NOVA YORK
NATHAN ACORDOU UM POUCO TONTO, ele já sabia que aquilo aconteceria, porém não imaginava que seria daquele jeito.
Mas que merda...
Ele voltou a vomitar vertiginosamente, parecia que não somente seu estômago, mas sua alma estava saindo de seu corpo.
A viagem fora um pouco turbulenta, mas era preciso, não importa o que iria acontecer com ele, a missão Novo Amanhecer precisava dar certo, era vital seu sucesso de qualquer forma para evitar a morte de dois terços da humanidade, e o preço era apenas a morte de uma única pessoa.
Willian Johnson...
NATHAN ABRIU SUA MOCHILA e vestiu uma roupa um pouco mais adequada, o fato de ser careca não chamava muita atenção, mas aquelas roupas sim.
Tudo o que seu irmão tinha falado sobre aquela Nova York estava se mostrando real demais, o ar era pesado e sujo, a visão estava como se estivesse em preto e branco, era como se estivesse em um filme antigo.
A tontura já está passando, graças a Deus...
Ao trocar de roupa, dois homens chegaram perto dele e disse:
— E aí cabeça de pirulito, passa toda a grana.
Nathan olhou para os dois e percebeu que teria chances de sobra, segundo o que seu irmão disse, as pessoas daquela Nova York eram fracas comparadas às de seu tempo, parecia que não, mas o ser humano evoluiu muito naqueles mil anos.
— Se fosse vocês, daria o fora imediatamente, não quero machucá-los.
Um dos rapazes riu...
— Cara, cala a boca e passa logo o dinheiro...
Grana é igual a dinheiro... interessante...
— Desculpe, mas não tenho dinheiro aqui comigo.
O que riu investiu primeiro, mas eles andavam como se estivessem em câmera lenta e Nathan o segurou tranquilamente pelo pescoço.
— Cara... nem o vi se mexendo...
— Então... vai dar o fora?
O que estava com a mão em seu pescoço fez um esforço descomunal para assentir.
Nathan o jogou longe, fazendo o parceiro correr em disparada.
Pobres idiotas...
Nathan se lembrou da aula de seu mentor dizendo que qualquer ser humano no futuro devido ao Ômega-Red eram considerados melhores do que os atletas olímpicos atuais, um exemplo, se ele corresse contra Usain Bolt em sua melhor forma venceria por alguns segundos de diferença sem maiores esforços, da mesma forma nos esportes coletivos, eles literalmente eram seres superiores em tudo, fisicamente, psicologicamente e espiritualmente evoluídos.
NATHAN LIGOU SEU CELULAR e o GPS, era uma tecnologia totalmente ultrapassada e fácil de se lidar, ele sabia que não poderia trazer a tecnologia de seu tempo, pois se algo errado acontecesse, aquilo poderia alterar ainda mais o espaço-tempo da humanidade. O aparelho indicou qual caminho mais rápido até o lugar que precisava estar.
Não posso falhar, um novo futuro depende de mim... é agora ou nunca...
AO CHEGAR NO CAMPUS DA FACULDADE, tudo estava no mais absoluto silêncio possível, não tinha seguranças, apenas um casal namorando em um canto escondido e outro rapaz se drogando em outro canto, nada que ele devesse se preocupar.
Segundo seu celular, Willian Johnson estaria ali, não seria nenhuma ameaça, era apenas um adolescente metido.
Ele usou uma chave-mestra e abriu o alojamento e entrou tranquilamente... até o momento tudo estava de acordo com o planejado, nada poderia sair do controle.
NATHAN ABRIU A PORTA DEVAGAR e viu um jovem Willian Johnson dormindo tranquilamente...
É ele... o homem que vai matar bilhões de pessoas daqui cinquenta anos...
— Maldito – disse Nathan quase em um sussurro e foi direto em seu pescoço, mas algo o acertou por trás. Nathan sentiu uma pontada acertar suas costas e cuspiu um pouco de sangue.
Mas como? Ninguém sabia que eu estaria aqui...
— Nós dominamos o futuro e seus acontecimentos, jovem Nathan...
Ele olhou para seu algoz e sentiu algo terrível, aquele rosto era familiar...
Não é possível... – pensou ele ainda com o pouco de consciência que lhe restava.
— Não importa o que você faça... nada e nem ninguém pode mudar o futuro que criamos.
— Mal... di... to... esse canalha... vai matar bilhões de pessoas... – Nathan tosse mais um pouco de sangue...
— Você interpretou errado a história, ele salvou a humanidade dela mesma ao custo de algumas vidas, é diferente, eu estava lá, no outro futuro, e agora tudo será como deve ser...
O Jovem Willian Johnson se levanta e pergunta:
— Então é ele quem você falou?
— Sim, jovem mestre...
— Não sei o que veio fazer aqui, seu verme, mas vou mudar o futuro com minhas próprias mãos... nada e nem ninguém irá interferir nisso...
A escuridão foi tomando conta da vista de Nathan e um último pensamento tomou conta de si...
Eu tentei, pai... juro que tentei mudar tudo...
E seu mundo se tornou a mais pura escuridão, assim como o futuro que estava iminentemente para acontecer.DESDE CRIANÇA, DYLAN via pessoas que somente ele conseguia ver. Suas primeiras lembranças não eram de toda a sua família reunida, mas de seus amigos imaginários – era como se eles fizessem realmente parte dele e de tudo aquilo que acontecia ao seu redor, eram parte de sua vida, de sua essência.Dylan era uma criança muito fechada com as demais pessoas ao seu redor – amigos da escola, ou até mesmo as namoradinhas que todos tinham, menos ele, afinal, quem gostaria de namorar o biruta da escola?Na escola tudo era desfavorável – pelo menos para ele, na sua concepção limitada de enxergar as coisas, o mundo conspirava contra ele, isso incluía sua família. Não que ele não concordasse com o bulling que sofria por todos os lados, talvez se ele fosse normal também entrasse no hall dos garotos que t
ANTÔNIO CASANOSSA ESTAVA DEITADO num canto do bar quando seu filho, Juanes chegou perto dele e disse:— Papá, mamassá está pedindo que o senhor vá para casa.— Quem sua mãe pensa que é, moleque? Fala que nem homem.Quando Antônio ia lhe dar uma bofetada, Juanes falou:— É que ela acabou de dar à luz um menino, papá.Antônio parou a mão no meio do caminho e sorriu sonhador.— Pelo menos não é mais uma menininha igual a você.Juanes foi ajudar o pai a se levantar e recebeu uma tremenda bofetada que o fez cair imediatamente aos pés dele.— Não falei que não quero ninguém se metendo na minha vida, moleque? Ainda mais uma Maricotinha como você.Juanes começou a chorar, mais de raiva do que de dor, já havia se acostumado com as surras diá
DYLAN NÃO ESTAVA nem aí para mais nada, estava de férias na escola e nem queria saber de estudar mais.Começou a frequentar primeiramente os barzinhos no centro da cidade – praticamente todos os dias. Como não era muito eloquente na primeira abordagem – sua aparência também não ajudava muito –, mandava bilhetinhos com poemas de Shakespeare...Sabia que muita gente não conhecia os poemas dele mesmo –, pois ler hoje em dia já nem é mais um hábito de todos, apenas de alguns afortunados como ele.Na primeira noite Dylan conheceu uma garota muito tímida chamada Mary Laine, era loira, alta, uma voz muito baixa, era uma pessoa muito agradável e inteligente. Era estranho, pois ele falava com ela e as pessoas davam risada dele.Pelo menos ela era divertida... – pensava ele feliz consigo mesmo.Eles riram muito naqu
GWENDOLLY DUNHILL era a filha única do milionário Donald Dunhill e fora criada trancada a sete chaves, principalmente depois do acidente que desconfigurou sua face e matou sua mãe, Anabelle, o que fez seu pai se afundar cada vez mais em seus negócios e construir a vida da pobre garota sob um muro de solidão do qual se tornara uma escrava de seus próprios desejos. Poucas pessoas na casa Dunhill tinha direito de ver Gwen, somente três, sua babá, Charmaine, seu motorista e ele, lógico que todos sabiam sobre ela, e isso era parte de todo o mistérioDONALD DUNHILL, um dos chefes da máfia nova-iorquina estava abraçado com sua filha Gwen, ela já tinha passado por mais de quarenta cirurgias para tentar reparar seu rosto depois de um acidente, e o que era para resolver acabou piorando, transformando sua filha em uma espécie de monstro em sua fam&iacu
QUANDO DYLAN CONHECEU Camille Mond, foi um vexame total, ela estava sentava à frente do barman e Dylan ofereceu uma bebida a ela, mas o cara falou que não tinha ninguém ali. Dylan disse para ele dar a bebida mesmo assim, pois ele beberia por ela – mais uma vez a sua mente o trapaceava com a falsa promessa de um novo amor.Camille tinha o mesmo sorriso de Monique... Dylan saiu daquele bar, encostou-se à porta de um estabelecimento fechado e começou a chorar desesperadamente por causa de tudo aquilo que estava vivendo, ele se sentia um prisioneiro em si mesmo.Ele não sabe por que exatamente estava chorando, um motivo específico, mas parecia que precisava fazer aquilo, era como se a vida estivesse perdendo o sentido e estivesse procurando no lugar errado.Foi quando apareceu uma garota chamada Carol Battz.— Você está se sentindo bem? &ndash
TED ESTAVA DEITADO com três prostitutas, duas delas faziam-lhe sexo oral e a terceira, sua favorita, estava fazendo massagem em seus pés quando o telefone toca:— Sim pai, estou terminando algo importante e te encontro em uma hora – e desligou o telefone.A garota olhou para ele e Ted fez o sinal para que continuasse.— Vocês são fantásticas, sabia?Uma delas colocou o dedo indicador em sua boca e fez um psiu para que ele se calasse, Ted então atingiu o clímax pela quarta vez seguida.Alguns minutos depois de se recompor, ele se trocou e deixou dois mil dólares para cada uma delas e saiu apressadamente para encontrar seu pai.Ted olhou seu celular e tinha centenas de mensagens, ele focou apenas nas que seu pai e Horace haviam lhe enviado.Maravilha... tudo está quase pronto...Ele entrou em seu carro conversível e saiu apress
ASSIM QUE TERMINARAM as gravações do primeiro álbum, começaram as grandes festas e eventos. Tocavam em todos os tipos de lugares, desde pequenos bares, até eventos com milhares de pessoas. Para Dylan, tanto fazia os lugares em que cantava, ele queria mais e mais...Estava viciado em cantar... – em ter a atenção das pessoas...Era algo que preenchia o vazio do meu coração...Dylan continuou saindo junto com o Billy, pois assim, sabia que não estava saindo com garotas “que eram fruto de minha imaginação”.Um pouco antes de a turnê começar, a banda recebeu um baque que foi completamente difícil de aceitarem, David, o principal compositor da banda e líder decidiu sair, estava com outros planos e não poderia cair na estrada com eles.— Você é louco? – Gri
— PELO JEITO ELE SE ENFIOU em uma baita enrascada dessa vez.— É mais uma questão organizacional do que um problema propriamente dito.— Mas a filhinha monstrinho dele vai se casar com um empregado, já pensou nisso? Lembre-se que ele gerencia negócios importantes para o meu pai e seu império, só o fato dela, por si só, aparecer na mídia já irá causar um tremendo mal-estar na mídia, é tudo o que meu pai não precisa nesse momento.Alicia tomou um ar taciturno naquele momento.— Não desconsiderei isso.— Qual a segunda opção?— Melhor trabalharmos apenas com a primeira para não jogarmos mais bosta no ventilador do que já tem.— Mata logo esse traquina e resolve o problema.— A questão é que ele é irmão de alguém que seu