DESDE CRIANÇA, DYLAN via pessoas que somente ele conseguia ver. Suas primeiras lembranças não eram de toda a sua família reunida, mas de seus amigos imaginários – era como se eles fizessem realmente parte dele e de tudo aquilo que acontecia ao seu redor, eram parte de sua vida, de sua essência.
Dylan era uma criança muito fechada com as demais pessoas ao seu redor – amigos da escola, ou até mesmo as namoradinhas que todos tinham, menos ele, afinal, quem gostaria de namorar o biruta da escola?
Na escola tudo era desfavorável – pelo menos para ele, na sua concepção limitada de enxergar as coisas, o mundo conspirava contra ele, isso incluía sua família. Não que ele não concordasse com o bulling que sofria por todos os lados, talvez se ele fosse normal também entrasse no hall dos garotos que tiravam sarro dele, ele simplesmente era feliz sendo daquela forma e jamais insistiu em mudar o que era.
Só existia uma única pessoa no mundo real que Dylan admirava, respeitava e fazia-o sentia um ser humano de verdade...
David Heringer.
POR CAUSA DA SUA SOLIDÃO, Dylan tinha tempo de sobra para estudar – ele se dedicava incansavelmente aos estudos – enquanto as demais crianças se divertiam brincando umas com as outras, o pequeno David parecia se identificar com ele, todos falavam que ele tinha se fechado depois da morte de seu irmão.
Todas elas o chamavam de louco, biruta, lelé-da-cabeça, entre outros apelidos que Dylan detestava se lembrar – as lembranças com relação a essa época eram muito desagradáveis em seu coração.
— Sempre os achei ofensivos demais – disse Dylan para David certa vez –, mesmo as pessoas os achando tão inofensivos, afinal;
Que mal há em ser uma pessoa estudiosa?
David assentiu quietamente, ele sabia perfeitamente o que ele estava sentindo, a solidão que permeava seu coração, a dor incomensurável de não ter ninguém para consolar e preencher o vazio que havia dentro dele.
Aquilo fazia Dylan se fechar cada vez mais para aquele mundo hipócrita que o cercava, como se as ofensas das pessoas o fizesse querer ser tudo aquilo que elas não eram. Mas ele também queria se divertir, queria brincar de bola na rua com as crianças – mesmo sendo péssimo para os esportes –, queria sair com garotas...
Quem é o tonto que não quer, não é mesmo? Até eu que sou louco... – Pensou Dylan se divertindo com aquela lembrança.
Mas ele decididamente não queria ser como eles – que precisavam subir nas pessoas para inflarem seus pobres egos, por serem mais descolados, ou por andarem com a roupa da moda –, não... Aquele mundo em que eles viviam o fazia muito mal, mas ele tinha seus próprios amigos.
Sua mãe nunca ligou muito para aquelas invencionices de criança, ela sempre dizia que também tinha seus amigos imaginários na infância – Dylan nunca soube se ela dizia isso para o agradar ou se era a mais pura verdade, na opinião dele era para o agradar mesmo.
MESMO DEPOIS QUE CRESCEU, esses amigos imaginários não foram embora, eles continuavam a se multiplicar como baratas, onde quer que ele fosse, lá estavam eles, era como se eles fizessem realmente parte de sua vida.
Eles vinham visitá-lo em sua casa, na escola, na rua... brincavam com ele, foram ao enterro dos seus avós... Onde quer que ele fosse, lá estavam eles, os seus verdadeiros amigos, aqueles que não tiravam sarro dele porque era diferente das demais pessoas.
Dylan Nunca se considerou esquisito, cafona, nem qualquer nome que eles lhe davam – apesar de parecer um. Considerava-se uma criança completamente normal, e fazia coisas normais...
Bem... – disse David certa vez num tom de brincadeira – acho que para todo louco, sua loucura acaba se tornando normal com o tempo...
A INFÂNCIA DE DYLAN foi repleta dessas brincadeiras que deixariam qualquer pessoa completamente maluca, menos ele, nunca – pelo menos ele esforçava para não dar tanta importância assim.
Se existisse Record no Guinnes Book para garoto com mais apelidos, Dylan com certeza estaria em primeiro lugar disparado. Ele tinha milhares de apelidos. Inúmeras vezes Dylan ficou no meio da rodinha e eles o empurrando e brincando de colocar um apelido novo em cada empurrão que levava, mas sempre se levantou e continuava a viver a vida como se nada daquilo estivesse acontecesse – mas lá no fundo ele sentia profundamente uma mágoa desenfreada, um rancor de se vingar de cada um deles que chegava ao ponto de querer matá-los... Mas a sua natureza pacífica o impedia de cometer tal ato.
Dylan nunca se preocupou com o que achavam dele, ou qual seria a sua reação amanhã ou depois, sempre sacudia a poeira e ia embora para casa, apesar de tudo, se sentindo um vencedor por conseguir sair mais uma vez do meio deles sem se machucar tanto.
ELE CHEGAVA EM CASA todo sujo e sua mãe pensava que ele tinha jogado bola com os garotos, seu pai sempre perguntava quantos gols Dylan tinha feito – sempre mentiu em relação a isso –, não queria que eles se envergonhassem do seu filho gênio, muito pelo contrário, queria que eles o vissem como viam Michael – seu irmão mais velho – um garoto cheio de vida, que namorava, estudava, jogava bola com os garotos, e não um filho que apanhasse todos os dias na escola;
Já era difícil suportar tudo aquilo sozinho...
Seu irmão jamais o defendeu, muito pelo contrário, ele excitava ainda mais os garotos a baterem nele, e em casa, quando seus pais perguntavam como tinha sido o seu dia, ele logo Michael se intrometia falando...
— Que golaço você fez hoje, hein maninho, pai... o senhor precisava estar lá para ver, Dylan é um fenômeno... além de fazer o maior sucesso com as garotas...
Aquilo o irritava profundamente, Dylan nunca ligou muito para o que os garotos fizessem com ele, mas Michael fazer aquilo já era demais...
Eles brigavam muito por causa disso – mas sem que seus pais soubessem, é claro –, para eles, os dois eram os filhos perfeitos e melhores amigos que existia no mundo, mas quando estavam sozinhos, sempre faziam questão de colocar para fora tudo o que sentiam um pelo outro – não só em palavras, mas aos socos e ponta pés.
Normalmente Dylan sempre saía na pior, mas de vez em quando ele batia também, só que nas vezes em que saía vencedor não havia plateia, muito menos a do seu irmão.
Dylan seguiu a vida independente de qualquer fato exterior.
QUANDO FEZ QUINZE ANOS DE IDADE, de repente, todos aqueles amigos que sempre estiveram com ele, foram desaparecendo aos poucos, um a um não via mais nenhum deles. Foi um tempo muito complicado para ele, pois seu irmão começou a namorar, e nem tempo – muito menos vontade – para brigar ele tinha mais. Os únicos amigos que lhe sobraram eram os seus livros e algumas conversas filosóficas que tinha com David.
Dedicava-se então ao estudo em tempo integral.
Foi quando em uma conferência de ciências que teve na cidade que Dylan conheceu uma garota porto-riquenha chamada Monique Rodriguez, uma garota lindíssima que morava perto da sua casa – mas ele nunca a tinha visto até então –, como não costumava sair muito de casa também – e ela também não saía muito, ficava difícil da sorte querer ajudá-los a traçar seus destinos.
Perfeito... – pensou ele todo animado – alguém que me entende de verdade...
Os dois começaram a estudar e a sair juntos – mais estudar do que sair, na verdade, ele a acompanhava enquanto ela estava sempre com um namorado novo a cada encontro. Em pouco tempo eles viraram quase que instantaneamente o melhor amigo um do outro.
Saíam juntos para todos os lugares.
Ela contava para ele sobre todos os garotos por quem se apaixonava e ele inventava as garotas por quem se apaixonava ou com quem saía – afinal, depois de todos aqueles anos mentindo para os seus pais, já tinha virado hábito para ele falar de romances e situações imaginárias –, mas todas elas eram a própria Monique, pois ele tinha se apaixonado incondicionalmente por ela desde a primeira vez em que colocou seus olhos nela.
MONIQUE ERA EXTRAORDINARIAMENTE linda, morena, cabelo liso até à cintura, olhos de uma amazona, um corpo esculpido para o pecado, talvez se ele pudesse compará-la a alguém, seria com a Michelle Rodriguez – atriz de Avatar e Velozes e Furiosos. Monique era a garota com quem Dylan sempre tinha sonhado se casar – apesar de ser novo demais para aquele tipo de pensamento. Monique era diferente, não ria dele pelo que era...
Um louco varrido...
Muito pelo contrário, ela tinha o dom de me fazê-lo sentir-se bem comigo mesmo. Era a primeira vez na vida que Dylan estava feliz de verdade por ser ele mesmo – pois sabia que ninguém no mundo era mais feliz do que ele naquele momento, tinha a melhor amiga do mundo... e a mais linda também...
Quem sabe se rolasse algo a mais... talvez com o tempo...
Quanto mais ficavam juntos, mais ele se apaixonava por ela. Monique tinha um olhar fatalmente sensual. Quase todas às vezes quando ela beijava seu rosto – beijava sempre perto da sua boca – ele ficava excitado – tinha uma ereção imediata –, ele morria de medo que ela soubesse disso, talvez a sua amizade jamais seria a mesma... ou pudesse entrar em um segundo nível, mas não queria arriscar o pouco que tinha naquele jogo perigoso...
NESSA MESMA ÉPOCA ela começou a sair com um grandalhão que jogava basquete na escola. Todos o chamavam de Thor – pois ele era um fã do deus do trovão de Aesgard, Thor, dos quadrinhos, e de certa maneira, ele era muito parecido mesmo –, Dylan sentia um ciúme doentio dele...
Mas como competir com o homem mais bonito de toda a cidade?
Era impossível conquistar Nique dessa maneira...
Dylan sentia que ela gostava dele de verdade, pois sempre que ela saia com Thor, o olhava com certa tristeza e dava em sua direção um sorriso tímido – mas era extraordinariamente belo...
Ah! Que sorriso atraente ela tinha...
Sempre que eles brigavam, ela vinha se consolar nos braços, Dylan não sabia ao certo dizer se aquilo fazia mais mal do que bem, mas era bom tê-la em seus braços.
Um dia, Dylan não resistiu e a beijou – mas... esperando que ela lhe desse um tapa, um chute, que o empurrasse, que gritasse com ele, mas naquele momento ele não tinha mais nada a perder, tinha virado uma guerra...
Era tudo ou nada naquele momento...
Se ele era Thor, Dylan sem sombra de dúvidas era Lóki, o deus da trapaça e da mentira, e irmão de Thor – ela retribuiu com outro beijo ainda mais caloroso –, e disse que há anos que esperava por esse beijo...
Esse tinha sido o seu primeiro beijo de toda a sua até então monótona vida.
Dylan se sentia como que se estivesse nas nuvens beijando uma bela anja que veio para salvá-lo da solidão eterna que seus livros e sua inteligência me levara.
Dylan sempre contava para o pai de como se sentia em relação à Nique. Ele sempre o incentivou fervorosamente a namorá-la, sua mãe falou para namorar só depois que concluísse a faculdade, pois casar muito cedo seria uma grande perda de tempo, e disse isso afirmando ter vivido na pele tal experiência.
Infelizmente sua felicidade nunca durava muito... pois Monique sempre voltava para os braços de Thor, como que se ele fosse apenas uma pessoa que não deixasse esfriar o calor dos abraços dele em seu corpo.
Aquilo o matava por dentro, não tinha absolutamente ninguém – e a única que ele tinha – perdia para o grandalhão da escola. Ele sempre se gabava falando que Dylan jamais teria chance com ela, pois ela gostava de segurança, e ele...
Era inseguro demais para fazê-la feliz. Eu queria matá-lo por tudo aquilo...
Mas nunca tive coragem nem de matar uma mosca, quanto mais um ser humano...
Dylan não queria que Monique se apaixonasse por ele porque não tinha ninguém, queria que ela se apaixonasse pelo mesmo motivo que a amizade tinha começado...
Porque eu era uma pessoa muito especial para ela...
Já que ela era o seu mundo.
Tudo em sua vida girava em torno de Monique, mas era como se o filme sempre se repetisse...
Eles brigavam, ela vinha, o abraçava, beijava, em algumas ocasiões chegavam até a irmos para cama, mas no outro dia, lá estava ela, toda feliz nos braços do Thor, até que ela o via, lhe dava um sorriso singelo e amargurado, um tchau...
Somente a via em sua próxima briga...
Ela nunca retornava as suas ligações nem nada – aquilo o deixava louco da vida.
UMA TARDE ELA APARECEU em sua casa chorando, o abraçou e ficou horas deitada em seu colo, apenas soluçando sem conseguir dizer absolutamente nada – mas ele nem queria que ela falasse nada também –, pois sabia que Thor a tinha magoado com seu egocentrismo agudo – ou com um de seus casos amorosos que sempre a deixava muito infeliz. Mas naquele dia, foi algo muito maior do que Dylan poderia imaginar, pois Monique tinha ficado grávida, e seus pais a expulsou de casa.
Ela não tinha para onde ir.
Sua mãe a deixou ficar em casa até que ela resolvesse para onde iria, já que o quarto do Michael estava sempre vazio mesmo...
Ele dormia mais na casa de sua noiva do que na nossa casa...
Monique ficou uma semana em sua casa, Dylan estava muito feliz com aquilo...
Queria que ela ficasse para sempre...
Dylan queria que ela se casasse com ele... ele disse que assumiria o filho dela sem problema algum...
O importante era tê-la ao meu lado... – para poder dar realmente a atenção que ela merecia.
Mas Thor estragou todos os seus planos de felicidade, decidiu que iria se casar com ela – e ela enfim saiu da sua vida, mas dessa vez para sempre – quebrando todos os sonhos que ele tinha planejado junto com ela.
Nessa uma semana em que Monique ficou em casa, Dylan falou que queria se casar com ela... Monique nunca questionou os desejos do seu coração, muito pelo contrário, falou que a mulher que se cassasse com ele iria ser a mulher mais feliz do mundo e que ela adoraria ser a felizarda... mas a felicidade – como sempre – durou o mesmo tempo que das outras vezes, mas dessa vez Dylan sabia que ela tinha ido embora para sempre, que ela jamais voltaria para os seus braços e alimentar uma vez mais a ilusão de tê-la ao seu lado para sempre.
Monique iria se casar, ter mais filhos, se mudar e nunca mais iriam se ver.
E foi exatamente o que aconteceu.
SEUS AMIGOS QUE HÁ ANOS Dylan não via, de repente voltaram a aparecer, um a um, o consolando, abraçando. Na verdade, ele não tinha mais ninguém para confiar – além deles –, eles eram realmente seus verdadeiros amigos, nunca o abandonavam nos momentos em que ele mais precisava deles. Dylan tinha certeza que eles tinham ido embora, pois o viram feliz ao lado de Monique, viram que ele não precisava mais deles. Mas sem que os chamasse, eles voltaram, e o abraçaram... Dylan precisava tanto de um abraço amigo, que eles vieram e salvaram a minha vida.
Somente Deus sabia que loucura eu poderia fazer contra a minha vida, ou contra a vida do Thor...
DYLAN NÃO PODIA NEGAR que inúmeras vezes pensou em matá-lo para deixar a vida de Monique em paz. Ele sabia que Thor a fazia infeliz, ele podia ver nos olhos dela isso, faltava algo no grandalhão que somente ele tinha, esse algo que poderia completá-la, mas mesmo assim, ela preferiu ficar com ele.
Quando saiu, Monique disse que o amava, mas amava o Thor também, e que o escolheu porque não queria fazê-lo infeliz, pois ela não era digna de ter o seu coração...
Pois eu tinha um coração muito puro e inocente, e ela detestaria maculá-lo...
O seu coração não conseguiu falar nada. Apenas chorava de soluçar sem parar.
Sua mãe o abraçou e falou para que a deixasse ir, pois era melhor para ambos a decisão dela.
Depois daquilo, Dylan ficou por uma semana trancafiado em seu quarto incomunicável, sem comer, sem dormir, apenas ouvindo música para tentar esquecê-la, apenas seus amigos ficaram com ele – parecia que estava havendo uma festa dentro do seu quarto, de tantos amigos imaginários que tinha.
Sua mãe batia na porta feito uma louca, desesperada, mas depois dos conselhos dos seus amigos, Dylan decidiu sair de casa novamente e encarar o mundo de frente, dessa vez ia ser diferente, ele iria aproveitar a vida adoidado...
Foi a partir desse momento que Dylan começou a sair na noite.
A minha grande e irrecuperável maldição...
ANTÔNIO CASANOSSA ESTAVA DEITADO num canto do bar quando seu filho, Juanes chegou perto dele e disse:— Papá, mamassá está pedindo que o senhor vá para casa.— Quem sua mãe pensa que é, moleque? Fala que nem homem.Quando Antônio ia lhe dar uma bofetada, Juanes falou:— É que ela acabou de dar à luz um menino, papá.Antônio parou a mão no meio do caminho e sorriu sonhador.— Pelo menos não é mais uma menininha igual a você.Juanes foi ajudar o pai a se levantar e recebeu uma tremenda bofetada que o fez cair imediatamente aos pés dele.— Não falei que não quero ninguém se metendo na minha vida, moleque? Ainda mais uma Maricotinha como você.Juanes começou a chorar, mais de raiva do que de dor, já havia se acostumado com as surras diá
DYLAN NÃO ESTAVA nem aí para mais nada, estava de férias na escola e nem queria saber de estudar mais.Começou a frequentar primeiramente os barzinhos no centro da cidade – praticamente todos os dias. Como não era muito eloquente na primeira abordagem – sua aparência também não ajudava muito –, mandava bilhetinhos com poemas de Shakespeare...Sabia que muita gente não conhecia os poemas dele mesmo –, pois ler hoje em dia já nem é mais um hábito de todos, apenas de alguns afortunados como ele.Na primeira noite Dylan conheceu uma garota muito tímida chamada Mary Laine, era loira, alta, uma voz muito baixa, era uma pessoa muito agradável e inteligente. Era estranho, pois ele falava com ela e as pessoas davam risada dele.Pelo menos ela era divertida... – pensava ele feliz consigo mesmo.Eles riram muito naqu
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QUANDO DYLAN CONHECEU Camille Mond, foi um vexame total, ela estava sentava à frente do barman e Dylan ofereceu uma bebida a ela, mas o cara falou que não tinha ninguém ali. Dylan disse para ele dar a bebida mesmo assim, pois ele beberia por ela – mais uma vez a sua mente o trapaceava com a falsa promessa de um novo amor.Camille tinha o mesmo sorriso de Monique... Dylan saiu daquele bar, encostou-se à porta de um estabelecimento fechado e começou a chorar desesperadamente por causa de tudo aquilo que estava vivendo, ele se sentia um prisioneiro em si mesmo.Ele não sabe por que exatamente estava chorando, um motivo específico, mas parecia que precisava fazer aquilo, era como se a vida estivesse perdendo o sentido e estivesse procurando no lugar errado.Foi quando apareceu uma garota chamada Carol Battz.— Você está se sentindo bem? &ndash
TED ESTAVA DEITADO com três prostitutas, duas delas faziam-lhe sexo oral e a terceira, sua favorita, estava fazendo massagem em seus pés quando o telefone toca:— Sim pai, estou terminando algo importante e te encontro em uma hora – e desligou o telefone.A garota olhou para ele e Ted fez o sinal para que continuasse.— Vocês são fantásticas, sabia?Uma delas colocou o dedo indicador em sua boca e fez um psiu para que ele se calasse, Ted então atingiu o clímax pela quarta vez seguida.Alguns minutos depois de se recompor, ele se trocou e deixou dois mil dólares para cada uma delas e saiu apressadamente para encontrar seu pai.Ted olhou seu celular e tinha centenas de mensagens, ele focou apenas nas que seu pai e Horace haviam lhe enviado.Maravilha... tudo está quase pronto...Ele entrou em seu carro conversível e saiu apress
ASSIM QUE TERMINARAM as gravações do primeiro álbum, começaram as grandes festas e eventos. Tocavam em todos os tipos de lugares, desde pequenos bares, até eventos com milhares de pessoas. Para Dylan, tanto fazia os lugares em que cantava, ele queria mais e mais...Estava viciado em cantar... – em ter a atenção das pessoas...Era algo que preenchia o vazio do meu coração...Dylan continuou saindo junto com o Billy, pois assim, sabia que não estava saindo com garotas “que eram fruto de minha imaginação”.Um pouco antes de a turnê começar, a banda recebeu um baque que foi completamente difícil de aceitarem, David, o principal compositor da banda e líder decidiu sair, estava com outros planos e não poderia cair na estrada com eles.— Você é louco? – Gri
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AQUELES TRÊS ANOS pareceram cem para ele.Dylan tinha envelhecido muito por causa das drogas e da bebida, mas queria estar no palco, não importava o que acontecesse, se era para encerrar a carreira, ele daria tudo de si naqueles três anos.Ele saía com a maioria das fãs, nunca foi do tipo de astro que se vive envolto de seguranças e escolta policial, Dylan andava junto com as pessoas, frequentava os mesmos lugares que eles, muitos deles iam a sua casa, e Dylan na casa deles, era uma amizade muito próxima.Dylan nunca quis comprar um carro por causa disso, tinha a vida indiferente do que os outros achassem. Adorava andar de ônibus e trem, era algo prazeroso para ele ser simples, nem sabia dizer ao certo se essas fãs eram fruto de sua imaginação, ou se eram fãs de verdade, talvez, muitas delas eram de verdade, e muitas delas apenas uma ilusão, mas Dylan sabia que viveu dias mui