Estamos passeando sem destino pelas ruas dessa cidade que nessa época do ano, começa a dar sinais de que a temperatura vai esfriar muito mais daqui um mês, porém, agora está com temperatura amena, que permite aos casais se aconchegarem um pouco mais.
Carolina me surpreendeu em todos os momentos de nossa viagem, a começar pela comissária atirada que ela fingiu não ver e a tratou com devido respeito, mesmo que não merecesse. Se fosse o contrário, com certeza eu não teria mantido tanta classe, isso posso garantir e não seria nem um pouco bonito. Mas, decidi que iria fazer o certo e agora com certeza voltaremos sem comissária hoje à noite.
Adiantei a viagem que seria amanh&a
Ficamos em uma conversa descontraída com o casal por um tempo e descobrimos que vieram para um fim de semana romântico, deixando a filha com os avós maternos. Carol os convida para almoçarem conosco e optamos por uma churrascaria, ao melhor estilo gaúcho de ser.- Estamos aproveitando para passear sozinhos, nesse último mês, pois após o parto, serão muitos meses sem descanso. – Lucas fala com um sorriso no rosto.- É verdade, com minha filha tive menos trabalho, mas com Luiz Miguel foi bem difícil. – Carolina fala tranquilamente e Lucas arregala os olhos. – Desculpe, não disse, né? Tenho dois filhos, Ana Carolina de 8 anos e Luiz Miguel de 6.- São crianças maravilhosas e muito animadas. – Sorrio para meu primo que não está acreditando. – Minha gi&aacu
Hoje faz uma semana que chegamos de viagem e não tocamos mais no assunto de minha família, Carolina não me fez perguntas, não me pressionou e ainda se fez mais presente nessa semana. Chegamos no domingo e fomos direto para minha casa, onde Bernardo já nos aguardava. Conversaram no escritório e me mantive com o restante do pessoal na sala de jogos, para dar espaço para que conversassem, porém, deixei bem claro para Carolina que em minha opinião, ela deveria prestar queixa do marido e ela me confidenciou que já havia planejado fazer isso. Na segunda, levamos as crianças para a escola juntos, passamos em seu apartamento para deixar Hortência, as malas e ela se arrumar para o trabalho, onde a d
Meu coração parece que vai sair pela boca, não sou próxima como deveria dos meus pais, não como sou de Marcela. Mas, é meu pai, então saber que ele está em um hospital, tira meu chão, pois minha irmã não iria ligar por qualquer coisa, por isso faço a pergunta para a qual já sei a resposta.- Ele está bem? – Tenho medo de fazê-la em voz alta, por isso apenas sussurro.- Eu não sei, Marcela apenas falou que precisava de você lá bem rápido.- Então vou apenas vestir uma roupa e ir para lá. – Levanto-me já me preparando para ir ao quarto.- Calma aí, você não vai sozinha, Rodrigo nos levará. – Sinto o abraço dele e percebo o quanto é bom ter alguém para dividir as angústia
- Enfim, nunca percebi e Manoel preferiu não me contar nada para não estragar nossa amizade, que para mim era muito verdadeira. O tempo passou, nos casamos e continuei sempre levando Cassandra para minha casa, ela passava mais tempo conosco do que na casa dela. Porém, não aceitava homens, não os namorava e sempre que era questionada dizia que não havia encontrado sua alma gêmea. Tive Marcela e por um problema muito sério perdi meu útero em seu nascimento, ela era muito grande e causou uma hemorragia interna, e o melhor foi retirarem o órgão. – Arregalo os olhos, pois sou mais nova do que minha irmã. – Marcela já tinha um ano e certo dia Cassandra apareceu em minha casa transtornada, disse-me que estava grávida e que o bebê era fruto de um estupro. Queria fazer um aborto e me pediu ajuda. Estou jun
Estou em mais um cochilo cheio de pesadelos, quando sou sacudida por várias mãos e ao abrir os olhos a claridade me incomoda, volto a fechá-los e após um momento os abro devagar, para me deparar com cinco mulheres com caras de poucos amigos me encarando.- Você vai agora mesmo tomar um banho, vestir uma roupa que preste e vai sentar conosco para comer alguma coisa. – Nat declara já me empurrando para fora da cama.- Não quero me levantar agora. – Declaro.- Mas vai. – Marcela sentencia.- Se não se levantar por bem, jogarei um balde cheio de água em você. – Bia declara e sorri. – E é o balde mesmo, não somente a água. Sem opção levanto-me e tomo um banho, lavando os cabelos ao ser amea&
Ver o desespero nos olhos de Carolina é quase desesperador, ela não sabe do tamanho do meu amor por ela e como não disse, assim como Raphael me avisou, sente dúvidas e mais ainda acredita que não é suficiente para mim. Vê-la mais magra com olheiras profundas e olhar perdido é como levar um soco no estomago. Saio do prédio em que mora com os nervos em frangalhos, a vontade é de esmurrar todos os que lhe causaram esse desespero. Quando olho para o lado, vejo alguém em quem posso descarregar minha ira, o que esse idiota está fazendo aqui? Daniel, desce do carro como se não estivesse proibido de chegar perto dela e vem com cara de deboche, ficando de frente para mim, o olho com fú
- O meu é alemão e sou totalmente goiano, ou seja, o sobrenome não quer dizer nada. – Raphael também estreita os olhos para o idiota. – E se você tem uma ordem de restrição, deve cumpri-la ou precisa que eu chame alguma patrulha?- Tudo bem, estou indo agora. – Levanta as mãos em sinal de rendição e aponta o indicador em minha direção. – Isso não acabou.- Está ameaçando-o? – Rapha pergunta, sem desfazer sua postura de autoridade. – Posso prendê-lo por ameaça.- Estou indo oficial. – Fala com deboche e segue para seu carro. Todos mantemos as posturas até que seu carro vire no fim da rua. Quando isso ocorre, vejo Marcela e Antonella soltarem o ar que estavam segurando, bem como vejo Nat se virar para Raphael, sem esconder seus
- Muito bem. – Marcela pigarreia e continua. – Quando saíamos daqui Carol, demos de cara com Daniel na porta do prédio. Olavo o enfrentou e estava pronto para colocá-lo para correr, quando nossa amiga Nat Tyson ali. – Aponta o indicador para Nat. – Resolver socar o idiota. Carolina coloca a mão direita sobre a boca e arregala os olhos, porém, não consegue se segurar e cai na gargalhada.- Nat minha amiga, você é louca? – Pergunta, limpando as lágrimas dos cantos dos olhos.- Na verdade esse soco estava ganhando vida desde quando ele começou a implicar com nossa amizade e essa vida vem se intensificando desde o dia que o pegamos com aquela penosa naquele apartamento mal decorado. – Diz a última frase olhando para suas unhas.- Espera