TRINTA
Andrei

Melinda está há três semanas em casa, não quis sair de jeito nenhum. Já se passaram as duas semanas que o médico metido a besta lhe deu para que as células hematopoiéticas se proliferem em seu organismo. Ela não quer ver ninguém, fica trancada no quarto. Não disse uma palavra desde que voltamos para casa. Estou muito preocupado. Suas únicas atividades são: ficar deitada assistindo séries. Resumindo, vegetando.

Entrei no quarto me preparando para a mesma cena dos outros dias, porém algo está diferente. Ela está em pé gritando com a TV. Acredito que sentiu minha presença, pois se virou e sorriu quando me viu. Contrariando tudo que pensei, veio até mim e me deu um selinho.

— Qual é o problema? Por que está brigando com a televisão? — Inquiri tirando o meu terno e logo em seguida minha gravata.

— Estou assistindo uma miséria de filme.

— Que filme? — Perguntei segurando o riso. Melinda é tão intensa. Ela sente tudo ao seu redor, mesmo sem saber.

— O abutre! Eu lhe digo uma c
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