Bryan observava a alegria daquelas crianças por ver alguns brinquedos, uma televisão e um videogame de última geração. E por um momento se lembrou de como era quando era ele ali, no lugar delas. Eram muitos sentimentos. Se não fosse por seus pais, ele talvez viveria em um lugar como aquele até aquele momento. Nunca teria um pai, uma mãe, irmãos, uma família incrível. E por isso era tão agradecido a Deus ou destino ou ambos por ter colocado Liam e Mia em sua vida. Eram tantas crianças, que pensava no motivo de elas estarem ali, abandonadas. Sozinhas, mesmo que com alguns adultos cuidando delas. Todos tinham uma história. Todos não tinham um pai e uma mãe, alguém da família que lhes dessem amor. E ele se via em cada um deles. Era triste. E talvez por isso ele quis dar um pouco de felicidade a eles. Não porque não queria um presente de Holly, mas porque aquelas crianças mereciam um pouco de felicidade, como ele também podia ser tão feliz agora, com a família de seus sonhos. Uma das g
Após um banho quente — que levou quase meia hora, por conta das brincadeiras nas quais levou Thomas a ficar completamente encharcado — os pequenos finalmente puderam se fantasiar como desejaram durante toda aquela tarde. Eles haviam se divertido com a mamãe, corrido por todo o jardim junto a cadelinha da família e mesmo assim não pareciam nenhum pouco cansados. O irmão mais velho dos três pensou se eles dormiriam após o jantar ou levaria mais duas ou três horas para finalmente capotarem. Esperava que não fosse a última opção, porque por mais que fossem fofos e gostasse de brincar com eles, se sentia exausto. Amava os irmãos, mas eles eram muito cansativos. A sorte era que pode dividir aquele cansaço com sua irmã gêmea, que tinha estado ao seu lado, tentando distrair os pequenos que perguntavam pelo pai e o irmão a todo momento. Mark escolheu uma fantasia de super-herói. Ele havia adorado aquela roupa junto a máscara do arqueiro verde. Com certeza seu preferido, já que assim como M
— Adorei ser a arlequina. – A irmã diz em seguida. E a mãe e os irmãos mais velhos sorriram. — Você está uma arlequina muito linda. — Ah, mas eu tinha que estar assustadora, né? E novamente a mãe e os irmãos mais velhos riram. — É impossível você ficar assustadora, querida. E os gêmeos concordaram com a mãe. — Que pena. E novamente a mãe e os irmãos mais velhos estavam rindo. — Bem, vocês podem dormir assim, se é o que querem. E os pequenos se entusiasmaram. — Mas eu vou fazer uma trança nos seus cabelos, amor, porque vocês duas podem sentir dor se dormir com esse coque e essas marias-chiquinhas. — Está bem, mamãe. E a mulher sorriu. — Já podemos comer? — Estamos famintos. – Mark diz após a irmã Maevi, sendo completamente apoiado. — Já está tudo pronto. Ambos os irmãos os ajudaram a se sentar. — Eu fiz estrogonofe de carne, arroz branquinho, salada de alface e... – Pegou uma tupperware de vidro. – Batata palha. — Delícia. Eles sorriram quand
Mia tocava a barriga avantajada enquanto fazia um chá. Sabia que a única coisa que a faria relaxar, seria aquele chá. E como os trigêmeos tinham caído no sono, ela se deu ao luxo de preparar uma xícara e se sentar no sofá a espera de seu marido e filho. O do meio, no caso. Não estava preocupada, só muito curiosa. O que os dois estariam fazendo até aquela hora fora de casa? Não que fosse assim tão tarde. A verdade era que não passava das sete da noite. Mesmo assim, ela queria ambos em casa, principalmente para aplacar sua curiosidade. — Mamãe? Mia se virou para o garotinho na porta da sala. — Ainda acordada? — É claro, eu estava esperando meus garotos. Liam se aproximou e a beijou nos lábios suavemente. — Demoramos, mas foi por uma boa causa. — Nós fomos alegrar algumas crianças. Mia franziu o cenho, mas compreendeu assim que a explicação veio de seu garotinho, o que a deixou emocionada e muito orgulhosa, principalmente quando a ideia tinha sido toda dele. — Acho que me
O dia amanheceu um pouco chuvoso, mas nem por isso impediu a família de se levantar para começar a rotina. Eles só não estavam mais desanimados que de costume, porque era o último dia de aula da semana. E como diziam por aí: sextou! Thomas já fazia todo tipo de plano para ficar em casa o restante todinho do dia, afinal estava frio, mas claro que em companhia de sua namorada. Quanto a Natalie, ela só desejava que os professores tivessem preguiça e desistissem de ir à escola naquele dia. Era o que ela mais queria. E torcia para que acontecesse, mesmo que ela soubesse que era inútil. Bryan era outro que estava não só desanimado, mas também muito pensativo. E o motivo era Holly. Ele ainda não conseguia aceitar ter que conviver com ela. Principalmente depois que ela o chantageou. Ela dizia que era porque era a única forma de ficar perto dele, mas por que então ele sentia que havia algo a mais? — Bom dia, meus amores. — Para quem? — Que dia insuportável. — Eu quero voltar para a minh
— Quer ajuda com a capa? Bryan não respondeu, apenas retirou a capa de chuva e a colocou no suporte ao lado antes de se sentar de frente para ela. Holly. Se pudesse, ele estaria com a mãe, o pai e os irmãos em casa, mas infelizmente tinha uma promessa para cumprir. Era por uma boa causa, afinal. Mas isso não queria dizer que estava disposto a ser razoável com aquela mulher. Ainda que ela tivesse sempre um sorriso nos lábios. Aquele sorriso irritante. Ele começava a odiar a própria mãe. Bem, não que ela fosse realmente uma mãe, mas ela quem deu à luz a ele, então... Holly era insistente. Ela não aceitava um não dele. Para o que fosse. Inclusive para o presente que deu a ele há dias atrás. Ele quis devolver a ela, mas ela praticamente o obrigou a aceitar. Será que ela achava mesmo que iria comprá-lo com aquelas coisas? E por que motivo ela estava tão ansiosa para ter algo dele? Queria entender. — Essa chuva está se arrastando. Sério que ela queria começar a falar sobre a chuva? El
— Você está tão quieto. Nem parece você. Thomas nem tinha percebido que estava aéreo até escutar a namorada chamar sua atenção com as palavras mais verdadeiras do mundo. Ele estava mesmo. Muito. E desde que aqueles encontros entre seu irmãozinho e aquela mulher vinham acontecendo. Pela primeira vez, ele conheceria a casa dela. Seus pais odiaram a ideia, mas Bryan quis, então eles aceitaram. Thomas não conseguia compreender o motivo do irmão estar dando tanta confiança para Holly, principalmente quando ele tinha se decidido a manter distância. Logo que conheceu Nathan. Logo que ouviu do pai biológico que sua mãe biológica não valia nada. Não nessas palavras, mas ainda assim... E agora eles estavam lá. Sozinhos. Conversando. Ou sei lá o que estariam fazendo. E Thomas não parava de se preocupar. Provavelmente os pais dele estavam tão preocupados quanto ele. Ou Natalie. Ou Nathan. Ou cada um de sua família. Seus avó também não estavam gostando daquela história, seus tios menos ainda, m
— Ezra. O jovem ignorou a namorada completamente, abafando a voz dela com seus lábios. Eles estavam sozinhos na sala, e mesmo sabendo que Mia poderia descer a qualquer momento, ele queria aproveitar um pouquinho aquele momento. Era difícil estar com ela assim. Não que ele tivesse a intenção de fazer qualquer coisa que ela não quisesse, ele jamais faria isso, mas ela nunca resistia a seus beijos, então por que não usar o útil ao agradável? Eles tinham ficado um bom tempo de babá dos trigêmeos, e essa nem era a intenção dele quando chegou à casa dela debaixo daquela chuva. Mas sua tia quis levar Bryan à casa da megera, e como ele compreendia a situação, concordou em ficar de babá junto a Natalie. Quando ela chegou, eles já tinham almoçado e tomado um banho. — Ezra. — Hum? Ela percebeu que ele não estava realmente se importando com ela tentando dizer algo. Na verdade, afastá-lo, e só porque temia que a mãe aparecesse. — Ezra. — Diga. Ela suspirou quando sentiu os lábios dele