É minha!

CAPÍTULO 17

Theodoro Almeida

Mal consegui dormir, passei a noite pensando no que havia feito, e de manhã, fui até o endereço do cartão. Verifiquei a minha arma, mesmo não estando fardado, a usaria se fosse necessário.

A minha respiração estava pesada, olhei no relógio e vi que faltava um tempo, quando vi um táxi chegando, já desci do carro com a mão na arma; o velho que comprou Valéria não estava.

— E, então? Como resolvemos isso? — perguntei parando à sua frente, numa posição ameaçadora, cruzando os braços e o encarando.

— Você está certo do que quer? Vai casar e se responsabilizar pela cega?

— Mais respeito com a Valéria, ou eu terei que voltar a te mostrar como faço para ensinar babacas a respeitarem as pessoas! — me aproximei apontando a arma e ele se afastou.

— Tá, tá certo! Agora vamos falar da “Valéria”, de uma vez! Trouxe um pequeno contrato, quer ler? — guardei a arma, olhei para os lados.

— Não vou assinar nada, você é homem ou não
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