P.O.V. Angel Abro meus olhos lentamente. Estou sentindo alguma coisa nos meus pulsos. Olho para cima e vejo minhas mãos presas a correntes. Tento não me desesperar, mas acabo gritando. O grito sai abafado e vejo que estou com uma mordaça na minha boca. Olho ao redor. É um lugar escuro e frio, tem algumas coisas jogadas pelo chão. Eu estou sentada no chão, com minhas mãos acima da minha cabeça, presas em correntes. Escuto passos e começo a me desesperar. Logo um homem aparece, ele está com a roupa suja de sangue e com uma faca na mão. - Então quer dizer que a princesa acordou - ele chega ainda mais perto de mim - que rosto bonito - passa a faca suja de sangue no meu rosto - quero tanto acabar com ele. Lágrimas descem pelo meu rosto sem que eu tenha controle. O estranho se vira de costas e começa a rir. Ele por acaso é louco? - Quer saber um segredo? Eu só iria atrás de você, te matar e desaparecer com o corpo, mas a porra do seu namoradinho teve que aparecer e foder com tudo!
P.O.V. Heitor - Senhor - mudo minha atenção para Joe - encontramos aquilo que pediu. Olho para Pietra e ela entende. Aquele olhar significa para ela ficar de olho na Angel, enquanto eu saio por um instante. Deixo também um segurança, para não correr riscos. Desço as escadas e vou para o lado de fora. Um pouco mais longe do local, entro no meu carro. - Onde está? - meu chefe de segurança me mostra o notebook. Uma foto de um homem à mostra. Paulo Rogers, ele foi preso acusado de assassinato, passou três meses na prisão. A polícia tinha ligado ele a vários homicídios, mas não conseguiam provas o suficiente, porém tinham uma testemunha ocular do caso. O homem que Angel viu ele matando era a testemunha. O julgamento era para ter sido um dia depois da morte dele. Deram o homem como desaparecido, como não tinham conseguido achar o corpo. Minha esposa conseguiu ver o que aconteceu, ela seria a testemunha que poderia levar Paulo a muitos anos de prisão. - Ele não vai desistir de proc
P.O.V. Heitor Olho para minha esposa deitada na cama de hospital. Estou com raiva e preocupado com o que está acontecendo com ela. Estou esperando um médico aparecer e me falar alguma coisa. Angel ainda está dormindo. Seu rosto está machucado, como se tivesse levado um soco, o que me deixa ainda mais preocupado. - Com licença - uma médica entra no quarto - você é algum parente dela? - Sou o marido! - Ela está bem, isso é o que importa. Fiz uma tomografia dela, onde mostra um pequeno problema, poderia ter sido causado com alguma batida na cabeça, ou algum acidente. - Ela sofreu um acidente há alguns anos. - Mas foi recente. Olha, bem aqui - ela me mostra o exame - também deu água no pulmão, como se tivesse sido afogada. Aperto minha mão em um punho. Não acredito que aquele desgraçado fez isso com ela, é demais para que eu raciocine. A médica diz os tratamentos que devem ser feitos com ela, e eu ouço tudo atentamente. Não quero perder nada, tudo que for importante para a minha
P.O.V. Angel - Eu não quero! - afasto a bandeja com sopa para longe. Já estou em casa, cheguei ontem do hospital, e estou gostando de estar de volta em casa. Heitor está um doce comigo, sempre me perguntando se está tudo bem, se preciso de alguma coisa. Ele não está me permitindo levantar da cama, está trazendo todas as refeições até a mim. Meu marido está me tratando como uma rainha. Não perguntei a ele o que aconteceu com aquele homem, e Heitor também não fala, apenas me disse que nunca mais ele iria me perturbar. Sinto um alívio ao saber disso. Aquele homem já me colocou no hospital duas vezes, não quero que isso aconteça novamente comigo. - Você precisa comer, recomendações da sua médica - ele tenta me dar a sopa. - Comi isso no hospital, não quero ter que comer aqui também, por favor - faço um bico - não me obrigue - passo meu nariz pelo pescoço dele. Heitor segura na minha cintura e geme rouco no meu ouvido. Eu sei que ele está tentando resistir a mim. - Iremos passar
P.O.V. Angel Coloco a última roupa dentro da mala e a fecho. Passo um gloss de cereja na boca e me olho no espelho, estou pronta para ir. Estou tão feliz que vamos à praia. Heitor não disse exatamente onde é, mas imagino que seja muito bonito, disso não tenho dúvidas. Guardo todas as minhas jóias e fico apenas com o meu anel de casada, que é uma aliança de ouro. - Deixa que eu levo - Heitor pega a bagagem antes que eu possa fazer. Desço as escadas e vou até a cozinha, pego uma maça e como enquanto vou até o carro. Depois de um tempo, paramos no aeroporto. Pegamos seu jatinho particular junto com alguns dos seus seguranças. Algum tempo depois e nós pousamos, não demorou quase nada. Olho ao redor e não sei dizer onde estamos. - Onde estamos? - Cancún, México - abro a boca surpresa. Olho ao redor ao ver as paisagens. Aqui é tudo muito colorido e dá para ver as praias quando passamos. Chegamos a um hotel cinco estrelas. Enquanto Heitor confirma as reservas eu fico esperando em
P.O.V. Angel- Me deixa em paz, Heitor! - meu marido me joga na cama e fica na minha frente. - Ela me beijou e não ao contrário! - Você disse que me ama Eu estava me sentindo magoada e traída. Vê seu marido beijando outra mulher é torturante, ainda mais quando essa mulher é mais bonita e você se sente insuficiente. - Eu amo você - balanço a cabeça em negação - Então por que beijou ela? - Ela me beijou - reviro os olhos. Limpo as lágrimas do meu rosto com força. Respiro fundo e tento me controlar. - Eu sei muito bem o que eu vi. - Não é assim que as coisas funcionam, Angel - ele tenta chegar perto, mas eu coloco o braço na frente. - Por favor, não se aproxime. Sei que passei todos esses ano em um internato, mas eu não sou burra. Olho para a aliança no meu dedo e ela parecia pesada demais. - Eu não disse que você é. - Você é um homem, Heitor e eu apenas uma adolescente inexperiente e impulsiva. Ele se ajoelha na minha frente e pega a minha mão. O mafioso beija a palma da m
P.O.V. AngelAcordo sentindo uma terrível dor de cabeça. Me sento na cama e gemo de dor. - Ai minha cabeça! - coloco minhas mãos no rosto. - Aqui! - uma caneca é colocada na minha mão. Bebo o conteúdo que tem dentro, mesmo sem saber o que é. Depois Heitor também me dá um comprimido para dor. Me levanto e vou ao banheiro. Tomo um banho e escovo os dentes. Coloco um biquíni e um short curto. Volto para o quarto e vejo Heitor sentado na cama. Ele está com as mãos no rosto, como se estivesse preocupado com alguma coisa. O ignoro totalmente e continuo a me arrumar. Ainda estou com raiva e me sentindo traída. - Vamos embora - fico parada. - Achei que fossemos embora no domingo, hoje ainda é sábado. - Acha que eu trairia você? - Então o que foi aquilo que eu vi? - ele dá uma risada estranha, que me arrepia por inteira. - Vem comigo! - ele me puxa pelo braço. - Me solta, Heitor! - grito tentando me livrar do seu aperto. Ele me leva até o fim do corredor, onde eu o vi ontem beijan
P.O.V. Angel Acordo no dia seguinte sentindo dores pelo meu corpo. Minha intimidade era o local mais dolorido. Me sento na cama e trago o lençol comigo, cobrindo meus seios. Olho ao redor e reparo que meu marido não está ali. Me levanto e ando lentamente até o banheiro. Coloco a banheira para encher e deixo o lençol cair aos meus pés. Me olho no espelho e observo as marcas no meu pescoço e colo. Tinha chupões por toda parte. - Heitor... - passo meu indicador levemente por uma das marcas - para com isso, Angel. Desligo a torneira e entro na banheira. Fecho os olhos e aprecio esse momento. - Angel! - me assusto com a voz do meu marido. - Você me assustou. Não vi que tinha entrado. Ele se senta na ponta da banheira. Os dedos dele tocam meu rosto em uma carícia e eu aprecio o gesto. - Você está com dor? - sinto meu rosto esquentar com a pergunta. - Um pouco - viro o rosto para não ter que o olhar. - Eu vou levar você para almoçar. Olho para ele e pisco meus olhos lentamente.