Confiei demais

CAPÍTULO 52

Valéria Muniz

— Diga, Ane... não me deixe ficar pior, sem saber o que está acontecendo! — ouvi o barulho da cadeira.

— Olha, eu estava lendo, acho que tem algo errado...

— Por que?

— Realmente é um recibo da casa de mulheres, e o cartão é do Théo. — meu coração começou a palpitar, meu peito doeu como se tivesse recebido uma facada. — Porém... coloco a minha mão no fogo por ele, acredito que possa ser uma montagem, ou algum pagamento antigo, e não especifica o tipo de serviço prestado, nem...

— Não precisa defender... acho que confiei demais. — ouvi quando ela levantou da cadeira e veio até a mim, segurando na minha mão.

— Eu o conheço, confio nele. Você também deveria, essa mulher é sem caráter e baixa... a gente deveria ter chamado mesmo, a polícia! — a voz dela era firme, estava tentando me animar ou também confiou demais nele.

— Você mesma leu, porque ele faria um pagamento desses? Nenhum estabelecimento aceitaria um pagamento t
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