DYLAN NÃO ESTAVA nem aí para mais nada, estava de férias na escola e nem queria saber de estudar mais.
Começou a frequentar primeiramente os barzinhos no centro da cidade – praticamente todos os dias. Como não era muito eloquente na primeira abordagem – sua aparência também não ajudava muito –, mandava bilhetinhos com poemas de Shakespeare...
Sabia que muita gente não conhecia os poemas dele mesmo –, pois ler hoje em dia já nem é mais um hábito de todos, apenas de alguns afortunados como ele.
Na primeira noite Dylan conheceu uma garota muito tímida chamada Mary Laine, era loira, alta, uma voz muito baixa, era uma pessoa muito agradável e inteligente. Era estranho, pois ele falava com ela e as pessoas davam risada dele.
Pelo menos ela era divertida... – pensava ele feliz consigo mesmo.
Eles riram muito naquela noite, mas ela não era como as demais garotas que frequentava aqueles lugares – uma garota vulgar, sem rótulos familiares – ela foi para acompanhar a amiga com o namorado, e assim que ela veio conversar comigo eles sumiram de vista e a deixou sozinha junto comigo.
O que foi uma maravilha...
Os dois ficaram horas e mais horas conversando, na verdade, foram os últimos a sair do barzinho naquela noite. Saíram completamente bêbados, e riam de tudo e de todos, como se o mundo fosse o comediante e eles os expectadores do maior espetáculo do mundo.
Quando eles chegaram em sua casa, foi fácil beijá-la, ele queria tanto aquilo quanto ela, mas os pais dela acordaram bem na hora “H”, então Dylan decidiu ir embora rapidamente para não causar nenhum transtorno para ela posteriormente, afinal:
Não é todo dia que eu conseguia sair com uma mulher, ainda mais como aquela...
Como ele estava completamente bêbado, mal conseguia andar e falar...
Era a primeira vez que me embriagava...
E isso lhe rendeu inúmeros tombos até chegar em casa – na verdade, ele nem sabe como chegou.
Sua mãe e seu pai estavam quase malucos de tanta preocupação com ele, Dylan nem se lembrava de todo o sermão que levou naquela noite, apenas ouvia... – bla-bla-blá... parecia a professora do Charlie Brown –, ele tinha perdido completamente a noção de tudo o que acontecia ao seu redor.
Dylan dormi até às três horas da tarde no outro dia.
Minha cabeça parecia que ia explodir... me senti um sino sendo dobrado pelo badalo...
PARA QUEM TEVE A VIDA INTEIRA “uma vida politicamente correta” todos os dias que vivera até aquele momento, até mesmo Dylan achava que daquela vez ele tinha realmente exagerado.
Mas adorei...
Assim que melhorou a dor de cabeça por causa da enxaqueca, Dylan foi até a casa de Mary Laine para conversar sobre a noite passada – pois Dylan tinha adorado a conversa e tudo mais o que tinha acontecido, havia sido realmente maravilhoso, e ele estava ansioso para ter uma segunda dose de felicidade depois de tudo o que havia passado.
Mas foi muito estranho e inusitado...
Um verdadeiro sonho surreal...
Dylan chegou em sua casa, tocou a campainha e saiu uma doce senhora que disse que não morava nenhuma Mary ali.
Dylan insistiu:
— Deixei-a aqui nessa madrugada.
Ela disse:
— Desculpe, meu jovem, mas o que tinha era um jovem completamente embriagado falando sozinho na minha porta, com a completa convicção de que estava falando com alguém, mas como isso é uma coisa normal nos jovens de hoje em dia, nem liguei muito para o fato...
Dylan Agradeceu gentilmente e foi embora.
Não tinha muita coisa para ele fazer, ou a senhora estava escondendo o jogo, ou Mary Laine era mais uma de suas inúmeras fantasias, talvez uma garota que ele sonhou a vida toda. Ela tinha muito da Monique se for ver bem, vestia as mesmas roupas, falava baixo da mesma maneira que ela – quando a conheceu, era muito tímida.
Realmente foi difícil de acreditar que ela não existia, que fazia parte do seu acervo de amigos imaginários.
Sentia-me um completo idiota...
Mais do que eu já era...
NA NOITE SEGUINTE, Dylan decidiu ir novamente ao mesmo bar onde tinha conhecido Mary Laine, ela estava lá, mas fingiu que nem o conhecia. No entanto, Dylan conheceu outra garota chamada Nadja Ballie, era negra, tinha uma pele fantasticamente linda, Dylan jamais havia visto uma mulher negra tão linda quanto ela...
Se é que existia uma negra tão linda quanto ela... está legal... talvez a Naomi Campbel... fora essa exceção, talvez nenhuma...
Ficamos conversando na mesa do canto, parecia que ninguém tinha reparado em nós dessa vez...
Mas como? – Pensei – Uma mulher tão linda quanto ela e ninguém a vê? Mas queria companhia, indiferente se os outros a viam ou não...
Nadja sabia muito sobre moda, ensinou muitas coisas, fez Dylan vestir-se bem melhor, cortar o cabelo de um jeito mais moderno – nessa época era cumprido demais e escondia o rosto.
Eles saíram por quase um mês sem falarem para ninguém.
Dylan descobriu que ela também não existia quando a apresentou à sua mãe.
Ela disse:
— Você é muito linda, querida, adorei seus olhos verdes...
Dylan percebeu imediatamente que Nadja também era fruto de toda a minha imaginação.
O sentimento de frustração foi inevitável, ele queria muito que ela fosse de verdade, parecia perfeita demais, uma pessoa que fazia ele se sentir uma pessoa normal novamente, com hábitos normais...
Assim como a Monique me fazia sentir...
Dylan decidiu nunca mais ir àquele barzinho, estava dando um azar desgraçado...
DYLAN COMEÇOU A FREQUENTAR inúmeros bares do centro da cidade. Conheceu inúmeras garotas.
A nova garota se chamava Juliane Smith, e fazia faculdade de Comunicações e Marketing:
Ela falava muito... meu Deus...
Era muito bonita também – nem tanto quanto a Nadja – ninguém era mais bonita que ela, nem mesmo a Monique –, mas era realmente muito bonita e atenciosa, fazia questão de saber se ele estava realmente bem, Dylan percebeu que era mais uma virtude que Monique tinha também.
Mesmo achando estranha essa coincidência, eles saíram por duas semanas.
Dylan foi a uma casa noturna:
Já estava ficando louco novamente...
Todas as garotas com quem Dylan saía tinham algo de Monique, como se fosse ela mesma que tinha entrado em sua mente, não fazendo esquecê-la...
Apesar de querer desesperadamente isso...
GWENDOLLY DUNHILL era a filha única do milionário Donald Dunhill e fora criada trancada a sete chaves, principalmente depois do acidente que desconfigurou sua face e matou sua mãe, Anabelle, o que fez seu pai se afundar cada vez mais em seus negócios e construir a vida da pobre garota sob um muro de solidão do qual se tornara uma escrava de seus próprios desejos. Poucas pessoas na casa Dunhill tinha direito de ver Gwen, somente três, sua babá, Charmaine, seu motorista e ele, lógico que todos sabiam sobre ela, e isso era parte de todo o mistérioDONALD DUNHILL, um dos chefes da máfia nova-iorquina estava abraçado com sua filha Gwen, ela já tinha passado por mais de quarenta cirurgias para tentar reparar seu rosto depois de um acidente, e o que era para resolver acabou piorando, transformando sua filha em uma espécie de monstro em sua fam&iacu
QUANDO DYLAN CONHECEU Camille Mond, foi um vexame total, ela estava sentava à frente do barman e Dylan ofereceu uma bebida a ela, mas o cara falou que não tinha ninguém ali. Dylan disse para ele dar a bebida mesmo assim, pois ele beberia por ela – mais uma vez a sua mente o trapaceava com a falsa promessa de um novo amor.Camille tinha o mesmo sorriso de Monique... Dylan saiu daquele bar, encostou-se à porta de um estabelecimento fechado e começou a chorar desesperadamente por causa de tudo aquilo que estava vivendo, ele se sentia um prisioneiro em si mesmo.Ele não sabe por que exatamente estava chorando, um motivo específico, mas parecia que precisava fazer aquilo, era como se a vida estivesse perdendo o sentido e estivesse procurando no lugar errado.Foi quando apareceu uma garota chamada Carol Battz.— Você está se sentindo bem? &ndash
TED ESTAVA DEITADO com três prostitutas, duas delas faziam-lhe sexo oral e a terceira, sua favorita, estava fazendo massagem em seus pés quando o telefone toca:— Sim pai, estou terminando algo importante e te encontro em uma hora – e desligou o telefone.A garota olhou para ele e Ted fez o sinal para que continuasse.— Vocês são fantásticas, sabia?Uma delas colocou o dedo indicador em sua boca e fez um psiu para que ele se calasse, Ted então atingiu o clímax pela quarta vez seguida.Alguns minutos depois de se recompor, ele se trocou e deixou dois mil dólares para cada uma delas e saiu apressadamente para encontrar seu pai.Ted olhou seu celular e tinha centenas de mensagens, ele focou apenas nas que seu pai e Horace haviam lhe enviado.Maravilha... tudo está quase pronto...Ele entrou em seu carro conversível e saiu apress
ASSIM QUE TERMINARAM as gravações do primeiro álbum, começaram as grandes festas e eventos. Tocavam em todos os tipos de lugares, desde pequenos bares, até eventos com milhares de pessoas. Para Dylan, tanto fazia os lugares em que cantava, ele queria mais e mais...Estava viciado em cantar... – em ter a atenção das pessoas...Era algo que preenchia o vazio do meu coração...Dylan continuou saindo junto com o Billy, pois assim, sabia que não estava saindo com garotas “que eram fruto de minha imaginação”.Um pouco antes de a turnê começar, a banda recebeu um baque que foi completamente difícil de aceitarem, David, o principal compositor da banda e líder decidiu sair, estava com outros planos e não poderia cair na estrada com eles.— Você é louco? – Gri
— PELO JEITO ELE SE ENFIOU em uma baita enrascada dessa vez.— É mais uma questão organizacional do que um problema propriamente dito.— Mas a filhinha monstrinho dele vai se casar com um empregado, já pensou nisso? Lembre-se que ele gerencia negócios importantes para o meu pai e seu império, só o fato dela, por si só, aparecer na mídia já irá causar um tremendo mal-estar na mídia, é tudo o que meu pai não precisa nesse momento.Alicia tomou um ar taciturno naquele momento.— Não desconsiderei isso.— Qual a segunda opção?— Melhor trabalharmos apenas com a primeira para não jogarmos mais bosta no ventilador do que já tem.— Mata logo esse traquina e resolve o problema.— A questão é que ele é irmão de alguém que seu
AQUELES TRÊS ANOS pareceram cem para ele.Dylan tinha envelhecido muito por causa das drogas e da bebida, mas queria estar no palco, não importava o que acontecesse, se era para encerrar a carreira, ele daria tudo de si naqueles três anos.Ele saía com a maioria das fãs, nunca foi do tipo de astro que se vive envolto de seguranças e escolta policial, Dylan andava junto com as pessoas, frequentava os mesmos lugares que eles, muitos deles iam a sua casa, e Dylan na casa deles, era uma amizade muito próxima.Dylan nunca quis comprar um carro por causa disso, tinha a vida indiferente do que os outros achassem. Adorava andar de ônibus e trem, era algo prazeroso para ele ser simples, nem sabia dizer ao certo se essas fãs eram fruto de sua imaginação, ou se eram fãs de verdade, talvez, muitas delas eram de verdade, e muitas delas apenas uma ilusão, mas Dylan sabia que viveu dias mui
GWEN NUNCA HAVIA experimentado algo tão fantástico quanto aquilo, ver e saber sobre o sexo era uma coisa, mas prova-lo, ainda mais com a pessoa que amava era simplesmente divino.— Que bom que gostou, querida.— Você é demais, tenho certeza que já fez isso com milhares de outras garotas.— Que besteira, porque acha isso?— Porque foi muito bom.— Foi bom porque foi com você.— Então já teve outras garotas?— Digamos que sim, mas nenhuma tão incrível quanto você.— Pagou?— Tudo sempre tem um preço, como diria meu irmão.— Não sabia que tem um irmão.Ele pensou um pouco antes de falar qualquer coisa.— É o cara mais fantástico que já conheci,
DYLAN ESTAVA HÁ UM ANO longe das drogas, longe dos palcos, longes das ilusões, longe até de si mesmo, toda aquela cultura o trouxera de volta àquele Dylan que realmente era, jovem e inteligente que conhecia um mundo do qual não fazia mais parte dele, mas também estava muito tempo longe de sua família. Fazia anos que não via sua mãe, seu pai então... ele nem se lembrava qual tinha sido a última vez em que viu seu velho, somente sabia que ele estava com a Dannie e mais nada.Seu irmão, desde que Billy morreu, somente falou com ele por telefone, Michael nunca viajava com a banda, ficava sempre no escritório cuidando de negócios, Dylan ficou sabendo que ele ia ter mais um filho.QUANDO DYLAN VOLTOU para casa, tudo estava realmente diferente.Sua mãe tinha se casado novamente – com um empresário –, Dylan