Hoje é sexta feira, o dia foi corrido ao extremo, nem almoçar consegui, comi apenas um sanduíche que Nat levou para mim, pois ao sair mais cedo, quis compensar. Nunca precisei fazer isso, mas como Edgar tem mudado sua forma de tratar a todos, preferi não abusar, então fiquei meu horário de almoço trabalhando.
Ontem também não consegui jantar com Olavo, tive que me programar para hoje e ele pareceu desapontado, apesar de aceitar, porém, sabe que tenho dois filhos pequenos e que precisam de minha atenção constante. O tempo entre fazer as malas, organizar com Hortência e as crianças sobre o fim de semana, passar as orientações sobre regras e punições, foi longo e quando vi, já era quase uma da manhã, por isso estou esgotada. Agora estou indo para casa, são 16 horas e co
Fico olhando para meu ex durante um bom tempo, sem acreditar no que acabo de ouvir. Jesus, esse homem é de outro planeta, só pode. Como assim, conversar em um restaurante ou bar, como se estivéssemos em um encontro? Decido ignorar essa parte e tentar me livrar dessa conversa maluca.- E qual é mesmo a finalidade dessa conversa? – Questiono novamente.- Estou preocupado com o bem-estar dos nossos filhos e queria que você entendesse que inserir esse homem em suas vidas é perigoso. – Eu o olho perplexa.- Jesus Daniel, você está se ouvindo? – Passo as mãos no rosto em sinal de exasperação. – Depois de dois anos, agora você se preocupa com seus filhos? E o Olavo é uma pessoa maravilhosa, que trata Ana e Luiz muito bem.- Quer saber Carolina, não tem como ter uma conversa civil
Nesse momento duas crianças com olhar assustado adentram o apartamento já chamando por mim.- Mamãe! – Grita Ana Carolina, fechando a porta.- Estou aqui, minha filha. – Tento limpar as lágrimas, para que não percebam que chorei, mas é quase impossível, nunca consigo esconder minha cara de choro.- Mamãe, vi que o papai saiu daqui. A van que nos trás da escola, passou por ele no fim da rua. – Diz já me abraçando. – É muito raro ele vir aqui e a senhora não chorar depois. – Fala com a voz embargada e uma lágrima escorre por seu rosto.- Não quero que ele venha mais aqui. – Luiz Miguel também fala, já me abraçando.- Meus amores, não falem assim do pai de vocês. O que acontece entre nós dois não pode afetá-los. – Sento-me no sofá e os coloco na
Parece que estou em um sonho muito bonito e que o mal espera do lado para me atacar quando chegar a melhor parte, não é sempre, mas desde que conheci Olavo, por vezes tenho essa sensação de que algo ruim vai acontecer e estragar minha felicidade. Estamos voando a quase 90 minutos, dos quais 60, passamos dentro do quarto muito aconchegante que o avião possui. Assim que embarcamos, sem os trâmites de um voo comercial, a comissária que acredito não ter ido com a minha cara, nos indicou as poltronas e ofereceu alguma bebida, que prontamente recusei. Ela também nos informou que a viagem seria de quase duas horas, e deixou bem claro, apenas para Olavo, que durante o voo estava totalmente à disposição.&
A recepção em estilo luxuoso simples conta com decoração em cores claras, contrastando com os móveis em marrom escuro e designer arrojado. O estilo medieval que a fachada transmite, continua presente no interior, porém, este trás ainda uma pontinha do contemporâneo o que dá um charme diferente ao lugar. Rapidamente somos encaminhados ao nosso quarto que é espaçoso e aconchegante, e ao entrarmos já posso ver nossa bagagem em um sofá na sala de estar. O quarto também tem decoração em tons claros e móveis escuros e de onde estou posso ver uma escada que leva a um mezanino, onde provavelmente fica o banheiro, já que só consigo ver a cama forrada com uma colcha branca com detalhes em marrom escuro, tomada por pét
Acordo com uma sensação de plenitude e um corpo junto ao meu, me aconchegando de uma forma única. Nunca fui de dormir abraçada, achava até estranho quando alguém dizia que dormia assim, ou ainda quando lia nos livros, mas com Olavo isso é natural. Sinto seu beijo em minhas costas ao mesmo tempo em que seus braços me apertam e o seu membro rijo se aninha entre as minhas nádegas.- Bom dia linda! – Fala roucamente no meu ouvido.- Bom dia lindo! – Respondo sorrindo e me apertando mais a ele.- Se você não quiser ser o meu café da manhã fique paradinha aí moça.- E se eu quiser ser? – Aperto-me mais a ele e sou virada de costas tão rapidamente que quando vejo, já está dentro de m
Estamos passeando sem destino pelas ruas dessa cidade que nessa época do ano, começa a dar sinais de que a temperatura vai esfriar muito mais daqui um mês, porém, agora está com temperatura amena, que permite aos casais se aconchegarem um pouco mais. Carolina me surpreendeu em todos os momentos de nossa viagem, a começar pela comissária atirada que ela fingiu não ver e a tratou com devido respeito, mesmo que não merecesse. Se fosse o contrário, com certeza eu não teria mantido tanta classe, isso posso garantir e não seria nem um pouco bonito. Mas, decidi que iria fazer o certo e agora com certeza voltaremos sem comissária hoje à noite. Adiantei a viagem que seria amanh&a
Ficamos em uma conversa descontraída com o casal por um tempo e descobrimos que vieram para um fim de semana romântico, deixando a filha com os avós maternos. Carol os convida para almoçarem conosco e optamos por uma churrascaria, ao melhor estilo gaúcho de ser.- Estamos aproveitando para passear sozinhos, nesse último mês, pois após o parto, serão muitos meses sem descanso. – Lucas fala com um sorriso no rosto.- É verdade, com minha filha tive menos trabalho, mas com Luiz Miguel foi bem difícil. – Carolina fala tranquilamente e Lucas arregala os olhos. – Desculpe, não disse, né? Tenho dois filhos, Ana Carolina de 8 anos e Luiz Miguel de 6.- São crianças maravilhosas e muito animadas. – Sorrio para meu primo que não está acreditando. – Minha gi&aacu
Hoje faz uma semana que chegamos de viagem e não tocamos mais no assunto de minha família, Carolina não me fez perguntas, não me pressionou e ainda se fez mais presente nessa semana. Chegamos no domingo e fomos direto para minha casa, onde Bernardo já nos aguardava. Conversaram no escritório e me mantive com o restante do pessoal na sala de jogos, para dar espaço para que conversassem, porém, deixei bem claro para Carolina que em minha opinião, ela deveria prestar queixa do marido e ela me confidenciou que já havia planejado fazer isso. Na segunda, levamos as crianças para a escola juntos, passamos em seu apartamento para deixar Hortência, as malas e ela se arrumar para o trabalho, onde a d