Era um dia quente em Washington quando todos ouviam o hino nacional ecoando dentro da pequena capela próximo ao Capitólio. Estavam em pé, enfileirados lado a lado, todos os agentes que conheciam John Patrick e o homenageavam pela última vez frente ao caixão fechado com a bandeira do país sobre ele. Uma foto ao lado mostrava o sorriso charmoso de John e o brilho nos olhos que tinha quando vestia seu uniforme. Nick conhecia aquele brilho e sabia que o tinha em seus olhos sempre que ia trabalhar e assim como ela, sabia que seu parceiro, amigo e companheiro amava o que fazia.
Se deixou levar em memórias felizes lembrando de como John alegrava sua vida mesmo com todos os momentos conturbados que vez ou outra atingia o relacionamento dos dois. Suas missões eram bem sucedidas pois confiavam um no outro e eram capazes de dá a própria vida para proteger um ao outro, algo difícil de acontecer com a maioria dos parceiros que trabalhavam no mesmo escritório.
– Vamos ter um ao outro sempre, não é? – John perguntava antes de qualquer missão, ele sorria para Nick sabendo sua resposta e apesar disso, gostava de vê-la sorrir ao concordar com a cabeça confirmando a promessa silenciosa que faziam um para o outro.
Na última vez que John lhe perguntou a mesma coisa, Nick confirmou com um peso diferente em suas feições, ela não sorriu e não pareceu se importar com a resposta ao apenas acenar com a cabeça saindo do vestiário sem esperar John. Naquele momento ela estava exausta, não por ter se desgastado fisicamente em algum treinamento ou preparação pré missão, mas sim por perceber que vivia uma farsa com um relacionamento que só ela levava à serio. Naquele dia John se manteve distante pois sabia que o momento de Nick deveria ser respeitado, os dois tiveram uma longa conversa no dia anterior e apesar de precisarem de um momento sozinhos para pensar, não tiveram essa oportunidade quando o Diretor os convocou para uma missão especial e confidencial como batedores disfarçados.
O Sedan era pequeno para os quatro que estavam ali e apesar das duas pessoas sentadas no banco de trás não perceberem o clima tenso no banco da frente, Nick tinha certeza que iria explodir a qualquer momento. O rádio de Troy no banco de trás fazia barulho a cada minuto em que seu chefe mandava as coordenadas do trajeto antes mesmo que o carro atrás fizesse para manter as ações dos batedores secretos naturais para quem via de fora.
John estava distraído em seus pensamentos quando ouviu a voz do seu chefe ordenando que virasse a direita, ele o fez sem perceber que o sinal verde estava em seus últimos minutos não dando a chance para o carro logo atrás fazer o mesmo, parando logo após a faixa de pedestre virando um alvo em potencial. Lembrar daquele momento sem toda adrenalina, Nick percebeu que tudo havia acontecido em segundos, John estacionando o carro na calçada para esperar o sinal abrir e seguir com o plano, Nick e os outros agentes virados para trás para observar o trânsito da avenida sem tirar os olhos de seu alvo. O barulho de pneu arrastando no asfalto veio logo em seguida aos sons de buzinas de outros carros que não esperavam o ato imprevisível, os quatro agentes saíram do carro correndo em direção ao alvo que deveriam proteger, mas um som de tiro os assustou fazendo-os abaixar deitando no asfalto e olhar uns aos outros checando se estavam bem, naquele momento John era o único deitado de forma desengonçada na rua.
O piscar de olhos trouxe Nick de volta ao velório limpando as lágrimas que caíam sem permissão, quando o hino acabou, todos se viraram para cumprimentar uns aos outros como se todos sofressem com a morte de John, mas ela sabia que apenas quatro pessoas se importavam com ele e uma delas era Nick.
– Como você está? – Geórgia perguntou colocando um braço envolta do ombro de Nick enquanto as duas saíam da capela para o calor do sol.
– Eu sei que foi culpa minha. – Nick falou engolindo várias vezes o nó que se formava constantemente em sua garganta encarando o chão de madeira por onde andavam.
– O que? – Geórgia exclamou chamando atenção de quem passava por elas. A garota parou Nick no corredor entre os bancos colocando suas mãos no ombro da amiga para encará-la. – Nick, você não teve culpa. Aconteceu um acidente, ninguém imaginaria que fosse acontecer.
Nick olhou no fundo dos olhos castanhos de Geórgia, a pele negra tinha um brilho que chamava atenção e para Nick, era o tom de pele mais bonito que havia visto e dizia constantemente para amiga que sempre ficava envergonhada com elogios. Para Geórgia, a pessoa que aceitava tudo acreditando em um Poder maior que ditava a vida de todos, era difícil para Nick conseguir explicar seus sentimentos naquele momento já que tinha plena certeza que poderia ter evitado a morte de John.
– Minhas garotas. – a voz de Aidan as fez virar em direção a voz do homem que se aproximava apressado e sem tirar os olhos de Nick, jogou os braços ao redor da garota quando se aproximou o suficiente para abraçá-la. – Nick. – sussurrou em seus cabelos ruivos sentindo o coração de Nick acelerado batendo contra seu torso.
– Ela está se culpando. – Geórgia disse, trocando olhares ríspidos para Nick quando a viu se desvencilhar dos braços fortes de Aidan.
– Nick, me escuta. Você não tem culpa de nada. – Aidan falou para amiga que observava os grupos de pessoas que se formavam na calçada frente a capela sem dá muita atenção as palavras repetidas dos amigos que tentavam consolá-la.
Nick sabia a fofoca que corria pelo escritório, sabia que todos cochichavam sobre John ter sido descuidado e por Nick não ter dado cobertura para seu parceiro assim como Troy havia dado para Savannah quando os quatro saíram do carro naquele fatídico dia. Sabia principalmente da fofoca sobre ela ter um caso com John, seu superior.
– Nick? – Geórgia a chamou.
– Espera. – Nick respondeu sem nem mesmo tirar os olhos do grupo que conversava e ria baixo.
Ela nem mesmo se importou com educação quando se aproximou da roda de conversa ouvindo Savannah mencionar seu nome. As garotas que acompanhavam a loira em risadas pararam quando perceberam Nick perto demais, encarando todas elas com feição séria e mesmo que tentassem avisar Savannah que o assunto estava ali, a um passo de distância, a garota continuou falando o que achava de tudo o que aconteceu. Cansada de ouvir o que ela mesma repetia para si mesma, afinal, Nick sabia que era culpada, já se martirizava o bastante por não ter protegido John, mas estava cansada de ouvir cochichos de todos sobre ela.
–... Os dois se pegavam escondido, eu mesma já os vi juntos. – Savannah dizia olhando suas unhas ignorando que as outras lançavam olhares significativos para que ela se virasse. – Aliás, ele mesmo me contou quando dormimos juntos uma vez.
– Savannah. – Nick falou mantendo o tom de voz calmo e frio.
A garota loira parou imediatamente percebendo o que suas amigas faziam e lentamente se virou para Nick com um sorriso de lado no rosto cheio de sarcasmo.
– Oi Nick. – um sorriso fez os punhos de Nick se fecharem ao lado do corpo.
– O que você estava falando de mim? Você estava lá, não vimos o que aconteceu.
– Oh, desculpe. Falei alguma mentira? – Savannah perguntou fingindo dúvida.
Nesse momento Aidan e Geórgia estavam logo atrás de Nick prontos para ajudar caso a amiga precisasse, os dois sabiam do relacionamento impróprio de John e Nick, e sabiam principalmente que John não era tão fiel a Nick como a garota era a ele.
– Savannah. – Nick falou entredentes sentindo a raiva dominar seu corpo por inteiro, apertava cada vez mais a mão em punho já sentindo as unhas cravarem na pele.
– Nicollete. – Savannah falou cruzando os braços frente a Nick, o peito cheio de ar mostrava que a loira a confrontava na frente de todos. – Eu não estou mentindo, estou? Você poderia ter salvo se estivesse protegendo como Troy fez comigo e não estaríamos aqui tendo essa conversa, no velório do seu parceiro!
Nick sentiu aquelas palavras como facas cortando sua pele, seus músculos, perfurando os ossos e atravessando sua alma. Não conseguiu definir os próximos segundos, ficou cega de raiva quando empurrou Savannah fazendo a loira desequilibrar caindo no chão no centro da roda de suas amigas que se afastaram com o susto. Nick poderia ter parado ali, mas sem controle de seu próprio corpo caiu sobre a garota loira lhe deferindo vários socos no rosto sem dá chance para Savannah contra-atacar ou se defender.
Duas mãos fortes conseguiram tirar Nick de cima da garota ensanguentada que forçava a não chorar na frente de seus colegas de trabalho e superiores. A atitude de Nick foi assistida por todos que, apavorados com a cena, ficaram por segundos parados em choque. Aidan e Ken, foram os únicos ágeis e fortes o suficiente para tirarem Nick dali, mesmo que a garota tentasse fugir dos braços que a prendiam para terminar o que havia começado.
– Por Deus Nicollete! – Ken exclamou quando os três entraram no carro.
– Aquela garota precisa de uma lição. – Nick respondeu tentando se libertar das mãos fortes dos dois homens que sentavam ao lado dela.
– Nick, você não pode perder a razão assim. – Geórgia disse dando partida no Sedan preto passando pelo grupo que ajudava Savannah a se recompor na calçada.
Demorou mais do que Nick esperava para se acalmar por completo e perceber que sua atitude foi irresponsável, principalmente em público com todos os superiores presentes. Sentou-se na poltrona ao lado do sofá de dois lugares da sala de seu Diretor visivelmente abalada e arrependida, sentia os nós dos dedos arderem e apesar de feridos, olhava para sua mão percebendo que aquela era a menor dor que sentia naquele momento. Espiou seu chefe, sentado na cadeira atrás da grande mesa falando ao telefone, ela não conseguia escutar qualquer palavra, mas o som de pés batendo no carpete mostrava o quanto Ken Roggers estava nervoso. Nick se focou em observar a sala de seu chefe no escritório do FBI percebendo o quanto era grande e elegante, diferente de como era seu atual escritório em Boston e apesar do cheiro de mofo por ter ficado muito tempo fechada ainda permanecer no ar, aquele detalhe não tirava a beleza do cômodo.
A porta da sala abriu quando Aidan entrou chamando atenção de Nick, viu seu amigo com feições sérias ao encará-la caminhando com passos firmes até parar frente a amiga que o olhava de baixo visivelmente arrependida. Ele logo lembrou do mesmo olhar que ela fazia todas as vezes que se mostrava perdida, primeiro quando a conheceu, depois com a morte de John e agora naquele momento. Aidan ergueu o copo de água que havia pego para Nick oferecendo-o em silêncio, olhou para seu chefe ao telefone e suspirou sentando no pequeno sofá ao lado da poltrona.
– O que estava pensando Nick? – perguntou afundando no sofá ao encarar o teto ao invés da amiga.
Nick bebeu um gole de água antes de responder, ela precisava de tempo para formular uma resposta coerente e racional para aquela pergunta, mesmo achando que não conseguiria uma.
– Não importa mais. – Ken falou chamando atenção dos dois, afastou sua cadeira para levantar e caminhar para frente de sua mesa onde se encostou observando Nick.
– O que eles disseram? – Aidan perguntou observando seu chefe à espera de um sermão para sua amiga.
– Queriam demiti-la. – Ken falou e antes mesmo que Nick ou Aidan pudessem falar algo, ele ergueu a palma da mão pedindo calma. – Eu pedi um último favor a eles porque sei o quanto isso significa para você. – falou encarando Nick, que desviou o olhar com aquelas palavras.
Naquele momento Ken viu a mesma garotinha que havia conhecido em um orfanato, com olhos grandes e assustados que não conseguiam encará-lo por muito tempo.
– Ela vai ficar com o caso do Senador. – disse.
– O que? – Aidan exclamou surpreso, fazendo Nick olhar para o amigo antes de olhar para seu chefe, engoliu em seco encontrando, pela primeira vez, sua voz.
– Qual caso? – perguntou.
Ken encarou Aidan desviando o olhar para a porta como um sinal silencioso que o homem entendeu sem muito esforço e sem dizer uma palavra saiu da sala fechando a porta em sua passagem.
– O Senador Barker está se reelegendo e precisa de seguranças dia e noite para protegê-lo e sua família.
– Estou sendo rebaixada a guarda-costas? – Nick perguntou sem disfarçar o tom enojado de suas palavras, encarou seu chefe em busca de uma piada, mesmo sabendo que ele nunca faria aquilo.
– Não, você está mantendo seu emprego. – um suspiro profundo o fez se erguer, massageando a ponte do nariz visivelmente cansado. – Olhe Nick, ou era isso ou era nada. Eu não quero que todos os esforços sejam em vão e você saía como se isso não significasse nada. Eu não quero perder uma agente magnífica como você e por isso, você vai aceitar o cargo e vai fazer com perfeição toda e qualquer proteção que o Senador exigir. – com um olhar firme e direto, Nick o encarou de volta em forma de confronto, levando seu chefe a lembranças do passando sabendo que a mesma garota que ele salvou anos atrás estava de volta.
– Eu não vou decepcioná-lo. – respondeu firme, mantendo a postura reta e a boca em uma linha fina pressionada para não dizer mais nada.
Viu Ken sorrir discretamente ao desviar e se virar lhe dando as costas. Em um aceno com a mão indicou a saída.
sendo a primeira a quebrar o silêncio da sala. – Eu sei. – Ou pior, ter sido processada. – completou fazendo Nick lhe lançar um olhar de tédio. – Ainda bem que Ken gosta de você, se fosse outra pessoa com certeza estaria na rua agora. – É, eu não quero pensar nisso. – Nick falou levantando do sofá com o martini na mão caminhando de volta ao espelho. – Eu vou ser o que eles querem que eu seja, vou proteger o tal senador e quando acabar a missão vou pedir meu emprego de volta. – Você já leu a ficha dele? – Geórgia quis saber sentando reta no sofá visivelmente animada ao olhar a amiga. – Não, preciso me apresentar amanhã para conversar com ele pessoalmente. De acordo com Ken,
Nick não teve tempo de respirar e quando percebeu já estava embarcando de volta para Boston. A viagem a fez pensar sobre sua nova missão e em como deve realizá-la com louvor para ganhar pontos com Ken, o senador Barker e talvez, com o Procurador Geral ranzinza. Ela acreditava veemente que a ideia de servir como guarda-costas disfarçado de um universitário não deveria ser tão difícil e mesmo que soubesse da facilidade em como o garoto conseguia descobrir os antigos, Nick já conseguia imaginar missões importantes sendo oferecidas de bandeja para ela quando voltasse. Quando o avião pousou, dois carros esperavam a equipe que havia ficado para trás para o jantar oficial do FBI, Nick aproveitou para se despedir de seus amigos e chefe para iniciar sua missão, naquele momento em diante seria uma simples universitária com uma missão valiosa e secreta. Um a
Nick olhou em volta ignorando a garota em sua frente ao mesmo tempo que praguejava a si mesma em sussurros ao ter perdido seu alvo de vista enquanto se perdia em pensamentos que não iriam ajudá-la naquela missão. Muito pelo contrário, ela percebeu imediatamente. Aquelas lembranças de John iriam distraí-la trazendo consigo sentimentos que força em guardá-los no fundo de seu interior para manter a casca fria e séria de uma agente de campo. – Se você quer ficar perto do time, pode entrar para a equipe de líderes de torcida. – a garota falou chamando atenção de Nick para ela. Encarou seus olhos castanhos procurando um sinal de que aquilo não passava de uma piada e a garota iria rir a qualquer momento, mas isso não aconteceu o que deixou Nick visivelmente ofendida, nem mesmo conseguiu disfarçar em se
– Você checou todas as amizades dele? – Ken perguntou do outro lado da linha. Nick andava de um lado para o outro no quarto com o telefone no ouvido se focando em todas as informações que poderia passar para seu chefe. – Vou pedir para Aidan levantar a ficha de todos, como disse que eram os nomes?– Sophia e Dylan. Não sei o nome do terceiro, mas faz parte do time de futebol, com certeza estão no site da universidade. – Nick respondeu caminhando até a porta onde ouviu sussurros do outro lado.Abriu a porta lento o suficiente para espiar o corredor, a luz que vinha dele iluminou metade de seu rosto no quarto escuro. Viu Dylan e Sophia sussurrando um para o outro de forma romântica, ele com as mãos na cintura enquanto os braços dela estavam despreoc
No dia seguinte Nick estava cochilando sobre sua mesa no meio da aula de álgebra, sentada nas últimas filas de cadeiras, deixou que o professor falasse enquanto descansava os olhos de uma noite mal dormida. Era como se seu corpo clamasse por descanso depois de uma semana corrida e pesada com todos os sentimentos que ela precisou suportar e absorver. Reviveu a noite anterior no sonho, lembrando dos poucos minutos que teve se distraindo com Travis enquanto corriam ao redor do campo e pela primeira vez em uma semana se permitiu sentir livre e mesmo com a lembrança da morte de John ao seu lado, não deixou que a impedisse de sorrir.Em seu cochilo profundo, Nick não percebeu que a aula havia acabado e todos levantavam de suas cadeiras apressados para sair dali, estava quase sendo deixada para trás quando Travis a viu do corredor. Sorrindo, o garoto en
Sem pensar duas vezes e sem desviar o olhar, em um piscar de olhos Nick chutou a cadeira de madeira de um deles, forte o suficiente para quebrar uma das pernas fazendo-o cair no chão. Assustados com a rapidez que tudo aconteceu, os três homens se levantaram de seus lugares ao encarar Nick sem disfarçar a surpresa. Dois segundos foram o suficiente para perceberem que o amigo ainda estava no chão e tentando ajuda-lo a levantar receberam a rejeição dele que levantou com dificuldade se aproximando de Nick encarando-a como se pudesse matá-la com o olhar.– Ei! Briga no meu bar não. – o homem de avental gritou chamando atenção daquele frente a Nick que desviou o olhar da garota para a direção do balcão, ao contrário de Nick que se mantinha em alerta para movimentos surpresa.
Com os fones no ouvido, a música do Redbone tocava no volume máximo formando uma trilha sonora para uma Nick alerta de volta a missão que lhe foi designada. Se privou de assistir as aulas naquele dia para fugir de Travis, Dylan e principalmente Sophia, que apesar de bêbada, traiu sua confiança ao contar tudo o que aconteceu na noite passada. Se manteve do lado de fora dos prédios das aulas observando Travis de longe, o seguindo sempre a espreita para que ele não percebesse e não parecesse estranho para quem via de fora.Acompanhou o garoto em todas as aulas do dia, no almoço observando as janelas do refeitório assistindo Travis conversar e rir despreocupadamente com seus amigos uniformizados com a camisa informal do time da faculdade. Nick viu Sophia e as gêmeas andarem pelo campus de uniforme de líderes de
A pergunta de Travis fez Nick parar e raciocinar como agente, em sua cabeça a atitude de minutos atrás pareceram fúteis se comparando ao que ela deveria fazer e representar ali. Não poderia deixar que descobrissem seu trabalho e não poderia voltar para casa com uma missão fracassada por ter sido descoberta. Seu alvo estava ali, em sua frente, sério e a encarando com atenção aguardando uma resposta, Travis ficou em silêncio observando-a ter seu tempo para responder apesar de achar estranho o quanto ela demorava para isso.Nick conseguiu se acalmar olhando ao redor de forma despreocupada, quando voltou a olhar para Travis estava sorrindo.– Acabei de ter um déjà-vu, se estivéssemos em uma floresta eu diria que você está tentando re