Aidan foi o primeiro a chegar no Departamento de Policia encontrando Geórgia em pé frente a máquina de café na sala principal. Ele ignorou todos os policiais, alguns sentados em suas mesas, outros andando com papéis nas mãos para se aproximar da amiga e lhe puxar para um abraço apertado assustando Geórgia até que ela percebesse onde estava.
Geórgia queria chorar sentindo seu coração apertado e a garganta fechada impedindo a passagem do ar para seus pulmões a fazendo respirar com dificuldade, mas pressionou os lábios e os olhos para que se manter forte naquele ambiente, ela sabia que não mostraria muita confiança chorando igual uma criança, apesar de Aidan está lá.
&n
Aidan gostaria de ter tido treinamento para aquele momento, em dizer ao seu chefe que um de seus agentes, sequestrado por sabe se lá quem, tinha um envolvimento com o alvo, quem deveria proteger à distância até que a eleição para senador do pai passasse. Ken não disfarçava o choque, encarava Aidan na sala anexo em silêncio como se ainda absorvesse tudo o que ouviu sobre Nick e Travis. A sala que antes estava um gelo, ficou ainda mais fria com o humor de Ken que passou de preocupado para ameaçador. Na sala ao lado, Travis e o pai conversavam um com o outro um assunto que Aidan não conseguiria supor qual era, mas analisando a tranquilidade do senador, diria que o filho não estava contando sua história com a guarda-costas.– Há quanto tempo isso vem acontecendo? –
O céu estava escuro com nuvens densas e cinzas que escondiam o sol quente da tarde e ameaçavam deixar Hanôver sob uma forte chuva a qualquer momento quando Aidan e Geórgia acompanharam dois policiais em uma viatura até o posto de gasolina onde a van preta foi vista pela última vez. Os quatro saíram do carro estacionando frente a loja de conveniência observando ao redor, Aidan e Geórgia com mais atenção. Os dois se aproximaram das bombas de gasolina olhando para cima em busca de câmeras de segurança e qualquer coisa que pudesse ajudá-los nas buscas. Geórgia caminhou até a pequena calçada que distanciava da rodovia onde passava poucos carros para olhar em volta, observou os postes de iluminação se havia câmeras de tr&
Nick não conseguia abrir totalmente o olho esquerdo e sentia a pressão apenas em mexer a cabeça. Dor lhe alcançava de diferentes lugares de seu corpo que a deixava angustiada e nervosa por não conseguir amenizá-las. Viu com o único olho bom os dois homens mascarados limpando as mãos depois de mais uma sessão de tortura para tentarem tirar alguma informação dela. Bateram, chutaram, xingaram e tentaram, sem sucesso, aterrorizá-la psicologicamente ao ameaçar sequestrar Travis. Nick sabia que Geórgia faria o que seus olhos imploraram para o que ela fizesse naquela noite, sabia que a amiga entenderia e manteria Travis a salvo, e nada do que aqueles homens tentassem iria fazê-la pensar o contrário mesmo que fosse mais fácil dizer qualquer coisa para a libertarem, mesmo que fosse mais rápido acabar com
– Ele ficou com medo do que a gente pode saber sobre o Senador Barker? – Geórgia perguntou a Aidan observando a rua em sua frente.Os dois estavam parados na calçada frente ao beco onde tudo aconteceu. O sol já estava indo embora dando lugar para a noite fria de Hanôver e consequentemente para a má iluminação naquele lugar onde alguns postes de luz não ficavam por perto. Aidan estava observando o caminho até a porta dos fundos do Rock'n' Roll Café quando virou para sua amiga que não teve coragem de entrar.– Ele ficou com medo do que o Senador perguntaria sobre nossas informações. – respondeu ele voltando alguns passos quando notou uma grande lata de lixo amassada. – Quantas horas Troy disse que precisava para consegui
– Você consegue baixar o programa para o meu celular? – Ken perguntou ao técnico de informática que não tirava os olhos da tela do seu monitor. Ken estava fazendo o mesmo, observava o que parecia ser o mapa de Hanôver se movendo a medida em que o sinal do distintivo ficava mais forte.– Está saindo de Hanôver. – Geórgia disse nas costas de Ken. De repente toda a sala ficou em silêncio observando o mapa se mover até o outro lado do Rio Connecticut, um ponto vermelho surgiu no canto da tela que aumentou o suficiente para mostrar a imagem via satélite da garagem a poucos metros da casa principal e o terreno grande que parecia ser de uma fazenda em Norwic
Travis estava parado ao lado de sua família, sob um pequeno palco, na frente de inúmeros jornalistas que filmavam o discurso da vitória que seu pai dava frente ao púlpito marrom. Estavam todos no hall principal do Capitólio, em Washington, depois da apuração dos votos que eram contados durante todo o dia. O resultado foi quase unânime e saiu mais tarde do que Travis gostaria, deixando-o preso a capital por mais um dia. Seu plano principal era voar de Boston para Washington e voltar no mesmo dia para Hanôver e cobrar, mais uma vez, um posicionamento de Ken. Afinal, os homens que estavam com Nick queriam que seu pai renunciasse e mesmo quando não o fez, Travis tinha medo do que fariam com ela. E apesar de seu medo ser maior do que a esperança de tê-la de volta, Travis a
Nick não percebeu quando caiu no sono e sua última lembrança era a de ver Aidan saindo pela porta do quarto. Quando os abriu lentamente ainda sonolenta, encontrou Ken próximo a janela observando a cidade daquele lado. Com as mãos cruzadas atrás do corpo, a roupa social e os ombros retos, Nick soube que aquele que estava ali era o Diretor do FBI-YA, seu chefe e não alguém que poderia considerar um pai. O perfil de Ken, iluminado pela luz da lua estava sério, os lábios eram uma linha fina deixando claro que havia algo lhe preocupando. Como se percebesse os olhares da garota sob ele, Ken desviou o olhar da janela para a cama no quarto escuro, iluminado pela única janela sem cortinas que havia nele. Os dois firmaram seus olhares por um longo momento até Nick suspirar e com dificuldade sentar na cama.
– Eu não acredito que Travis se foi, ele não pode ser tão burro assim de deixar você. – Sophia disse colocando um braço em volta de Nick acompanhando a garota até a saída do aeroporto.– Quando ele me falou sobre se mudar, ele disse que deixou uma carta explicando tudo no lugar secreto de vocês. – Dylan disse, sem esconder a confusão pelas próprias palavras, como se estivesse apenas repetindo o que ouviu do amigo fazendo Nick parar para encará-lo.– Porque você só me diz isso agora? – ela perguntou irritada. Dylan deu de ombros, erguendo os braços em sinal de desculpas.– Achei que daria tempo você alcançar ele.
Último capítulo