Quando chego em casa, sinto meu coração disparado, as mãos suando e a boca seca. Faz 10 dias que não vejo aqueles olhos de esmeralda e não sei como ela irá me receber, também não sei o que meu silêncio provocou em nossas vidas, além de que não sei como ela vai encarar meu passado, mesmo sabendo agora que não tenho culpa.
Quando abro a porta e entramos, encontramos uma sala repleta de alegria, risadas e algazarra. As três senhoras da minha casa estão sentadas observando uma interação muito interessante entre Nat, Bia, Thaynara e quatro crianças. Paço meus olhos por todos que ao me verem se calaram e ao olhar na porta que leva a sala de TV, vejo quem eu queria. Minhas pernas bambeiam com a força do impacto que tenho,
Como era de se esperar, nós homens apaixonados, pois claro que esses dois estão também com os quatro pneus, sem contar o de estepe ainda, arriados, não iriamos deixar que elas fossem sozinhas, por isso as 22 horas, estávamos reunidos em minha sala esperando que elas descessem. Bernardo que havia chegado a poucos instantes com Rita, que claro nos cumprimentou e subiu para fazer parte da gangue, Rodrigo, cuja esposa estava também lá em cima e nós três, Enrico, Raphael e eu.- Me responde uma coisa. – Todos olhamos para Bernardo. – Elas fazem complô para tudo?- Sim. São uma força da natureza. – Rodrigo sorri da cara de assustado de todos. – Se você mexe com uma, mexe com todas as outras, essa é a lei das mulheres.- Entendo. – Enrico fala pensativo. – Mas, eu acho que a
O clima entre nós é de pura luxúria, juntando a distância que impus a nós com o tempo em que ele ficou fora, tem bastante tempo que não fico dessa forma com esse homem, mas ele, assim como eu, parece disposto a esquecer o que ocorreu e firmar nosso relacionamento. Não vou mentir e dizer que não sinto um medo assustador de que nossos sentimentos estejam confusos e não sejam verdadeiros, bem como tenho receio de embarcar mais uma vez em um relacionamento e depois perceber que estava errada. O que tenho absoluta certeza é que nem os meus sentimentos pelo Daniel foram tão fortes, é como se meu coração tivesse esperado a vida toda por esse homem, como se ao conhecê-lo e me envolver com ele, minha vida finalmente fizesse sentido. Esses pensamentos m
E como se fosse combinado, todos olhamos para um Enrico de olhos tristes. Sua postura apesar de ser de arrependimento também transmite algo mais, que não consigo identificar, ele olha para Thay, pede desculpas e quando ela balança a cabeça em sinal de positivo, ele se vira e nos deixa. Raphael e Olavo balançam as cabeças e se olham de forma que uma conversa inteira se passa apensas em suas cabeças e após soltarem em conjunto o ar, dão de ombros e nos olham com dúvida.- O que foi que aconteceu aqui? – Nat expressa a pergunta que todos estamos nos fazemos.- Eu sei, mas prefiro acreditar que ele será maduro o suficiente para admitir para si mesmo e bem rápido. Não se encontra isso com tanta rapidez. – Rita fala e dá de ombros.- O que aconteceu, foi que ele foi um completo idiota, machista e mis
Seus lábios descem por todo o meu corpo ao mesmo tempo em que vai soltando cada um dos botões que seguram o espartilho, um conjunto de fechos frontais. Para cada fecho solto, recebo um beijo molhado na pele exposta. Quando me vejo finalmente livre da peça, Olavo se apossa dos meus seios e leves mordidas e chupões, fazendo com que os bicos já intumescidos fiquem ainda mais evidentes e minha vagina humedeça ainda mais. Quando ele se farta dos meus seios, sinto-o em meio a minha névoa de luxuria pairar sobre mim e então quando olho em seus olhos sou preenchida por seu membro. A sensação é de finalmente ter chegado em casa, após dias em algum lugar frio e sem vida. Com estocadas lentas, porém precisas, toma meus lábios em um beijo terno e sincero. N&at
Quando Carolina empurra o prato com metade do pão intocada, percebo que consegui preocupá-la com meu nervosismo. Mas, é mais forte do que eu, não consigo disfarçar, pois é a história da minha vida, que derramarei para ela. Pela primeira vez, alguém que não seja Raphael, Enrico ou minha Giágia saberá de todos os meus sofrimentos, procurados por mim ou não. Levanto-me sem dizer nada e estendo a mão para ela que sem hesitação a pega, levantando-se e me seguindo em silêncio. Chegamos ao pergolado e como se alguém soubesse que iriamos para lá, uma manta nos esperava no banco. Olho em direção a casa e vejo Antônia nos observando com olhar sereno. Realmente sou rodeado por pessoas maravilhosas e tenho que agr
Sinto a mesma tranquilidade que senti quando recebi a notícia, e a mesma sensação de alívio como se estivesse naquele lugar de Atenas, naquele dia. Sinto um leve carinho em minha nuca e recomeço a contar minha história.- Como eu não tinha mais familiares, foi designado que eu deveria ficar naquela casa, com meus tios e primos. Porém, meu pappóus insistia tanto para que eu estudasse o português, tanto quanto o inglês, pois afirmava que eu deveria ter como falar com meus familiares, que residiam no Brasil e foi por isso que Catarina entrou em contato com o advogado e pediu que procurasse por parentes aqui. Ele encontrou minha giágia Isabel, contou para ela tudo que eu vivia e ainda contou que a filha havia morrido, - sorrio sem vontade – acredita que minha mãe nunca manteve contato com ela? Não sabia que tinha
- Não foi o que recebi, não essa compreensão. Fui acusado de tramar a morte dela e respondi processo por isso, mas diante da falta de provas arquivaram meu processo. – A confiança dessa mulher em mim, trouxe uma paz ao meu coração que a muito tempo não sentia. – Encurtando o processo, fiquei sabendo, após 3 meses, que a maioria das ações de uma montadora americana estavam a venda, como estava planejando me livrar do passado e já me preparava para isso, fiz uma doação igualitária a cada membro da família, pegando para mim, apenas a parte de dava para comprar as ações e o suficiente para me manter por 6 meses e fui embora sem olhar para trás.- Você deu todo o dinheiro para eles. – Não foi uma pergunta, apenas uma constatação. – Por isso tenho orgulho de você. – Ao ouvir estas palavras meu co
A história do Olavo me abalou muito, como pode uma criança sofrer tanto e ainda se tornar o homem íntegro e maravilhoso que ele é. Cada dia que passamos juntos, sinto-me mais apaixonada, porém, o medo de sofrer faz com que não revele a ele esse sentimento, mesmo que eu sinta que seja correspondida. Mas, e se eu só estiver enxergando o que quero, se minha mente estiver novamente me pregando uma peça e o que ele quer comigo seja apenas passar um tempo? Afinal se ele me amasse já teria se declarado. Mas, como se ele não sabe se eu sinto o mesmo e pode estar da mesma forma que eu, se resguardando do sofrimento. Já se passou 1 mês, desde aquela manhã, não voltei mais para meu apartamento, a casa de dona Isabel ficou pronta e é lá que os meu