KARL ARRUMOU A SUA MESA enquanto Brian ficou olhando sentado com os pés na mesa da presidência da N.O.M.
—Te desejo sucesso, Brian.
—Acordo é acordo.
—O que você fez foi realmente o melhor para todos, espero que seja tão feliz quanto fui.
Karl colocou um documento em cima da mesa.
—Só assina, você sabe o que é... te concedi poderes temporários sobre a N.O.M., mas não te dá o direito de usurpá-lo, sabe que Kev deverá sucedê-lo e não haverá negociações.
—Eu sou um Johnson também.
—Você é só um moleque mimado.
Brian quase nem viu o movimento que Karl fez, o segurando pelo pescoço, apertou um botão e a janela se abriu.
—O... o... que... você... fará? – disse em um esforço heroico.
IVY COMEÇOU A SENTIR as contrações:—David, está na hora.David a levou até ambulatória que tinha mandado fazer no prédio de seu escritório em Londres.—É a melhor sensação do mundo, querido.—Não fale nada você precisa descansar e se concentrar.Norman havia acompanhado toda a gravidez e tinha orientado que não havia mais partos naturais naquela época, mas Ivy foi efusiva quanto a isso.—David – chamou Brady – preciso realmente fazer uma cesárea, é muito perigoso um parto normal.—Ela escolheu assim, Norman, tenho que respeitar a sua vontade, ela sabia de todos os riscos.—Não entendo a teimosia de vocês, sabia?—Não é teimosia, é fé.—Se ela morrer, só quero ouvir sua justific
DAVID DEMOROU ALGUNS SEGUNDOS para entender e absorver o que estava acontecendo com sua esposa quando ouviu um barulho e um selvagem que ele conhecia muito bem abriu a porta e disse:— Desculpe, Sr. Heringer – disse Chain –, mas temos que sair imediatamente ou uma guerra vai eclodir por causa de seu filho.— Guerra? Que merda você está falando, Chain?— Seu filho... senhor Heringer... ele está no comando de tudo e está pronto para tirar tudo do senhor.David olhou para a esposa sem vida na sua frente.— Não sei se eu tenho tanta coisa assim para ser tirada, Chain... simplesmente mais nada...
NOVA YORKNATHAN ACORDOU UM POUCO TONTO, ele já sabia que aquilo aconteceria, porém não imaginava que seria daquele jeito.Mas que merda...Ele voltou a vomitar vertiginosamente, parecia que não somente seu estômago, mas sua alma estava saindo de seu corpo.A viagem fora um pouco turbulenta, mas era preciso, não importa o que iria acontecer com ele, a missão Novo Amanhecer precisava dar certo, era vital seu sucesso de qualquer forma para evitar a morte de dois terços da humanidade, e o preço era apenas a morte de uma única pessoa.Willian Johnson...NATHAN ABRIU SUA MOCHILA e vestiu uma roupa um pouco mais adequada, o fato de ser careca não chamava muita atenção, mas aquelas roupas sim.Tudo o que seu irmão tinha falado sobre aquela Nova Y
DESDE CRIANÇA, DYLAN via pessoas que somente ele conseguia ver. Suas primeiras lembranças não eram de toda a sua família reunida, mas de seus amigos imaginários – era como se eles fizessem realmente parte dele e de tudo aquilo que acontecia ao seu redor, eram parte de sua vida, de sua essência.Dylan era uma criança muito fechada com as demais pessoas ao seu redor – amigos da escola, ou até mesmo as namoradinhas que todos tinham, menos ele, afinal, quem gostaria de namorar o biruta da escola?Na escola tudo era desfavorável – pelo menos para ele, na sua concepção limitada de enxergar as coisas, o mundo conspirava contra ele, isso incluía sua família. Não que ele não concordasse com o bulling que sofria por todos os lados, talvez se ele fosse normal também entrasse no hall dos garotos que t
ANTÔNIO CASANOSSA ESTAVA DEITADO num canto do bar quando seu filho, Juanes chegou perto dele e disse:— Papá, mamassá está pedindo que o senhor vá para casa.— Quem sua mãe pensa que é, moleque? Fala que nem homem.Quando Antônio ia lhe dar uma bofetada, Juanes falou:— É que ela acabou de dar à luz um menino, papá.Antônio parou a mão no meio do caminho e sorriu sonhador.— Pelo menos não é mais uma menininha igual a você.Juanes foi ajudar o pai a se levantar e recebeu uma tremenda bofetada que o fez cair imediatamente aos pés dele.— Não falei que não quero ninguém se metendo na minha vida, moleque? Ainda mais uma Maricotinha como você.Juanes começou a chorar, mais de raiva do que de dor, já havia se acostumado com as surras diá
DYLAN NÃO ESTAVA nem aí para mais nada, estava de férias na escola e nem queria saber de estudar mais.Começou a frequentar primeiramente os barzinhos no centro da cidade – praticamente todos os dias. Como não era muito eloquente na primeira abordagem – sua aparência também não ajudava muito –, mandava bilhetinhos com poemas de Shakespeare...Sabia que muita gente não conhecia os poemas dele mesmo –, pois ler hoje em dia já nem é mais um hábito de todos, apenas de alguns afortunados como ele.Na primeira noite Dylan conheceu uma garota muito tímida chamada Mary Laine, era loira, alta, uma voz muito baixa, era uma pessoa muito agradável e inteligente. Era estranho, pois ele falava com ela e as pessoas davam risada dele.Pelo menos ela era divertida... – pensava ele feliz consigo mesmo.Eles riram muito naqu
GWENDOLLY DUNHILL era a filha única do milionário Donald Dunhill e fora criada trancada a sete chaves, principalmente depois do acidente que desconfigurou sua face e matou sua mãe, Anabelle, o que fez seu pai se afundar cada vez mais em seus negócios e construir a vida da pobre garota sob um muro de solidão do qual se tornara uma escrava de seus próprios desejos. Poucas pessoas na casa Dunhill tinha direito de ver Gwen, somente três, sua babá, Charmaine, seu motorista e ele, lógico que todos sabiam sobre ela, e isso era parte de todo o mistérioDONALD DUNHILL, um dos chefes da máfia nova-iorquina estava abraçado com sua filha Gwen, ela já tinha passado por mais de quarenta cirurgias para tentar reparar seu rosto depois de um acidente, e o que era para resolver acabou piorando, transformando sua filha em uma espécie de monstro em sua fam&iacu
QUANDO DYLAN CONHECEU Camille Mond, foi um vexame total, ela estava sentava à frente do barman e Dylan ofereceu uma bebida a ela, mas o cara falou que não tinha ninguém ali. Dylan disse para ele dar a bebida mesmo assim, pois ele beberia por ela – mais uma vez a sua mente o trapaceava com a falsa promessa de um novo amor.Camille tinha o mesmo sorriso de Monique... Dylan saiu daquele bar, encostou-se à porta de um estabelecimento fechado e começou a chorar desesperadamente por causa de tudo aquilo que estava vivendo, ele se sentia um prisioneiro em si mesmo.Ele não sabe por que exatamente estava chorando, um motivo específico, mas parecia que precisava fazer aquilo, era como se a vida estivesse perdendo o sentido e estivesse procurando no lugar errado.Foi quando apareceu uma garota chamada Carol Battz.— Você está se sentindo bem? &ndash