamente é um alívio indescritível. Amber está ao meu lado, os olhos fixos neles com um misto de amor e preocupação, as emoções dançando em seu rosto.Magnus se aproxima com discrição, mas sua postura firme e expressão séria denunciam a urgência da mensagem. "Senhor, a audiência está marcada para daqui a duas horas.""Obrigado Magnus, deixe o carro pronto para sairmos em uma hora." falo, passando as mãos pela calça.Amber vira-se para mim, os olhos cheios de perguntas que ela não precisa verbalizar. "Você acha que Peter pode ter fraudado os outros exames também?" Sua voz sai
AmberO corredor do tribunal parecia sufocante, embora o ar condicionado mantivesse uma temperatura agradável. Minhas mãos estavam inquietas, e meu olhar vagava pelo ambiente à procura de qualquer sinal de Peter. Nada. A ausência dele era uma mistura de alívio e inquietação."Ele pode simplesmente não vir?" perguntei, minha voz carregando a tensão que parecia se acumular desde o momento em que saímos de casa.Leonardo, ao meu lado, pousou uma mão firme na base das minhas costas, oferecendo-me seu conforto silencioso. "Pode, sim. O advogado pode representá-lo.""Então ele desistiu?" arrisquei, tentando buscar esperança em suas palavras."Ele deve ter percebido que perdeu," Leonardo respondeu com aquele meio sorriso que sempre me deixava mais calma. "E, francamente, acho que ele não quer passar pela humilhação de enfrentar o ób