Hoje faz uma semana que chegamos de viagem e não tocamos mais no assunto de minha família, Carolina não me fez perguntas, não me pressionou e ainda se fez mais presente nessa semana.
Chegamos no domingo e fomos direto para minha casa, onde Bernardo já nos aguardava. Conversaram no escritório e me mantive com o restante do pessoal na sala de jogos, para dar espaço para que conversassem, porém, deixei bem claro para Carolina que em minha opinião, ela deveria prestar queixa do marido e ela me confidenciou que já havia planejado fazer isso.
Na segunda, levamos as crianças para a escola juntos, passamos em seu apartamento para deixar Hortência, as malas e ela se arrumar para o trabalho, onde a d
Meu coração parece que vai sair pela boca, não sou próxima como deveria dos meus pais, não como sou de Marcela. Mas, é meu pai, então saber que ele está em um hospital, tira meu chão, pois minha irmã não iria ligar por qualquer coisa, por isso faço a pergunta para a qual já sei a resposta.- Ele está bem? – Tenho medo de fazê-la em voz alta, por isso apenas sussurro.- Eu não sei, Marcela apenas falou que precisava de você lá bem rápido.- Então vou apenas vestir uma roupa e ir para lá. – Levanto-me já me preparando para ir ao quarto.- Calma aí, você não vai sozinha, Rodrigo nos levará. – Sinto o abraço dele e percebo o quanto é bom ter alguém para dividir as angústia
- Enfim, nunca percebi e Manoel preferiu não me contar nada para não estragar nossa amizade, que para mim era muito verdadeira. O tempo passou, nos casamos e continuei sempre levando Cassandra para minha casa, ela passava mais tempo conosco do que na casa dela. Porém, não aceitava homens, não os namorava e sempre que era questionada dizia que não havia encontrado sua alma gêmea. Tive Marcela e por um problema muito sério perdi meu útero em seu nascimento, ela era muito grande e causou uma hemorragia interna, e o melhor foi retirarem o órgão. – Arregalo os olhos, pois sou mais nova do que minha irmã. – Marcela já tinha um ano e certo dia Cassandra apareceu em minha casa transtornada, disse-me que estava grávida e que o bebê era fruto de um estupro. Queria fazer um aborto e me pediu ajuda. Estou jun
Estou em mais um cochilo cheio de pesadelos, quando sou sacudida por várias mãos e ao abrir os olhos a claridade me incomoda, volto a fechá-los e após um momento os abro devagar, para me deparar com cinco mulheres com caras de poucos amigos me encarando.- Você vai agora mesmo tomar um banho, vestir uma roupa que preste e vai sentar conosco para comer alguma coisa. – Nat declara já me empurrando para fora da cama.- Não quero me levantar agora. – Declaro.- Mas vai. – Marcela sentencia.- Se não se levantar por bem, jogarei um balde cheio de água em você. – Bia declara e sorri. – E é o balde mesmo, não somente a água. Sem opção levanto-me e tomo um banho, lavando os cabelos ao ser amea&
Ver o desespero nos olhos de Carolina é quase desesperador, ela não sabe do tamanho do meu amor por ela e como não disse, assim como Raphael me avisou, sente dúvidas e mais ainda acredita que não é suficiente para mim. Vê-la mais magra com olheiras profundas e olhar perdido é como levar um soco no estomago. Saio do prédio em que mora com os nervos em frangalhos, a vontade é de esmurrar todos os que lhe causaram esse desespero. Quando olho para o lado, vejo alguém em quem posso descarregar minha ira, o que esse idiota está fazendo aqui? Daniel, desce do carro como se não estivesse proibido de chegar perto dela e vem com cara de deboche, ficando de frente para mim, o olho com fú
- O meu é alemão e sou totalmente goiano, ou seja, o sobrenome não quer dizer nada. – Raphael também estreita os olhos para o idiota. – E se você tem uma ordem de restrição, deve cumpri-la ou precisa que eu chame alguma patrulha?- Tudo bem, estou indo agora. – Levanta as mãos em sinal de rendição e aponta o indicador em minha direção. – Isso não acabou.- Está ameaçando-o? – Rapha pergunta, sem desfazer sua postura de autoridade. – Posso prendê-lo por ameaça.- Estou indo oficial. – Fala com deboche e segue para seu carro. Todos mantemos as posturas até que seu carro vire no fim da rua. Quando isso ocorre, vejo Marcela e Antonella soltarem o ar que estavam segurando, bem como vejo Nat se virar para Raphael, sem esconder seus
- Muito bem. – Marcela pigarreia e continua. – Quando saíamos daqui Carol, demos de cara com Daniel na porta do prédio. Olavo o enfrentou e estava pronto para colocá-lo para correr, quando nossa amiga Nat Tyson ali. – Aponta o indicador para Nat. – Resolver socar o idiota. Carolina coloca a mão direita sobre a boca e arregala os olhos, porém, não consegue se segurar e cai na gargalhada.- Nat minha amiga, você é louca? – Pergunta, limpando as lágrimas dos cantos dos olhos.- Na verdade esse soco estava ganhando vida desde quando ele começou a implicar com nossa amizade e essa vida vem se intensificando desde o dia que o pegamos com aquela penosa naquele apartamento mal decorado. – Diz a última frase olhando para suas unhas.- Espera
O pensamento de que toda a minha vida foi uma mentira me bate como um soco, mas diferentemente do que estava sentindo até a algumas horas, estou bem com isso. Fui rodeada por mentiras, por pessoas com índole duvidosa e que manipulam os outros por ganância. O silêncio em minha sala é na verdade ensurdecedor, todos estão em seus próprios pensamentos, fazendo conjecturas e ao mesmo tempo percebo que estão temerosos por minha reação, verdadeiramente preocupados comigo.- Não posso dizer que me surpreendo. – Falo finalmente. – Após o término de nosso casamento, senti como se tivesse vivido uma mentira e enxerguei a verdadeira face de Daniel. – Olho fixamente para o chão. – O que Cassandra pretende com tudo isso é que
Pegamos apenas o necessário, que não poderia ser substituído e quando as crianças chegaram da escola, Rodrigo nos trouxe para a casa de Olavo. As crianças desceram e já correram para o interior, direto para a cozinha, sendo seguidas por Hortência, mas continuo parada na porta da frente, sem saber o que fazer. Estou olhando a fachada da imponente mansão e quando abaixo o olhar, vejo a senhora que detém o mais puro amor de Olavo. Ela está me esperando e percebo que seu semblante é de amor e compreensão. Só agora me dei conta de que minha relutância em entrar é medo de que não me entenda e que me acuse de tirar a paz de seu neto. Com passos incertos sigo em sua dire&