P.O.V. Angel - O que você falou? - Tem uma pessoa que odeia muito seu marido. Eu não sei quem essa pessoa é, mas... Foi ele que causou o acidente. Sérgio junta as mãos e suspira. Ele parece ter tirado um peso das costas. - Eu não entendo. - Esse homem quer muito se vingar do Heitor, mas eu não sei o motivo de tudo isso. Ele usou seu pai para conseguir o que desejava. Seu pai... Ele vendeu você para mim. Sinto meu coração se acelerar e as lágrimas molharem o meu rosto. - Isso é mentira, meu pai não faria isso! - Mas ele fez, Angel. Roger vendeu você para ser minha esposa. E ele, junto com o primo do Heitor, causaram o acidente. Eu achei que meu pai me amava, e que fazia se tudo para me ver bem. Mas a verdade, é que ele não se importa comigo. - Eu pensei... Que ele me amava, que estava me apoiando nesse momento difícil. Mas foi ele que causou o acidente da pessoa que eu amo. Finalmente disse a mim mesma que amo o Heitor. Mas essa é a verdade, eu amo ele. E ficar sem meu marid
P.O.V. AngelQuando volto a consciência, não faço a mínima ideia de onde estou. Olho ao redor e só vejo o escuro. Acho que em algum momento da viagem eu dormi. Agora parece que eu estou dentro de um carro. Olho para frente, mas não é possível ver nada, está com uma divisória entre o motorista e o passageiro. Fico em silêncio e fecho os olhos, me sentindo sonolenta. Não demora muito para que eu esteja apagada novamente. Quando acordo, estou em um lugar confortável. Abro os olhos e vejo que estou em uma cama. Ainda um pouco confusa e grogue, me levanto. Ando pelo quarto devagar. Está tudo escuro e eu não estou vendo muita coisa. Bato meu dedinho na quina de algum móvel. Solto um chiado de dor e me sento na primeira coisa que acho. - Inferno! - isso dói para caralho. A porta é aberta e alguém entra por ela. Pela altura e pela postura, imagino que seja Sérgio. A luz é acessa, e cega os meus olhos. Coloco as mãos no rosto e depois de um tempo as tiro devagar. O quarto é grande, c
P.O.V. Angel Meu casamento é hoje a noite, e para ser sincera, não estou nada preparada. Nunca fui muito boa em mentir, mas eu preciso tentar. Sérgio me falou que será uma simples cerimônia e que após isso eu seria dada como sua esposa. A gente ainda continua procurando pelo Heitor. Eu não vou desistir dele por nada nesse mundo. O russo não é uma pessoa ruim, ao contrário disso. Ele me respeita muito e está disposto a me ajudar. - Angel! - me assusto com a entrada repentina dele no quarto. Fecho o livro que eu estava lendo e o deixo de lado. - Precisa de alguma coisa? - Eu vou sair por agora. A gente se encontra no casamento. Enquanto isso você pode ir se preparando. - Isso não é falso? - Precisamos ser bem convincentes. Por favor, me ajude. - Tudo bem! O russo se despede de mim e sai do meu quarto. Eu suspiro e passo as mãos pelo rosto. Me levanto e vou até o banheiro. Encho a banheira e entro na água. Fecho os olhos ao sentir a água quente contra a minha pele. Alguém e
P.O.V. Heitor Deixo com que a água leve todo o sangue do meu corpo embora. Fecho os olhos e aprecio a sensação do banho quente. Saio do banheiro com apenas uma toalha envolta da minha cintura. Me seco e coloco um terno todo preto. Me olho no espelho. Me viro e vejo a cicatriz que ficou com o acidente de carro. Depois dessa acidente e tanto tempo dormindo, eu finalmente estou em casa. Não consegui ficar muito tempo no hospital. No início era apenas uma desconfiança do que poderia ter acontecido. Eu recebi um aviso sobre Sérgio estar perguntando por mim. Não era normal esse tipo de pergunta. Então fui a uma reunião, um encontro com alguns homens que poderiam me dizer o que ele realmente queria, o que descobri foi fatal. Sérgio já tinha dito que tinha uma noiva, mas não qualquer noiva, mas sim minha esposa. Depois de sair da sala encontrei Angel com ele, eu vi que ele a tinha encantado com sua boa lábia. Fingi ser amigo dele para ela não desconfiar de nada. Descobri que estava p
P.O.V. Heitor Ignoro os gritos que vinham do celular. Continuo a preparar minha mala para a viajem. - Como você ousa começar uma guerra? Tem noção do que está fazendo? - Eu sou o líder e a decisão é minha! - fecho a mala e deixo em um canto do quarto - e não ouse gritar comigo novamente! - encerro a chamada e jogo celular longe. Ter que escutar esses idiotas está me dando dor de cabeça. Nenhum deles achou inteligente começar uma guerra com "A Bratva."Eu não estou me importando a única coisa que eu sei, é que não vou permitir que Angel fique com Sérgio, ele terá que me matar primeiro. Desço as escadas e vejo minha mãe e irmã sentadas a mesa, já começando a refeição. Me sento e começo a fazer o mesmo. O médico me receitou algumas vitaminas e eu as tomei, preciso estar forte para o que estar por vir. - Você não disse nada sobre eu acordar - Andrea me olha. - É claro que estou feliz filho - ela pega minha mão - é muito bom ver você dê pé, parecendo mais forte do que nunca. Dou u
P.O.V. Angel Respiro fundo e tomo coragem para descer do carro. Dou um sorriso ao ver a igreja na minha frente. Eu não tinha ideia de que Sérgio fosse religioso, isso é bem novo para mim. Dou um passo a frente e logo um homem aparece. Ele me acompanha até o altar, onde tem um homem de batina. - Está muito bela! - dou um sorriso. Me ajoelho como o padre manda. Ele então começa a falar. Eu não estava prestando muita atenção, mas mesmo assim tento parecer concentrada. Então veio a famosa frase. - Se alguém tem alguma coisa contra esse casamento, que fale agora ou se cale para sempre. Ouço um barulho muito alto e acabo me assustando. Sérgio aperta a minha mão me deixando ainda mais nervosa do que eu já estou. Barulho de passos enchem todo o salão. Me viro para ver quem é. - Não estou convidado para o casamento? Sinto todo meu corpo tremer, parece que saio de órbita por um tempo. Não pode ser... Não pode ser ele! Estou vendo certo, é Heitor que está aqui na minha frente? - Hei
P.O.V. Heitor Algumas Semanas Depois Olho para minha esposa deitada na cama, com nosso filho no berço, perto da cama. Eu sei que ela está cansada. Anthony toma muito do seu tempo no dia a dia. E ele chora bastante de madrugada. Deixo um beijo na testa dela e saio do quarto. Entro no carro e mando o segurança dirigir para minha empresa. Depois de ficar tanto tempo em coma, preciso deixar as coisas em ordem. Entro na minha sala e vejo Henrique sentado na minha cadeira, ele está mexendo em alguns papéis importantes. - Não mexe nisso - o desgraçado sorri. - Você sabe da maior? Sérgio está aqui - aperto minha mão em um punho. O que esse filho da puta está fazendo na cidade? - Merda! - bato na mesa. Henrique não fala nada. Ele sabe que estou com raiva e não é bom que me dirijam a palavra no estado que estou. Aperto um botão para chamar minha secretária, não demora muito para que ela apareça. - Me traga uma garrafa de whisky e um copo. - Dois, eu também vou beber - ela assente
P.O.V. Angel Meu bebê balança as pernas me fazendo ter dificuldades de colocar a fralda nele. - Anthony, fica parado filho. Dou um chocalho para que ele brinque enquanto eu coloco a fralda dele, depois disso coloco a roupinha e penteio o cabelo dele. - Agora você está pronto - pego ele no colo. Alguém bate na porta e eu permito que entre. Stefane entra no quarto e da um sorriso ao me ver. - Eu posso segurar meu sobrinho? - É claro que você pode - entrego Anthony a ela. Preferi não guardar rancor da menina. Stefane estava com medo da mãe dela e eu não podia a culpar por isso. Saímos do quarto e vamos para a sala. O café da tarde já estava servido. - Senhora Lombardi - Lupi vem até a mim - telefone para a senhora. - Obrigada, Lupe. Você já preparou a mamadeira do Anthony? - ela assente. Pego o telefone e atendo. - Alô? - Oi, Angel - fico surpresa ao ouvir a voz do russo. - Sérgio. Aconteceu alguma coisa? Será que meu marido tinha feito alguma coisa com ele? Heitor pode s