Somos as sombras de um passado próximo.
Cada um de nós, cada ser vivo
é essa sombra também.
Se vivemos aqui,
se caminhamos por essa mesma Terra,
nos tornamos sombras para
quem ainda vai viver...
Por isso, precisamos ser corajosos
e fazer o que tem que ser feito
quando tem que ser feito.
Não deixe arrependimentos para trás.
Não tenha medo.
Siga em frente...
Deixe sua marca no mundo,
uma que nunca se apague,
uma que esteja sempre fixa nas
pessoas que deixou para trás.
Assim, mesmo que não esteja aqui,
as pessoas se lembrarão de você...
Até que elas também parem de
caminhar sobre essa mesma Terra.
— Maxfield Ephraim
***
O mato baixo esconde tocas de coelhos, as árvores altas comportam ninhos de águias, os rios rápidos escondem o atum, as cavernas sombriam pertencem à ursos. Não deixe o equipamento fora da bolsa ou ser
Mortos voltam mortos...O contrário um dia foi dito.As coisas hoje se misturam, os homens já não seguem as leis do mundo:Mortos voltam vivos.Vivos voltam mortos.Mortos voltam.Vivos voltam.Um dia.– Raven Stevenson***De tempos em tempos, cidades simplesmente acabavam. Não como nos filmes de faroeste e suas cidades fantasmas. As pessoas simplesmente iam não se sabe onde e não voltavam. As outras pessoas, as que sobravam, não tinham o que dizer. Elas simplesmente não se recordavam exatamente do que havia ali. Era uma cidade e existia, mas ninguém realmente conseguia recordar do dia em que não era assim. Como esperado de humanos sem respostas, eles criavam as suas próprias e espalhavam como se fosse a única. "A cidade sempre foi adornada por gangues. Acho que elas acabaram. Talvez o governo faça alg
E então, o monstro horrendo crava suas garras afiadas na pele fina e pálida do majestoso porém frágil herói.A morte, entretanto, não é bem vista pelos protagonistas.Eles a abominam mais do que aos demônios estranha e permanentemente presos em seu encalço.Ah, os protagonistas...Eles são capazes de matar a fera, ficar com a mocinha, a fama, a fortuna e a felicidade no final de tudo.E (novamente) entretanto, se você assistiu filmes e leu livros o suficiente então você sabe...Na tomada final, pouco antes das letras subirem, nas últimas linhas, os dedos sangrentos tendem a se mover sob a terra estéril.A morte abomina o monstro.– Lincoln Forestry***Lincoln nunca esquecera do dia em que viu o ônibus azul rajado feito um tigre de alabastro, carregado de corvos sortidos, cruzando os postes antigos na entrada da cidade. Eles eram ferozes como felinos e agitados como
Mortos voltam mortos...O contrário um dia foi dito.As coisas hoje se misturam, os homens já não seguem as leis do mundo:Mortos voltam vivos.Vivos voltam mortos.Mortos voltam.Vivos voltam.Um dia.– Raven Stevenson***De tempos em tempos, cidades simplesmente acabavam. Não como nos filmes de faroeste e suas cidades fantasmas. As pessoas simplesmente iam não se sabe onde e não voltavam. As outras pessoas, as que sobravam, não tinham o que dizer. Elas simplesmente não se recordavam exatamente do que havia ali. Era uma cidade e existia, mas ninguém realmente conseguia recordar do dia em que não era assim. &
Mortos voltam mortos voltam vivos.– Raven Town***Quando Lincoln abriu os olhos, os olhos de verdade, sem zoom, sem lente, sem nada que mantivesse a cena capturada no tempo espaço, Scott e Duece não estavam lá. Don era uma pedra, uma estátua imóvel, congelada. Johann estava ao chão. Uma flor vermelha nascendo em seu peito. Dois Craigs perfeitos apontavam suas armas saídas das entranhas da cidade dos mortos para onde Johann estivera de pé. Então Johann ergueu-se. Ele não estava morto. Não era um morto que voltara dos mortos pois ele nunca estivera com os mortos. Lance o ajudou a levantar.*** — Eles não são capturados pelas câmeras — disse Vincent. Ele estivera calado por tanto tempo que Lincoln ach
Corvos sobre meu umbral...Isso te lembra a quê?Bailes de Poe se esgueiram pelas portas mal fechadas – aprendi sobre ele outro dia.Você sempre teve a mágica dos homens sobre suas mãos.Todos sempre a tivemos.O que eu sou? Você não sabe?Raven é um homem sério.Sério é o homem...Isso, isso. Vamos diga, grite comigo...RAVEN!***- 2019.Aos 58 anos, Lincoln Forestry ainda era um rapaz. Ele não estava realmente velho, as crianças da vizinhança o chamavam de "Coroa". Ele nunca entendeu isso, realmente. Ele não se lembra de ter chamado seu pai de coroa, mas ele lembra de ter amigos que chamavam os professores assim. Lincoln se perguntava como aquilo aconteceu, quando Coroa virou sinônimo de "você é velho mas pode ficar ainda mais". As crianças gostavam de Lincoln, apesar de chamá-lo dessa forma estúpida e incoerente.
A cidade de Raven Town fica às margens de um grande cemitério em Londres. Quando o sol está murchando atrás de arranha-céus e montanhas, as lápides altas, cruzes e estátuas de anjos caídos, projetam sombras na estrada - o que assusta algumas pessoas e fascina muitas outras.Os londrinos nem sempre consideram àquela, parte de Londres. Os moradores mais próximos afirmam terem ouvido barulhos vindos da pequena cidade. Eles dizem também que parece não haver eletricidade lá - ou isso, ou os moradores gostam de viver como corvos: na aparência infinita de um fim de tarde.Quase não há pessoas ligadas aos moradores de Raven Town. Todos nasceram ou foram criados ali ou larga
Não há nada aqui, apenas nós e nós.Os mortos, e nós.As lápides, o perfume podre das flores murchas, e nós.Ventos intermitentes, corvos barulhentos e nós. Ainda somos dezessete. Mas, até quando? Ele se foi.Para onde? Ninguém sabe, tampouco viu. Tão simplesmente... PUF! E já não está mais aqui.Somos dezessete agora, dezessete garotos perdidos de Raven Town.Eu não deveria ter saído de casa.- Pete Emoud***É frio em Londres. O carro dá guinadas para os lados - para os quatro lados - enquanto Scott, com seu
Vozes.Elas reclamam em meus ouvidos.Gritam.Mas eles já se foram.Diga, Scott. Diga.Elas estão me enlouquecendo.Estão roubando minha sanidade.O que há com essa merda de cidade?Preciso sair daqui.Preciso que elas parem.Por favor.Parem.Somos dezesseis agora.Apenas dezesseis.Dezesseis garotos de Raven Town, perdidos na droga da Raven Town.Já chega disso...– Scott Tarheel***Ouvir Vincent dizer, pela milésima vez, que não há nada naquelas ruas não ajudava nem mesmo um pouco. Todos já sabem que não há ninguém, existem apenas rastros, uma prova de que um dia eles existiram e habitaram aquelas casas agora tão vazias.Scott não sabia bem o que pensar, ele apenas observava os outros fazerem o que ele já não tinha coragem de fazer.Don tinha as mãos sobre os olhos, esfregando-os em meio a