P.O.V. Angel Continuo de olho fechado, ainda esperando pela reação dele. Heitor está quieto já faz algum tempo. Arrisco abrir os olhos e me assusto ao ver um sorriso no rosto dele. Uma coisa muito rara de se ver. - Você está feliz? - É claro que estou, meu anjo - me puxa pela cintura e me abraça. Ele me chamou de meu anjo, isso significa que o bebê realmente o deixou feliz. - Quero você bem vigiada, não quero que nada aconteça com você, e muito menos com o meu filho. - As câmeras não são o suficiente para me vigiar? E esse bebê pode ser menina, não se esqueça disso, Heitor Agora estou com medo que ele não goste do bebê se vier uma menina. - Angel... O que eu mais quero é te ver bem. Se for uma menina, não vou me importar. - Você jura que vai amar esse bebê mesmo se for uma menina? - Juro! Heitor passa o nariz pelo meu pescoço e desce a mão para minha bunda, onde deixa um aperto. Ele puxa meu cabelo para trás, deixando meu pescoço exposto. - Essa notícia me deixou muito
P.O.V. Angel Tento abrir a porta do quarto e vejo que está trancada. Então me viro e pego um perfume em cima da cômoda. Olha para ele e espirro no ar. Parece ser bem caro e deve ser do meu marido. Ótimo, muito melhor assim. Jogo ele na parede e o vejo se espatifar no chão. Dou um sorriso sentindo uma enorme satisfação ao ver isso. Logo a porta é aberta. Um segurança passa por ela e entra para ver o que aconteceu. Aproveito a distração dele e saio do quarto. - Senhora Lombardi, não pode sair - o ignoro totalmente. Desço as escadas e vou até a cozinha. Lupe me olha assustada ao ver o segurança correndo atrás de mim. Se Heitor pensa que irei ficar aqui trancada, como ele já me deixou, muitas vezes está enganado. - Espero que tenha uma boa roupa, vamos sair hoje - ela assente rapidamente. Pego um iogurte na geladeira e começo a tomar com uma colher. O segurança me olha sem saber o que fazer. O coitado deve ser novo, só pode. Depois de tomar meu café da manhã, subo para o quarto,
P.O.V. Angel Termino de passar o batom e o deixo na penteadeira. Solto um suspiro me sentindo um pouco irritada. Heitor quer que vamos à casa da mãe dele, para contar sobre o bebê. O ruim disso é que eu odeio aquela mulher. Ela nunca gostou de mim, sempre me desestabilizou, e agora eu tenho que contar sobre meu bebê? A verdade é que eu não quero ir. Só quero ficar em casa e dormir. Agora que eu e meu marido estamos finalmente nos acertando, tem alguma coisa para atrapalhar. Eu sinto que ela vai fazer alguma coisa. Ela vai dar um jeito, tenho certeza disso. Andrea é arrogante e prepotente, além de adorar me humilhar. Mas não vou deixar por isso mesmo, vou ser a Angel que ninguém gostava. Me levanto e vou até a cômoda. Passo um pouco de perfume. Ele é divino, importado de Paris. Reviro os olhos. Heitor e suas coisas caras. Será que ele vai aprender a não ostentar tanto? - Está pronta? - Estou! Falta só colocar meu sapato - vou até o closet, que agora compartilhamos. Pego um
P.O.V. Angel 2 Meses Depois Coloco minha mão sobre minha barriga de seis meses. Dou um sorriso ao sentir o bebê chutar. Ainda não sei se é menino ou menina. A criança ainda está de pernas cruzadas, o que está me deixando louca de curiosidade. Sinto um corpo atrás do meu e dou um sorriso. Heitor beija o meu ombro e dá um sorri para mim. Meu marido está cada dia mais mudado. É claro que ainda é muito ciumento, mas com o tempo estou conseguindo dobrar ele, mas aos poucos. - Como ele está? - Chutando bastante - ao falar isso o bebê chuta e faço uma careta ao sentir um pouco de dor. Ele me vira e me puxa para ele. Estou arrumada para a gente sair hoje. Parece que vai ter uma reunião super importante entre algumas máfias. Eu sei que essas coisas são perigosas, mas parece que tenho que ir. Não estou me sentindo muito confortável não. - Está perfeita, quero trancar você aqui dentro apenas para os meus olhos. - Prometeu não fazer mais isso. - Eu sei, sinto muito - passa o nariz pel
P.O.V. Angel Faço um bico ao ver as coisas serem empacotados. Meu marido não mentiu quando disse que iríamos nos mudar. Ele já conseguiu uma casa na Itália, e até me mostrou algumas fotos. Não vou negar que gostei muito, mas não quero sair daqui. Heitor não me diz o que está acontecendo, e isso me deixa com raiva. Ele precisa confiar mais em mim. Só sei que ele está mais cauteloso. Tudo a minha volta é questão de me machucar, ele não me deixa fazer nada. Não estou saindo de casa, mas não fico trancada no quarto. Joe agora cuida da parte da frente da casa, e não tem mais acesso a mim. Para falar a verdade, meu marido não parece mais confiar nele. Não sei se devo ficar com medo ou algo assim. A forma que Heitor está... Eu nunca o vi tão preocupado antes. Só sinto medo pelo meu bebê. Eu queria muito saber o que está acontecendo, para que eu também tome cuidado. Coloco um vestido solto, por conta da barriga e desço as escadas. - Tome cuidado - ele segura minhas mãos e me ajuda a
P.O.V. Angel Pisco meus olhos me sentindo confusa por um instante. Não demora para que eu lembre o que aconteceu. - Heitor... Meu bebê! - coloco minha mão na barriga e está lisa, sem a protuberância de antes - não! Eu grito e a máquina começa a apitar. Quero que tudo seja um pesadelo, quero que seja mentira. Heitor, Anthony, não pode ser possível. Isso tem que ser mentira. Sinto braços envolta de mim e tento me desvencilhar de todas as formas. Só quero saber que estão bem, que sobreviveram. - Fique calma, minha filha - meu pai sussurra no meu ouvido. Eu não queria ficar calma, só queria ver eles e descobrir que estão bem. Sinto uma picada no meu braço e sinto meu corpo amolecer. Pisco meus olhos me recusando a dormir. Sou deitada novamente na cama. Meu corpo fica paralisado, sem que eu possa me mover, mas ainda posso falar. - Pai... O que aconteceu? - Foi um atentado contra seu marido, feito pelo primo dele. - Meu bebê, meu filho, onde está? E Heitor, sobreviveu? - ele fic
P.O.V. Angel Coloco a flor sobre o túmulo do meu bebê. Seco a lágrima que desce pelo meu rosto. Acabei de sair do hospital e vim diretamente aqui. Olho para o céu e respiro fundo. Meu pequeno anjinho. Sei que ele está em um lugar melhor, mas ainda assim dói. Me levanto e vou até meu pai. Ele está se saindo tão bem, ficando o tempo inteiro comigo. - Venha, querida - me puxa para um abraço - precisa esquecer isso e seguir em frente. - Como quer que eu esqueça, pai? Era o meu bebê, a coisa que eu mais amei - volto se chorar. Roger me guia de volta para casa. Ele disse que eu iria morar com ele. Mas não vou ficar muito tempo, assim que conseguir um emprego, eu vou embora. - Querida! - ele chama pela esposa - Angel vai ficar aqui agora, ela está passando por um momento ruim, espero que seja compreensiva. - Venha aqui - ela me puxa para um abraço - não posso imaginar a dor de uma mãe ao perder o seu filho. Choro no ombro dela. Eu precisava disso, de um abraço assim, de alguém que m
P.O.V. Angel Fecho a conta de mais uma mesa e levo para o balcão. Sabina me olha e da um sorrisinho enquanto mastiga o chiclete. - Hoje está bem calmo. - Está sim! - concordo com ela. Sabina, eu e mais uma menina trabalhamos aqui, mas a outra está lá fora, fumando um cigarro. Logo a porta é aberta e ela entra. Bianca é garçonete, mas as vezes fica no caixa. Ela tem 18 anos, mas mesmo assim já fuma. Fico de costas arrumando os copos. O barulho do sino ecoa pelo lugar, mostrando que a porta abriu. As meninas começam a gritar e eu fico sem entender o motivo. Elas entram em uma breve discussão e logo Bianca pega o bloco de notas. Me viro para ver o motivo do escândalo. Bianca vai até a mesa, onde um homem de terno e postura seria está sentado. - Ai que gato. Eu sentaria para esse homem sem exitar - sinto meu rosto esquentar. Bianca volta com a cara amarrada. A loira parecia chateada. Ela não é loira de verdade, o cabelo é apenas tingido. - Ele quer ser atendido por você - joga