— Não tenho nada a dizer ou escutar da senhora. Ezra abriu a porta rapidamente, querendo que sua namorada entrasse logo para dentro a casa dele, mas parecia que aquele era o dia de a chave não resolver aquele “problema”. E era irritante, principalmente quando aquela mulher insistia em ter uma conversa com Natalie. O que era mais estranho ainda. Primeiro, como ela soube que eles estavam ali? Segundo, por que ela procurou logo sua namorada? E terceiro, como ela conhecia o endereço de sua casa? Não fazia sentido nenhum. — Está enganada, mocinha. Temos algo em comum. — Eu e você não temos nada em comum. – Se virou para ela, raivosa. – Você abandonou meu irmãozinho. O deixou pensando... que não era amado. Ignorou a existência dele até dias atrás, e agora... quer vê-lo? Não tem esse direito. — Eu me arrependi. Natalie deu uma risada debochada. — É meio tarde para isso. — Eu quero muito conhecê-lo. — É meio tarde para isso também. — Você acha que é fácil ser mãe tão nova, e a
— Que bom que concordou em me encontrar, filho. Bryan olhou bem para a mulher de cabelos castanho-claros. Ela era muito bonita, mas algo nela o deixava desconfortável, e não era o fato de ser a primeira vez que se viam. O que seria natural acontecer. Quando recebeu aquela mensagem no seu Instagram, pensou duas vezes antes de aceitar o convite. Primeiro porque prometeu a seus pais e segundo porque achou estranho. Depois de tanto tempo, ela entrou em contato. Ela sabia onde ele morava, quem era ele, e ele tinha redes sociais, então por que só agora ela decidiu procurá-lo? O maior defeito dele, era a curiosidade. E foi por estar curioso para saber o que ela queria dele, que aceitou aquele encontro. Será que ela queria conhecê-lo? Ou queria uma outra coisa que só ele poderia dar a ela? Se não fosse por seu melhor amigo e a irmã dele, não teria conseguido ir naquele encontro sem seus pais saberem. Incluindo Nathan. Ele tinha pedido tanto para que ele não se encontrasse com Holly, princ
Bryan começava a se culpar por ter ido atrás dos pais biológicos. Não que estivesse arrependido por ter tido a chance de conhecer Nathan, mas agora percebia que Holly não era uma boa pessoa, como seu pai biológico havia dito. Por um momento, achou que era exagero, mesmo depois de ela ter abandonado ele, mas não. Era a verdade. Ela não era uma boa pessoa, e provavelmente jamais seria. Ela estava fazendo chantagem, e mesmo que ele não acreditasse que seus pais seriam capazes de algo tão terrível, ele temia com o que poderia acontecer caso Holly cumprisse com a promessa de colocar ambos na cadeia. Porque ela tinha provas. Provas. Que tipo de provas seriam essas? “Se eu soubesse... que ela tem o mínimo de carinho por você... eu diria para você procurá-la. Mas ela não tem, e ela não vai te fazer bem. Ela vai te destruir, e destruir a sua família. Essa é a dura e dolorosa verdade”. É, seu pai tinha razão em dizer aquelas palavras quando se conheceram. Ele sabia o que estava dizendo, e a
Mia se sentia nervosa. Andava de um lado para o outro, à espera de seu caçula. Se sentia também furiosa por Aime ter ido atrás de sua filha mais velha. Quem ela pensava que era, afinal? E o que queria com isso? Não tinha respostas, e se não fosse por seu marido, que a segurou ali, ela teria ido atrás daquela mulher, lhe tirado as respostas que precisava ter e dado na cara dela. E era isso que deveria fazer. Tinha que proteger sua família. Mas a pedido de Liam e seus filhos, tentou se acalmar e esperar. Bryan estava para chegar. Ele tinha ido ao cinema com os amigos, então só precisava se manter sã até ele chegar em casa. Se Liam dissesse que não estava como a esposa, estaria mentindo, mas ele sabia como camuflar bem aqueles sentimentos, diferente dela. Ele também gostaria de dar uma prensa naquela mulher, mas seria um erro gigantesco, principalmente quando ela parecia querer jogar sujo contra ele e sua esposa, então ele se pôs a se acalmar, e também à amada, e esperou. Esperou pelo
Nathan não queria acreditar que Bryan realmente aceitou se encontrar com Holly, mesmo depois dos conselhos que deu a ele. Apesar de ter apenas nove anos, ele era esperto. E por isso tinha certeza de que havia algo de errado. Não podia ser apenas por curiosidade a respeito daquela mulher. Não podia ser também por solidariedade a ela. Então por qual motivo? Queria tentar falar com o menino, mas teve de concordar com os pais dele que seria um erro. Ele iria querer se afastar, principalmente se percebesse que estava sendo pressionado. Mas ele, como pai, mesmo que há poucos dias, tinha que fazer alguma coisa. E talvez por conhecer Holly como ninguém, que foi chamado pela família de Bryan. Talvez por isso também que eles contaram o que estava acontecendo, não que eles estivessem sendo ariscos desde que descobriram que era o pai do filho deles. O biológico. Na verdade, era bem o contrário. Quando Liam ligou dizendo que precisavam conversar, e que era muito importante, não imaginou que foss
— Que cheiro gostoso, mamãezinha. Mia se virou com um sorriso nos lábios, encontrando seus três pequeninos filhos lado a lado, ainda que apenas Maevi tivesse elogiado o cheiro do lanche especial que tinha feito para eles. Demorou mais do que o esperado, e tudo porque ela continuava muito preocupada com Bryan. — Chocolate. Os olhinhos da garotinha brilharam. — Vocês estão com fome? — Eu estou com muita fome. Ela riu pela forma como Saito se expressou, já se aproximando da mesa. — Eu posso pegar um desses? – Mavi perguntou, apontando para uma coxinha. — Ainda está um pouco quente, querida, mas o da outra bandeja está mais frio. A pequena sorriu, pegando do mais fio praticamente ao mesmo tempo que o irmão. — Muito bom, mamãezinha, como sempre. — Hum. Mamãezinha. Mamãezinha. O que vocês querem, hein? Os três riram. — Vocês têm algo em mente aí, não tem? Mavi, Maevi e Mark fitaram um ao outro. — Me digam, estou escutando. Levou um tempo, mas eles se aproxim
Bryan observava a alegria daquelas crianças por ver alguns brinquedos, uma televisão e um videogame de última geração. E por um momento se lembrou de como era quando era ele ali, no lugar delas. Eram muitos sentimentos. Se não fosse por seus pais, ele talvez viveria em um lugar como aquele até aquele momento. Nunca teria um pai, uma mãe, irmãos, uma família incrível. E por isso era tão agradecido a Deus ou destino ou ambos por ter colocado Liam e Mia em sua vida. Eram tantas crianças, que pensava no motivo de elas estarem ali, abandonadas. Sozinhas, mesmo que com alguns adultos cuidando delas. Todos tinham uma história. Todos não tinham um pai e uma mãe, alguém da família que lhes dessem amor. E ele se via em cada um deles. Era triste. E talvez por isso ele quis dar um pouco de felicidade a eles. Não porque não queria um presente de Holly, mas porque aquelas crianças mereciam um pouco de felicidade, como ele também podia ser tão feliz agora, com a família de seus sonhos. Uma das g
Após um banho quente — que levou quase meia hora, por conta das brincadeiras nas quais levou Thomas a ficar completamente encharcado — os pequenos finalmente puderam se fantasiar como desejaram durante toda aquela tarde. Eles haviam se divertido com a mamãe, corrido por todo o jardim junto a cadelinha da família e mesmo assim não pareciam nenhum pouco cansados. O irmão mais velho dos três pensou se eles dormiriam após o jantar ou levaria mais duas ou três horas para finalmente capotarem. Esperava que não fosse a última opção, porque por mais que fossem fofos e gostasse de brincar com eles, se sentia exausto. Amava os irmãos, mas eles eram muito cansativos. A sorte era que pode dividir aquele cansaço com sua irmã gêmea, que tinha estado ao seu lado, tentando distrair os pequenos que perguntavam pelo pai e o irmão a todo momento. Mark escolheu uma fantasia de super-herói. Ele havia adorado aquela roupa junto a máscara do arqueiro verde. Com certeza seu preferido, já que assim como M