POV Fiora Um lobo tão bonito e poderoso, reduzido a um simples servente, um beta. Que desperdício. Claramente, Gideon se mostrava muito mais flexível do que Alaric, eu poderia usá-lo da maneira que eu desejasse, tudo o que eu precisava era trazê-lo para o meu lado. Me levantei e fingir tropeçar, um truque simples e muito óbvio, mas que sempre funciona. No final, meu objetivo não é parecer fraca ou delicada, mas estar perto o suficiente para que o perfume que eu uso fosse sentido. Uma mistura de ervas afrodisíacas que deixava até mesmo os lobisomens descontrolados, se atirando aos meus pés e implorando por migalhas da minha atenção. Os braços de Gideon me envolveram, segurei em seu peito e ergui meu rosto, sabendo que ele estaria corado e com seu coração acelerado, mas o que encontrei foi um olhar frio e irritado. O lobo me levantou e, antes que eu o confrontar, Alaric surgiu, furioso, arremessando as mesas em seu caminho. ― Parece que teremos de remarcar nosso encontro, senhorita F
POV Linnea Tudo estava caótico enquanto os lobos tentavam conter Kael. Carter se colocou na minha frente com uma postura defensiva, mas aquilo pareceu apenas enfurecer ainda mais o Kael, que rosnou alto, assustando a todos. Patrícia apareceu na porta, seu rosto pálido com a visão do que estava acontecendo. ― Leve-a daqui! ― Carter gritou e Patrícia concordou com um aceno. Com agilidade, a mulher conseguiu se esquivar de Kael e dos outros lobos no quarto e nos alcançou. Eu sabia que o mais seguro era me afastar, mas não podia simplesmente me esconder enquanto Kael estava fora de controle. Saí da proteção de Carter e corri até Kael, me lançando contra seu peito e envolvendo sua cintura com meus braços. Olhei para cima e seus olhos vermelhos pareciam confusos, enquanto seu rosto se contorcia de dor e confusão. Kael tentou desviar o olhar, mas agarrei seu rosto com as minhas mãos e o forcei a olhar para mim. No meu coração, eu sentia que Kael, mesmo naquele estado de loucura, jamais m
POV Kael ― Aquela filha da puta! ― Rugi furioso, arremessando a mesa contra a parede. ― Bruxa miserável! ― Agarrei a cadeira e também a lancei. Os pedaços da madeira se espalhando por todo o escritório enquanto eu respirava com força, minha raiva transbordando por todo o meu corpo. ― Já está feito. Ela conseguiu o que queria, mexer com a sua cabeça e afastar Linnea. ― Rosnei alto, fazendo as paredes tremerem. Passei as mãos pelos cabelos, frustrado com a minha estupidez. Ainda não conseguia acreditar em como eu pude baixar a minha guarda tão facilmente. Bastou ela falar meia duzia de mentiras e eu permiti que se aproximasse. Fiora sempre foi uma serpente, seus truques e venenos não eram desconhecidos para mim e, mesmo assim, eu caí em sua armadilha. Linnea já estava irritada por conta do meu atraso, depois daquela cena, tudo ficou pior. Tentei me aproximar dela, mas fui rejeitado. Sempre que a encontrava em algum lugar da casa, ou no jardim, ela fugia e se isolava novamente. Eu es
POV Linnea A expressão de Kael, sua voz, tomada de devoção, fez todo o meu corpo tremer de desejo por ele. A macies de seus lábios quentes sobre os meus, sua mão protetora sobre o meu ventre. Cada palavra que Kael proferia fazia meu coração se apertar, um misto de felicidade e culpa. Por mais que eu desejasse contar que ele era o pai daquela criança, uma voz dizia que ainda não era o momento certo. Apertei ainda mais meus braços ao redor de seu pescoço, desejando nunca mais me separar dele. Kael enterrou seu rosto na curva do meu pescoço, sua respiração longa e hálito quente fazendo cócegas na minha pele, que se arrepiava em resposta. Arrastei minhas mãos pelos seus cabelos macios, sentindo o perfume apimentado que enlouquecia minha mente. Seu corpo estava tão quente, parecendo febril. Me afastei, pousando minha palma em sua testa. Kael fechou os olhos, suas mãos apertando minha cintura de forma possessiva, seus dedos se enterrando em minha carne. ― Você está quente, Kael. ― Disse
POV Linnea Abrindo mais minhas pernas, Kael se abaixou, sua longa língua para fora e seus olhos presos aos meus. O toque macio e quente no meu ponto mais sensível, sobre o tecido suave da minha calcinha, me fez arquear as costas. A ponta da Língua de Kael desceu até a minha entrada, fazendo pressão e provocando. Agarrei em seus cabelos, desesperada por seu toque, os gemidos altos saindo por meus lábios com sofreguidão― Esse sabor é viciante. ― Kael disse com a voz rouca. Seu dedo enlaçou minha calcinha, a puxando para o lado.Passando a língua por seus lábios, com os olhos brilhando com reflexos azuis, Kael arrastou seu polegar pela minha fenda. Os sons úmidos se mesclando aos meus gemidos de prazer. Meus quadris balançavam, seguindo o ritmo ditado pelos dedos de Kael. A intensidade de seu toque, como sua mão apertava minha coxa, a mantendo aberta para que ele pudesse me ver, completamente exposta e vulnerável. Tudo aquilo fazia meu coração disparar e a marca em meu corpo cardes cad
POV AlaricAs notícias que chegavam da alcateia Silentmoon apenas me deixavam mais irritado. Kael estava conseguindo se manter, a loucura parecia sob controle, o que não ajudava em nada os meus planos. Eu havia perdido minha alcateia, fui forçado a viver escondido nas sombras de São Francisco e contratando errantes para fazer o trabalho sujo. Precisava resolver aquilo, precisava encontrar uma brecha o mais rápido possível.Gideon apareceu, vários papéis em sua mão. O beta apenas sentou na mesa onde eu estava, ignorando a minha presença ali. Soquei a madeira com força, rachando o móvel, mas Gideon apenas moveu seus olhos na minha direção. A arrogância daquele lobo velho já vinha me irritando a muito tempo, teria de colocá-lo em seu lugar. Com calma, o lobo colocou os papeis sobre a mesa e os empurrou na minha direção. Ao ver as fotografias de Linnea ao lado de Kael, meu sangue ferveu na mesma hora. Lancei tudo ao chão, rosnando em fúria.― Por isso achei que não seria bom te mostrar,
POV Linnea Após vários dias trancada em um quarto com Kael, Patricia conseguiu convencê-lo de que eu precisava de sol e caminhar, que faria bem para o bebê. Kael havia se tornado superprotetor, sua mão sempre sobre a minha bariga quando alguém se aproximava. Também não me sentia segura em sair para caminhar, não depois do que tinha acontecido com Rute. Com muito carinho, Patricia escolheu um vestido leve, pensando que minha bariga, que já estava crescendo, poderia ficar apertada em alguma calça. Kael não saia de perto enquanto nos preparávamos para sair, seus olhos atentos em cada movimento meu. Quando peguei minha bolsa, ele a tirou da minha mão, chamando minha atenção. ― Não saia de perto da Patricia e, se acontecer qualquer coisa, se sentir algo ou perceber alguém estranho, me ligue e volte imediatamente. ― O tom autoritário de Kael, não parecia combinar com suas palavras de preocupação, na verdade, aos meus olhos, ele parecia adorável. Fiquei na ponta dos meus pés e depositei u
POV Linnea Gritos, sirenes, vozes por toda a minha volta. Alguém me puxou pelos braços, fazendo todo o meu corpo doer. Gemi, quando fui colocada sobre algo duro, tentei abrir meus olhos, mas minha cabeça doía muito. Uma pontada na minha barriga me despertou por completo, algo quente escorrendo pelas minhas pernas. O pânico cresceu no meu peito, mas eu não conseguia erguer as minhas mãos para apoiar a minha barriga. ― Meu bebê… ― Disse com a voz chorosa, minha garganta arranhando. Tossi, sentindo o cheiro forte de fumaça. ― Por favor, meu bebê. ― Voltei a implorar a qualquer um que pudesse estar perto. Fui erguida novamente, gritos de dor escapando dos meus lábios junto as lágrimas. Minha perna esquerda era o que mais doía no meu corpo, concluí que ela estava quebrada. Mais gritos soaram ao longe, parecia a voz de Patrícia. Ergui a cabeça, forçando meus olhos a se abrirem e vi a mulher deitada no chão, ainda com o carro sobre seu corpo. Sua mão estendida na minha direção enquanto