POV Linnea O aperto de Rute em meu pulso era muito forte, tanto que achei que ela o quebraria. Não conseguia acreditar que aquilo estava acontecendo. Eu confiei em Rute, acreditei que ela estava ao meu lado, como alguém especial, como uma amiga. Os olhos da mulher estavam sem nenhuma expressão, então ela começou a me puxar para lounge do hospital, na direção de onde aqueles homens estranhos estavam vindo. ― Rute, eu te imploro. Não faça isso. ― Disse com a voz baixa, tentando não chamar atenção para nós. ― Não dá mais, senhorita. Eu já fui muito longe para desistir agora. ― Rute disse, sua voz também estava baixa, mas não havia nenhum sentimento em suas palavras, mesmo que sua mão estivesse trêmula. Os lobos estavam cada vez mais perto. Eu não conseguia entender a razão por trás da atitude de Rute, mas eu sabia que ela não era uma pessoa ruim. Tentei puxar meu braço mais uma vez e seu aperto intensificou, me fazendo gemer com a dor. ― Não lute, por favor. Apenas vá com eles sem r
POV Linnea Meu coração estava dilacerado. Nunca pensei que sentiria tamanha dor em toda a minha vida, muito maior do que as torturas que vivi nas mãos de Octavius. Carter rosnou alto, chamando a atenção de todos, inclusive Kael e Fiora. O sorriso debochado da bruxa, junto com seus olhos roxos brilhantes, fez meu sangue ferver. Jamais senti raiva de alguém, nem mesmo dos homens que me venderam ou de Octavius, mas eu poderia dizer que odiava Fiora com todas as minhas forças. O olhar de Kael encontrou o meu. Os sussurros começaram e os olhares caíram sobre mim. Cobri minha barriga, tentando proteger o meu bebê daquela situação, e saí. Lágrimas teimosas rolaram pelo meu rosto enquanto ia para a rua, mas uma mão firme segurou meu pulso. Me virei, pronta para dar um tapa no rosto de Kael, mas era Carter quem me impedia. ― Senhorita, espere um momento. ― Acenei com a cabeça negando. Eu não queria esperar nada e nem ninguém, eu apenas queria ir para o mais longe possível daquele lugar. ―
POV Fiora Nunca pensei que aquela vadiazinha tivesse um time tão perfeito. Meus informantes já tinham me avisado sobre a consulta daquela mulherzinha, eu apenas queria dar um susto nela, mas a deusa sempre sorri para sua filha favorita e acabei me encontrando com Kael. Ele estava sozinho, saindo de uma das salas e aquele foi o momento perfeito para plantar a minha semente de caos na vida do casal suburbano feliz. Mandei uma rápida mensagem para Torin, que estava do lado de fora me esperando. Se Kael estava naquela ala do hospital, era certo que Linnea também estaria pelas redondezas. Me aproximei com minha melhor cara de surpresa, usava o perfume favorito de Kael, incrementado com algumas ervas que eu já tinha preparado para ele em alguns de nossos encontros. Não foi nenhuma surpresa ele ter resistido logo de cara, essa era uma das razões de eu o desejar tanto. Kael não se deixava envolver facilmente, nem por mim e nem por ninguém. Quando gritei sobre a minha falsa gravidez, aos p
POV Fiora Um lobo tão bonito e poderoso, reduzido a um simples servente, um beta. Que desperdício. Claramente, Gideon se mostrava muito mais flexível do que Alaric, eu poderia usá-lo da maneira que eu desejasse, tudo o que eu precisava era trazê-lo para o meu lado. Me levantei e fingir tropeçar, um truque simples e muito óbvio, mas que sempre funciona. No final, meu objetivo não é parecer fraca ou delicada, mas estar perto o suficiente para que o perfume que eu uso fosse sentido. Uma mistura de ervas afrodisíacas que deixava até mesmo os lobisomens descontrolados, se atirando aos meus pés e implorando por migalhas da minha atenção. Os braços de Gideon me envolveram, segurei em seu peito e ergui meu rosto, sabendo que ele estaria corado e com seu coração acelerado, mas o que encontrei foi um olhar frio e irritado. O lobo me levantou e, antes que eu o confrontar, Alaric surgiu, furioso, arremessando as mesas em seu caminho. ― Parece que teremos de remarcar nosso encontro, senhorita F
POV Linnea Tudo estava caótico enquanto os lobos tentavam conter Kael. Carter se colocou na minha frente com uma postura defensiva, mas aquilo pareceu apenas enfurecer ainda mais o Kael, que rosnou alto, assustando a todos. Patrícia apareceu na porta, seu rosto pálido com a visão do que estava acontecendo. ― Leve-a daqui! ― Carter gritou e Patrícia concordou com um aceno. Com agilidade, a mulher conseguiu se esquivar de Kael e dos outros lobos no quarto e nos alcançou. Eu sabia que o mais seguro era me afastar, mas não podia simplesmente me esconder enquanto Kael estava fora de controle. Saí da proteção de Carter e corri até Kael, me lançando contra seu peito e envolvendo sua cintura com meus braços. Olhei para cima e seus olhos vermelhos pareciam confusos, enquanto seu rosto se contorcia de dor e confusão. Kael tentou desviar o olhar, mas agarrei seu rosto com as minhas mãos e o forcei a olhar para mim. No meu coração, eu sentia que Kael, mesmo naquele estado de loucura, jamais m
POV Kael ― Aquela filha da puta! ― Rugi furioso, arremessando a mesa contra a parede. ― Bruxa miserável! ― Agarrei a cadeira e também a lancei. Os pedaços da madeira se espalhando por todo o escritório enquanto eu respirava com força, minha raiva transbordando por todo o meu corpo. ― Já está feito. Ela conseguiu o que queria, mexer com a sua cabeça e afastar Linnea. ― Rosnei alto, fazendo as paredes tremerem. Passei as mãos pelos cabelos, frustrado com a minha estupidez. Ainda não conseguia acreditar em como eu pude baixar a minha guarda tão facilmente. Bastou ela falar meia duzia de mentiras e eu permiti que se aproximasse. Fiora sempre foi uma serpente, seus truques e venenos não eram desconhecidos para mim e, mesmo assim, eu caí em sua armadilha. Linnea já estava irritada por conta do meu atraso, depois daquela cena, tudo ficou pior. Tentei me aproximar dela, mas fui rejeitado. Sempre que a encontrava em algum lugar da casa, ou no jardim, ela fugia e se isolava novamente. Eu es
POV Linnea A expressão de Kael, sua voz, tomada de devoção, fez todo o meu corpo tremer de desejo por ele. A macies de seus lábios quentes sobre os meus, sua mão protetora sobre o meu ventre. Cada palavra que Kael proferia fazia meu coração se apertar, um misto de felicidade e culpa. Por mais que eu desejasse contar que ele era o pai daquela criança, uma voz dizia que ainda não era o momento certo. Apertei ainda mais meus braços ao redor de seu pescoço, desejando nunca mais me separar dele. Kael enterrou seu rosto na curva do meu pescoço, sua respiração longa e hálito quente fazendo cócegas na minha pele, que se arrepiava em resposta. Arrastei minhas mãos pelos seus cabelos macios, sentindo o perfume apimentado que enlouquecia minha mente. Seu corpo estava tão quente, parecendo febril. Me afastei, pousando minha palma em sua testa. Kael fechou os olhos, suas mãos apertando minha cintura de forma possessiva, seus dedos se enterrando em minha carne. ― Você está quente, Kael. ― Disse
POV Linnea Abrindo mais minhas pernas, Kael se abaixou, sua longa língua para fora e seus olhos presos aos meus. O toque macio e quente no meu ponto mais sensível, sobre o tecido suave da minha calcinha, me fez arquear as costas. A ponta da Língua de Kael desceu até a minha entrada, fazendo pressão e provocando. Agarrei em seus cabelos, desesperada por seu toque, os gemidos altos saindo por meus lábios com sofreguidão― Esse sabor é viciante. ― Kael disse com a voz rouca. Seu dedo enlaçou minha calcinha, a puxando para o lado.Passando a língua por seus lábios, com os olhos brilhando com reflexos azuis, Kael arrastou seu polegar pela minha fenda. Os sons úmidos se mesclando aos meus gemidos de prazer. Meus quadris balançavam, seguindo o ritmo ditado pelos dedos de Kael. A intensidade de seu toque, como sua mão apertava minha coxa, a mantendo aberta para que ele pudesse me ver, completamente exposta e vulnerável. Tudo aquilo fazia meu coração disparar e a marca em meu corpo cardes cad