GWEN NUNCA HAVIA experimentado algo tão fantástico quanto aquilo, ver e saber sobre o sexo era uma coisa, mas prova-lo, ainda mais com a pessoa que amava era simplesmente divino.
— Que bom que gostou, querida.
— Você é demais, tenho certeza que já fez isso com milhares de outras garotas.
— Que besteira, porque acha isso?
— Porque foi muito bom.
— Foi bom porque foi com você.
— Então já teve outras garotas?
— Digamos que sim, mas nenhuma tão incrível quanto você.
— Pagou?
— Tudo sempre tem um preço, como diria meu irmão.
— Não sabia que tem um irmão.
Ele pensou um pouco antes de falar qualquer coisa.
— É o cara mais fantástico que já conheci,
DYLAN ESTAVA HÁ UM ANO longe das drogas, longe dos palcos, longes das ilusões, longe até de si mesmo, toda aquela cultura o trouxera de volta àquele Dylan que realmente era, jovem e inteligente que conhecia um mundo do qual não fazia mais parte dele, mas também estava muito tempo longe de sua família. Fazia anos que não via sua mãe, seu pai então... ele nem se lembrava qual tinha sido a última vez em que viu seu velho, somente sabia que ele estava com a Dannie e mais nada.Seu irmão, desde que Billy morreu, somente falou com ele por telefone, Michael nunca viajava com a banda, ficava sempre no escritório cuidando de negócios, Dylan ficou sabendo que ele ia ter mais um filho.QUANDO DYLAN VOLTOU para casa, tudo estava realmente diferente.Sua mãe tinha se casado novamente – com um empresário –, Dylan
DONALD SEMPRE ESCOLHIA suas estagiárias pelo corpo, se fossem boas na cama eram boas advogadas, administradoras, babás, secretárias etc., a bola da vez era uma morena chamada Alicia C. Becker, a garota mais atraente e quente que já tivera à sua disposição, e o melhor, era como se nada tivesse acontecido, a garota era fria como o gelo durante o expediente, foi a única que ninguém nunca desconfiou de nada, e a garota com quem mais foi para a cama depois de sua entrevista, era simplesmente impossível para ele tirá-la da cabeça.Carlos Ortiega sempre ao seu lado nunca falava absolutamente nada sobre os relacionamentos de seu chefe, mas as poucas vezes que abriu a boca, tinha um tirocínio certeiro.— Se eu fosse o senhor, dispensava essa vaca.— Você está louco? Ela é incrível, além de ser a garota mais fantásti
QUANDO DERAM ALTA PARA DYLAN, chegou em sua casa e descansou por mais duas semanas – ficou em completo isolamento – nem seus amigos imaginários tinham a sua atenção, muito menos Monique.Sua mãe foi visita-lo todos os dias nessas duas semanas.Ele só pensava como tinha sido a sua vida até aquele momento...Como ele se sentia?É difícil de dizer como Dylan se sentia naquele momento... Amado, mas ao mesmo tempo sem ninguém para compartilhar a felicidade. Realizado, mas o mais maldito dos homens... na verdade... Dylan sentia tudo ao mesmo tempo, é difícil de encarar a realidade quando chega ao fundo do poço no auge de uma carreira brilhante, é difícil compreender isso.Ele fez enfim o seu último show...Dylan anunciou a toda imprensa, eles fizeram toda a divulgação. O show foi no gin&
ALICIA DORMIU NOS BRAÇOS DE TED e percebeu no meio da noite que ele se levantou e ela iria acompanha-lo.— Pode ficar deitada, não é nada sério.Alicia furtivamente ficou atrás da porta ouvindo a conversa, ela sabia que já tinha ouvido aquela voz em algum lugar.Horace? Mas que diabos ele faz com os Johnson’s?Ted fechou a porta e voltou para o quarto.— Aconteceu alguma coisa, querida?— De onde você conhece Horace?— Seu pai fez alguns negócios com meu pai, acabamos nos conhecendo nesse ínterim, como temos coisas em comum...A frase ficou incompleta, pois Alicia o interrompeu.— Vocês não têm absolutamente nada em comum além de dinheiro, o conheço muito bem, da mesma forma que conheço Horace.— Porque não me diz de onde se
O TEMPERAMENTO de Donald Dunhill mudou completamente quando descobriu que sua filha estava indo à igreja com a mãe de Enrico. Donald chegou a ameaçar Enrico se não desse um jeito naquela situação – afinal, ninguém é forte por si só se depende de um Deus que adora os pobres, fracos e oprimidos.Donald era o homem mais ateu que Enrico conhecia, mesmo não sendo um cristão propriamente dito, ia à igreja com sua mãe, aquilo fazia mais bem que mal para ele, e Enrico gostava de ver a alegria no rosto de sua mãe em sua companhia, se aquela singela atitude fazia tanta diferença assim para ela, porque não a acompanhar?Ela merecia depois de tudo que seu pai a fez sofrer...ENRICO SEMPRE SE LEMBRAVA com amargura de seu passado em Porto Rico. Eles moravam em uma pequena favela – parecia mais uma
KARIN ESTAVA FAZENDO Dylan muito feliz, era a companhia perfeita, decidiram juntos que ele não iria mais fazer shows, pois queria fazer outras coisas, escrever um livro sobre sua vida, escrever músicas para outros cantores, apresentar um programa na rádio...Dylan e Karin decidiram ficar noivos por seis meses, foi um tempo muito bom, ela é quem organizava toda a vida do amado, era uma mulher completa, repleta de qualidade e virtudes que qualquer homem sonharia em uma mulher...NO DIA DO CASAMENTO, foi algo muito especial – mesmo seu pai nem sequer ter dado as caras – Dylan ligou para ele, ele disse que estava ocupado demais cuidando do seu filhinho, pois a sua amada fugiu com um rapaz muito mais novo do que ele.Dylan não sabia se ria ou se chorava, afinal... era seu pai, era difícil ter que encarar a vida dessa maneira.No seu casamento, nem foram mui
GWEN SABIA QUE PELA AGITAÇÃO de todos ao seu redor algo muito importante, mas até agora ela ainda não tinha encontrado o clima perfeito para dizer ao seu pai e ao seu marido a grande notícia.Fazia alguns dias que Enrico não vinha para casa e isso a estava incomodando, ele disse que seu pai havia dado uma missão importante que não poderia ser falado para ninguém, mas ela descobrira que estava grávida e precisava contar a boa nova para alguém.O doutor chegou perto dela e disse:— Acredito que saiba que sou Gwen.Ela assentiu.— Preciso que venha comigo, posso ajuda-la.— Eu não sei o que fazer doutor.— Seu filho será um grande homem no futuro, precisamos cuidar dele para que faça o que deve fazer.Ela acariciou sua barriga.— Temos apenas alguma
ENRICO CASANOSSA ESTAVA em um jardim maravilhoso – um sol magnífico, irradiante –, ele jamais estivera em um lugar tão tranquilo e belo em toda a sua vida. Enrico estava admirado demais em estar naquele jardim quase celestial – era essa a palavra que ele usaria se pudesse descrever aquele lugar maravilhoso –, repleto de flores lindas – e totalmente desconhecidas para ele.Enrico começou a caminhar sem destino algum – qualquer rumo que fosse, tudo era exatamente igual – e sentiu a brisa suave em seu rosto. Enrico se sentiu com quinze anos de idade novamente –, ele sentia como se estivesse flutuando, seu corpo estava leve, seus pensamentos tinham uma paz que jamais sentira em toda a sua vida, afinal, onde existia encrenca, ali estava Enrico Casanossa, sem sombra de dúvidas.Enrico viu de longe um homem com uma roupa branca – parecida com um vestido, ou uma bata de pad