Bryan começava a se culpar por ter ido atrás dos pais biológicos. Não que estivesse arrependido por ter tido a chance de conhecer Nathan, mas agora percebia que Holly não era uma boa pessoa, como seu pai biológico havia dito. Por um momento, achou que era exagero, mesmo depois de ela ter abandonado ele, mas não. Era a verdade. Ela não era uma boa pessoa, e provavelmente jamais seria. Ela estava fazendo chantagem, e mesmo que ele não acreditasse que seus pais seriam capazes de algo tão terrível, ele temia com o que poderia acontecer caso Holly cumprisse com a promessa de colocar ambos na cadeia. Porque ela tinha provas. Provas. Que tipo de provas seriam essas? “Se eu soubesse... que ela tem o mínimo de carinho por você... eu diria para você procurá-la. Mas ela não tem, e ela não vai te fazer bem. Ela vai te destruir, e destruir a sua família. Essa é a dura e dolorosa verdade”. É, seu pai tinha razão em dizer aquelas palavras quando se conheceram. Ele sabia o que estava dizendo, e a
Mia se sentia nervosa. Andava de um lado para o outro, à espera de seu caçula. Se sentia também furiosa por Aime ter ido atrás de sua filha mais velha. Quem ela pensava que era, afinal? E o que queria com isso? Não tinha respostas, e se não fosse por seu marido, que a segurou ali, ela teria ido atrás daquela mulher, lhe tirado as respostas que precisava ter e dado na cara dela. E era isso que deveria fazer. Tinha que proteger sua família. Mas a pedido de Liam e seus filhos, tentou se acalmar e esperar. Bryan estava para chegar. Ele tinha ido ao cinema com os amigos, então só precisava se manter sã até ele chegar em casa. Se Liam dissesse que não estava como a esposa, estaria mentindo, mas ele sabia como camuflar bem aqueles sentimentos, diferente dela. Ele também gostaria de dar uma prensa naquela mulher, mas seria um erro gigantesco, principalmente quando ela parecia querer jogar sujo contra ele e sua esposa, então ele se pôs a se acalmar, e também à amada, e esperou. Esperou pelo
Nathan não queria acreditar que Bryan realmente aceitou se encontrar com Holly, mesmo depois dos conselhos que deu a ele. Apesar de ter apenas nove anos, ele era esperto. E por isso tinha certeza de que havia algo de errado. Não podia ser apenas por curiosidade a respeito daquela mulher. Não podia ser também por solidariedade a ela. Então por qual motivo? Queria tentar falar com o menino, mas teve de concordar com os pais dele que seria um erro. Ele iria querer se afastar, principalmente se percebesse que estava sendo pressionado. Mas ele, como pai, mesmo que há poucos dias, tinha que fazer alguma coisa. E talvez por conhecer Holly como ninguém, que foi chamado pela família de Bryan. Talvez por isso também que eles contaram o que estava acontecendo, não que eles estivessem sendo ariscos desde que descobriram que era o pai do filho deles. O biológico. Na verdade, era bem o contrário. Quando Liam ligou dizendo que precisavam conversar, e que era muito importante, não imaginou que foss
— Que cheiro gostoso, mamãezinha. Mia se virou com um sorriso nos lábios, encontrando seus três pequeninos filhos lado a lado, ainda que apenas Maevi tivesse elogiado o cheiro do lanche especial que tinha feito para eles. Demorou mais do que o esperado, e tudo porque ela continuava muito preocupada com Bryan. — Chocolate. Os olhinhos da garotinha brilharam. — Vocês estão com fome? — Eu estou com muita fome. Ela riu pela forma como Saito se expressou, já se aproximando da mesa. — Eu posso pegar um desses? – Mavi perguntou, apontando para uma coxinha. — Ainda está um pouco quente, querida, mas o da outra bandeja está mais frio. A pequena sorriu, pegando do mais fio praticamente ao mesmo tempo que o irmão. — Muito bom, mamãezinha, como sempre. — Hum. Mamãezinha. Mamãezinha. O que vocês querem, hein? Os três riram. — Vocês têm algo em mente aí, não tem? Mavi, Maevi e Mark fitaram um ao outro. — Me digam, estou escutando. Levou um tempo, mas eles se aproxim
Bryan observava a alegria daquelas crianças por ver alguns brinquedos, uma televisão e um videogame de última geração. E por um momento se lembrou de como era quando era ele ali, no lugar delas. Eram muitos sentimentos. Se não fosse por seus pais, ele talvez viveria em um lugar como aquele até aquele momento. Nunca teria um pai, uma mãe, irmãos, uma família incrível. E por isso era tão agradecido a Deus ou destino ou ambos por ter colocado Liam e Mia em sua vida. Eram tantas crianças, que pensava no motivo de elas estarem ali, abandonadas. Sozinhas, mesmo que com alguns adultos cuidando delas. Todos tinham uma história. Todos não tinham um pai e uma mãe, alguém da família que lhes dessem amor. E ele se via em cada um deles. Era triste. E talvez por isso ele quis dar um pouco de felicidade a eles. Não porque não queria um presente de Holly, mas porque aquelas crianças mereciam um pouco de felicidade, como ele também podia ser tão feliz agora, com a família de seus sonhos. Uma das g
Após um banho quente — que levou quase meia hora, por conta das brincadeiras nas quais levou Thomas a ficar completamente encharcado — os pequenos finalmente puderam se fantasiar como desejaram durante toda aquela tarde. Eles haviam se divertido com a mamãe, corrido por todo o jardim junto a cadelinha da família e mesmo assim não pareciam nenhum pouco cansados. O irmão mais velho dos três pensou se eles dormiriam após o jantar ou levaria mais duas ou três horas para finalmente capotarem. Esperava que não fosse a última opção, porque por mais que fossem fofos e gostasse de brincar com eles, se sentia exausto. Amava os irmãos, mas eles eram muito cansativos. A sorte era que pode dividir aquele cansaço com sua irmã gêmea, que tinha estado ao seu lado, tentando distrair os pequenos que perguntavam pelo pai e o irmão a todo momento. Mark escolheu uma fantasia de super-herói. Ele havia adorado aquela roupa junto a máscara do arqueiro verde. Com certeza seu preferido, já que assim como M
— Adorei ser a arlequina. – A irmã diz em seguida. E a mãe e os irmãos mais velhos sorriram. — Você está uma arlequina muito linda. — Ah, mas eu tinha que estar assustadora, né? E novamente a mãe e os irmãos mais velhos riram. — É impossível você ficar assustadora, querida. E os gêmeos concordaram com a mãe. — Que pena. E novamente a mãe e os irmãos mais velhos estavam rindo. — Bem, vocês podem dormir assim, se é o que querem. E os pequenos se entusiasmaram. — Mas eu vou fazer uma trança nos seus cabelos, amor, porque vocês duas podem sentir dor se dormir com esse coque e essas marias-chiquinhas. — Está bem, mamãe. E a mulher sorriu. — Já podemos comer? — Estamos famintos. – Mark diz após a irmã Maevi, sendo completamente apoiado. — Já está tudo pronto. Ambos os irmãos os ajudaram a se sentar. — Eu fiz estrogonofe de carne, arroz branquinho, salada de alface e... – Pegou uma tupperware de vidro. – Batata palha. — Delícia. Eles sorriram quand
Mia tocava a barriga avantajada enquanto fazia um chá. Sabia que a única coisa que a faria relaxar, seria aquele chá. E como os trigêmeos tinham caído no sono, ela se deu ao luxo de preparar uma xícara e se sentar no sofá a espera de seu marido e filho. O do meio, no caso. Não estava preocupada, só muito curiosa. O que os dois estariam fazendo até aquela hora fora de casa? Não que fosse assim tão tarde. A verdade era que não passava das sete da noite. Mesmo assim, ela queria ambos em casa, principalmente para aplacar sua curiosidade. — Mamãe? Mia se virou para o garotinho na porta da sala. — Ainda acordada? — É claro, eu estava esperando meus garotos. Liam se aproximou e a beijou nos lábios suavemente. — Demoramos, mas foi por uma boa causa. — Nós fomos alegrar algumas crianças. Mia franziu o cenho, mas compreendeu assim que a explicação veio de seu garotinho, o que a deixou emocionada e muito orgulhosa, principalmente quando a ideia tinha sido toda dele. — Acho que me