- Muito bem. – Marcela pigarreia e continua. – Quando saíamos daqui Carol, demos de cara com Daniel na porta do prédio. Olavo o enfrentou e estava pronto para colocá-lo para correr, quando nossa amiga Nat Tyson ali. – Aponta o indicador para Nat. – Resolver socar o idiota.
Carolina coloca a mão direita sobre a boca e arregala os olhos, porém, não consegue se segurar e cai na gargalhada.
- Nat minha amiga, você é louca? – Pergunta, limpando as lágrimas dos cantos dos olhos.
- Na verdade esse soco estava ganhando vida desde quando ele começou a implicar com nossa amizade e essa vida vem se intensificando desde o dia que o pegamos com aquela penosa naquele apartamento mal decorado. – Diz a última frase olhando para suas unhas.
- Espera
O pensamento de que toda a minha vida foi uma mentira me bate como um soco, mas diferentemente do que estava sentindo até a algumas horas, estou bem com isso. Fui rodeada por mentiras, por pessoas com índole duvidosa e que manipulam os outros por ganância. O silêncio em minha sala é na verdade ensurdecedor, todos estão em seus próprios pensamentos, fazendo conjecturas e ao mesmo tempo percebo que estão temerosos por minha reação, verdadeiramente preocupados comigo.- Não posso dizer que me surpreendo. – Falo finalmente. – Após o término de nosso casamento, senti como se tivesse vivido uma mentira e enxerguei a verdadeira face de Daniel. – Olho fixamente para o chão. – O que Cassandra pretende com tudo isso é que
Pegamos apenas o necessário, que não poderia ser substituído e quando as crianças chegaram da escola, Rodrigo nos trouxe para a casa de Olavo. As crianças desceram e já correram para o interior, direto para a cozinha, sendo seguidas por Hortência, mas continuo parada na porta da frente, sem saber o que fazer. Estou olhando a fachada da imponente mansão e quando abaixo o olhar, vejo a senhora que detém o mais puro amor de Olavo. Ela está me esperando e percebo que seu semblante é de amor e compreensão. Só agora me dei conta de que minha relutância em entrar é medo de que não me entenda e que me acuse de tirar a paz de seu neto. Com passos incertos sigo em sua dire&
Já faz 10 dias que Olavo viajou, nesse tempo, não me ligou, nem eu o fiz. Raphael, Enrico, Marcela, Antonella e minha mãe vieram duas vezes me ver e repassamos incansavelmente toda a história, mas não encontramos mais brechas ou pontas. Mamãe realmente não sabe mais de nada, após meu nascimento e a morte de Moisés, nunca mais havia ouvido falar de Cassandra, então acreditou que ela tinha nos deixado em paz. Daniel tentou uma nova aproximação, apareceu inclusive na portaria do condomínio e tentou de tudo para entrar, mas liguei para Raphael e ele foi retirado pela polícia. Retornei a minha rotina, mas agora no escritório que montamos, Nat, Rita e eu, administrado por no
Saio pela porta do avião e paro no início da escada, respiro calmamente e olho para o dia que está terminando de ir embora. No horizonte posso ver os tons alaranjados se destacando e algumas estrelas já são visíveis. É como se finalmente, ao fim de muitos anos eu pudesse respirar, como se estivesse preso em uma sala escura e finalmente conseguisse abrir a porta e ver a luz. No início a luz cegou e senti certo desconforto, porém como sempre ocorre o tempo fez com que viesse o costume e assim pude enxergar claramente o que está a minha frente. Solto um suspiro com força e olho para o carro parado a frente do avião, onde me esperam Enrico e Rodrigo, ambos estão com semblante carregado, o que me dá certo desconforto, pois só pode significar que
Quando chego em casa, sinto meu coração disparado, as mãos suando e a boca seca. Faz 10 dias que não vejo aqueles olhos de esmeralda e não sei como ela irá me receber, também não sei o que meu silêncio provocou em nossas vidas, além de que não sei como ela vai encarar meu passado, mesmo sabendo agora que não tenho culpa. Quando abro a porta e entramos, encontramos uma sala repleta de alegria, risadas e algazarra. As três senhoras da minha casa estão sentadas observando uma interação muito interessante entre Nat, Bia, Thaynara e quatro crianças. Paço meus olhos por todos que ao me verem se calaram e ao olhar na porta que leva a sala de TV, vejo quem eu queria. Minhas pernas bambeiam com a força do impacto que tenho,
Como era de se esperar, nós homens apaixonados, pois claro que esses dois estão também com os quatro pneus, sem contar o de estepe ainda, arriados, não iriamos deixar que elas fossem sozinhas, por isso as 22 horas, estávamos reunidos em minha sala esperando que elas descessem. Bernardo que havia chegado a poucos instantes com Rita, que claro nos cumprimentou e subiu para fazer parte da gangue, Rodrigo, cuja esposa estava também lá em cima e nós três, Enrico, Raphael e eu.- Me responde uma coisa. – Todos olhamos para Bernardo. – Elas fazem complô para tudo?- Sim. São uma força da natureza. – Rodrigo sorri da cara de assustado de todos. – Se você mexe com uma, mexe com todas as outras, essa é a lei das mulheres.- Entendo. – Enrico fala pensativo. – Mas, eu acho que a
O clima entre nós é de pura luxúria, juntando a distância que impus a nós com o tempo em que ele ficou fora, tem bastante tempo que não fico dessa forma com esse homem, mas ele, assim como eu, parece disposto a esquecer o que ocorreu e firmar nosso relacionamento. Não vou mentir e dizer que não sinto um medo assustador de que nossos sentimentos estejam confusos e não sejam verdadeiros, bem como tenho receio de embarcar mais uma vez em um relacionamento e depois perceber que estava errada. O que tenho absoluta certeza é que nem os meus sentimentos pelo Daniel foram tão fortes, é como se meu coração tivesse esperado a vida toda por esse homem, como se ao conhecê-lo e me envolver com ele, minha vida finalmente fizesse sentido. Esses pensamentos m
E como se fosse combinado, todos olhamos para um Enrico de olhos tristes. Sua postura apesar de ser de arrependimento também transmite algo mais, que não consigo identificar, ele olha para Thay, pede desculpas e quando ela balança a cabeça em sinal de positivo, ele se vira e nos deixa. Raphael e Olavo balançam as cabeças e se olham de forma que uma conversa inteira se passa apensas em suas cabeças e após soltarem em conjunto o ar, dão de ombros e nos olham com dúvida.- O que foi que aconteceu aqui? – Nat expressa a pergunta que todos estamos nos fazemos.- Eu sei, mas prefiro acreditar que ele será maduro o suficiente para admitir para si mesmo e bem rápido. Não se encontra isso com tanta rapidez. – Rita fala e dá de ombros.- O que aconteceu, foi que ele foi um completo idiota, machista e mis