CAPÍTULO 132 Vinícius Cardoso Olhei para todos rapidamente, segurei na mão da Val, porque Ezequiel estava perto de dona Joana, com certeza não permitiria que acontecesse nada de ruim com ela. — E, pensa que acredito nessa ladainha? Você sempre nos viu como filhos da outra! — Aaron falou com raiva, chegou a cuspir no gramado, vi que Ezequiel não gostou. — Eu cuidei de vocês como filhos, como pode dizer isso? Nunca contei para os outros a verdade, e... Raquel! Raquel, minha filha, explique para seu irmão. — Joana se moveu rapidamente, tocando no braço da Raquel, que quase a derrubou, para se soltar. — Ele sabe melhor que eu das coisas! Nem sei porque voltou agora, se queria fugir com outro macho, fosse! Agora porque matar meu pai!? — de repente o semblante da Val e da dona Joana ficaram assustados, dona Joana colocou a mão no peito, se apoiou na mesa. — Se quiserem eu os tiro daqui. — Ezequiel propôs, mas Joana negou. — Não! Eles são meus filhos,
CAPÍTULO 133 Theodoro Almeida / Vinícius Cardoso Enquanto entrávamos na sala, a enfermeira foi falando: — A sua esposa acordou, sente-se aqui ao lado dela, o médico já vem, e também vou buscar os exames. — assenti já na sala, mas eu só conseguia olhar pra ela, não conseguia falar nada. — Você está bem, Vinícius? — olhei pra ela espantado, tentando entender as coisas, observando se algo havia mudado nela, além de estar ainda mais bonita, mas não cheguei a conclusão nenhuma. — Era eu quem deveria perguntar, me desculpe! — segurei sua mão e dei um beijo suave. — Não se preocupe, acho que foi o nervoso, coitada da minha mãe, aqueles dois não mudam nunca! — fiquei mais perto, com a sua mão perto da minha boca, observando que seu rosto estava pálido. — Não pense nisso agora, Ezequiel dará seu jeito! — ela assentiu, encostando melhor a cabeça na maca em que estava. Momentos seguintes: Sentamos diante do médico, assim que ele entrou, que sorriu gentil
CAPÍTULO 134 Theodoro Almeida / Vinícius Cardoso Eu não poderia estar mais feliz, ao lado de tantas pessoas que são importantes pra mim, e principalmente a minha esposa e meus filhos. Não posso registrar os irmãos da Val como meus filhos também, até porque, a minha sogra já solicitou a guarda deles, mas no meu coração eles já são, cuidarei deles enquanto eu viver, junto com a Joaninha, os gêmeos, e talvez até mais algum filho que Deus nos enviar. . Passaram-se os dias, e hoje teremos um grande almoço em família. Meus pais estarão presentes, com toda a nossa família, inclusive Paola, que vive reclamando que vai embora sei lá o motivo, mas nunca vai, dizendo que não gosta de ficar longe de mim, mas acredito que faça isso para irritar Vicente, já que adora. Valéria viu nesse momento, uma oportunidade de trazer o avô para mais perto, que foi o verdadeiro motivo da festa, junto é claro, com o anúncio que teremos dois bebês, para esse avô e parentes que aind
CAPÍTULO 135 Valéria Muniz Meses depois Tudo tem sido maravilhoso, sentir meus dois tesouros se mexendo dentro de mim, passar as mãos na barriga, conversar com eles. “Aiii!” — suspiro ao abrir e fechar os olhos quando os sinto. São momentos tão únicos, que fico me perguntando se depois também não sentirei falta de fazer isso, então eu lembro que logo os terei em meus braços, e tudo fica ainda mais perfeito. Descobrimos que se trata de um casal, para a felicidade completa das crianças... um menino e uma menina. — Vocês gostam de conversar, não é? Então se mexam para sua irmãzinha sentir... ou são tão sapecas que só mexem para o papai? — falei mole com os pequenos, sentindo aquele reboliço gostoso, e Joaninha gargalhou, emocionada quando conseguiu senti-los. — Você viu, Val? — Eu vi meu amor! Eles te adoram. — ela sorriu, mostrando a janelinha do dente que acabou de cair. — Val, qual será os nomes dos meus irmãozinhos? — Joaninha pergu
CAPÍTULO 136 Narrativa da autora Paola é uma moça difícil de lidar, uma pessoa arrogante, mimada... Messias também não é fácil, tem pulso firme, ao ser rejeitado por ela, mudou a tática. Debochado, mostrou ter virado a página, ela viu que esse era diferente da maioria, o que a fez questionar, se era esta postura que ele demonstra, que chama mais a sua atenção? Ao se sentir ameaçada a perder o que queria por capricho, viu que ele não se deixava dominar, voltou atrás... e entre brincadeiras e deboches, se deu uma oportunidade, entendendo o recado de Messias, que teria que mudar para estar ao lado dele, caso contrário, não daria certo... bom, isso era o que ela estava precisando, de um pulso firme, que não a coloca num pedestal porque tem dinheiro, era alguém assim que ela precisava ao seu lado, que a colocasse no eixo. Ela decidiu ficar ali com ele. Tenente Soares não incomodou mais. Expulso do quartel, ele ainda foi transferido para uma penitenciária comum, sem di
FINAL Narrativa final da autora Três meses se passaram rapidamente. Hoje é a reinauguração do orfanato, ele está lindo. Os dormitórios estão modernos, com um amplo refeitório, sala de brinquedos incríveis, proporcionando a alegria de todas as crianças, de todas as idades que ali vivem, que trará muitas alegrias. Uma nova quadra de esportes, um grande salão para festas, e Vinícius comprou toda a parte decorativa que pode ser desmontada e guardada para novos eventos, principalmente de aniversário dos pequenos. — Meu tenente, tem certeza que não esquecemos de convidar ninguém? — Valéria pergunta quando se depara com o salão vazio. — Claro querida! Chegamos bem antes, nem a equipe chegou ainda. — Vinícius sorri para Valéria e as crianças, que começam a ocupar o lugar. Os pais de Vinícius são os primeiros a chegar, Beatriz ainda usa muletas, mas já está bem melhor. Anelise veio com Vicente, Samuca, seus pais, e também Nayara, sua irmã. Paola e Mess
CAPÍTULO 1 Em um hotel de uma pequena cidade, como Guarapuava, Valéria respirava aliviada, havia conseguido encontrar um lugar seguro, depois de tantas cidades em que tentou se instalar. Não era a primeira vez que estava na mesma situação, desde que fugiu de Israel, país onde cresceu e viveu até o dia em que um acidente levou seus pais e também a sua visão. Sua mão enfaixada recentemente, trazia à sua memória, o que aconteceu da última vez que tentou fugir do seu irmão, mas ele a encontrou, ainda doía cada agressão. Segurando a chave do quarto, ela respirou fundo, tremendo, ajeitando sua bolsa pequena, sua bengala e seus óculos quebrados que acabara de guardar, resultado da fuga dessa manhã, ao ouvir a voz do seu agressor, conseguir desvencilhar-se e precisar abandonar seu emprego mais uma vez. Valéria sabia que não seria fácil, ainda mais quando se lembrava que precisou deixar dois irmãos pequenos aos cuidados de sua irmã, seu coração doía, porém a esperança de buscá-los u
CAPÍTULO 02 Theodoro Almeida Quase caí da cama com o susto que levei, aquela louca me expulsou sem motivo algum, provavelmente ficarei dolorido com as pancadas dela, e o pior foi quando vi com meus próprios olhos, que aquele quarto não era o meu. As coisas aconteceram muito rápido, estranhei não me lembrar de ter ligado para chamar uma acompanhante, mas ser tratado assim não dava... olhei pra mim mesmo e me assustei: “Merda! Me fez sair de cueca em pleno corredor!“ Entrei no meu quarto e fui logo me vestindo, sem conseguir raciocinar direito, pegando as primeiras peças que via. . Passei a mão na cabeça, comecei a andar de um lado para o outro, e lembranças da noite que tive vieram de repente. Aquela prostituta me acordou em meio ao surto psicótico e conseguiu me controlar, como ela havia feito aquilo? Ninguém além da mulher que amo conseguiu fazer isso, mas como ela fez? Fiquei olhando pela janela, deveria ter uma explicação, claro que deveria... Abri a porta apres