EZRA D'ARTAGNANA manhã fria e mordaz deu lugar a uma tarde mais amena, embora ainda carregasse consigo um frio penetrante. À medida que as horas decorriam rapidamente, a minha mente vagava intensamente, tecendo planos intrincados com Danâe, que, após a revelação sobre Penélope, não exibiu o mesmo humor habitual.Ela sempre foi uma mulher obediente, um traço que eu admirava nela e, francamente, eu não costumava valorizar o apreço de muitas pessoas.— Espero que isso não pese do meu lado, Ezra — Ameaçou Eros quando me ligou para me informar sobre a vigilância que mantinha sobre o querido Salvatore.— A morte é o que menos deve te preocupar, seu covarde.— A segurança da minha filha e de Sora é o que quero dizer. — Enfatizou em um rugido.— Eles já estão comprometidos desde o dia em que você decidiu jogar em casa, Eros. Mas não se preocupe, a sua lealdade será bem recompensada.Ao contrário de Danâe, a obediência de Eros não era baseada no amor, mas na chantagem. Admito que ter controle
PENÉLOPE VERONESINas próximas semanas, é quase como se nada tivesse acontecido.É com um suspiro profundo que percebo o quão profundamente ligada a ele eu estou; como as coisas entre nós permanecem exatamente como sempre foram e, no entanto, não é nada platônico. Ele não me toca além de um leve aperto de pulso, não fala comigo de forma diferente — balbucia sobre a incapacidade geral dos seus funcionários não atenderem as suas expectativas, reclama com mais frequência no seu celular, ensina-me a jogar xadrez, xadrez estratégico com peças com nomes e ações, treina-me, embora raramente, para a minha preparação física — mas não me olha de forma diferente, sempre me analisando com os mesmos olhos quentes e perigosos que sempre me olhavam.Ainda assim, parece que ele está a despir-me na mesa e não posso evitar suspirar — audivelmente — porque isso me lembra incontáveis vezes do que Marcus alimentou na minha cabeça, principalmente depois de algumas noites Ezra ter me tocado de forma tão ínt
PENÉLOPE VERONESIO meio-dia chegou, marcando o ponto exato no relógio que ficava bem acima da porta principal do quarto. Resolvi não tocar no celular, resistindo à tentação de buscar comentar alguma coisa com o meu melhor amigo. Agradecia que, pelo menos, Ezra mantinha uma ponta de decência ao não instalar câmaras nos recônditos do banheiro, mas o receio ainda persistia. Era uma dança perigosa entre a preservação da privacidade e a constante vigilância imposta por circunstâncias que, a cada dia, revelavam-se mais complexas, e eu com certeza não passaria essa linha.Optei por vestir a roupa de frio mais pesada que eu tinha na mala, mesmo consciente de que, provavelmente, não seria o suficiente para enfrentar o gélido clima de Florina. O tecido, apesar de aparentemente espesso, parecia uma barreira frágil contra a intensidade do frio que envolvia a cidade. Se algumas semanas atrás, quando viemos para cá, Ezra ao menos tivesse me dito sobre ser cautelosa na escolha das minhas roupas, te
Penélope desfrutou da deliciosa combinação de uma fatia de bolo de morango e um cappuccino, saboreando o doce e o leve amargor que dançavam na sua língua. No entanto, o seu desejo de levar consigo o restante da iguaria foi abruptamente frustrado por Ezra, que com uma expressão imperturbável revelava uma decisão irrevogável.— Deixe o resto do bolo, Penélope. Não seria adequado carregá-lo por aí — disse ele, interrompendo a sua iniciativa com um gesto firme.Desapontada, mas ciente da futilidade de argumentar com Ezra, Penélope resignou-se e observou enquanto ele pagava a conta. A sua mente estava a um turbilhão, desde a entrega do bolo até o singelo toque dos seus lábios pressionados contra os dela, começo se pertencesse a ela, uma boa façanha para se deixar cair.À medida que saíram da cafetaria, o céu tingiu-se ainda com os tons dourados do crepúsculo, a iminência do pôr do sol, acrescentando um toque mágico à cidade já deslumbrante. O movimento em Salonica pareceu aumentar ainda mai
A noite avançava, e Penélope, agora envolta em um casaco mais grosso para proteger-se do frio, acompanhava Ezra para fora do centro comercial. O carro deles, repleto de sacolas contendo os frutos das suas extravagâncias, aguardava pacientemente. O relógio marcava oito da noite quando, após alguns minutos de viagem, Ezra estacionou diante de um esplendoroso restaurante.O local irradiava elegância desde a sua fachada até o último detalhe da decoração interna. As paredes revestidas de madeira escura contrastavam com os adornos dourados que reluziam à luz suave do ambiente. Um mosaico de lustres imponentes pendia do teto, lançando uma luminosidade sutil sobre mesas dispostas com talheres brilhantes e taças de cristal. O aroma tentador de pratos requintados pairava no ar, convidando os comensais a uma experiência gastronômica única.Ao saírem do carro, uma manobrista prontamente apareceu para receber as chaves. A formalidade do serviço apenas realçava a atmosfera de exclusividade que perm
O jantar finalmente terminou, e o maître se aproximou para agradecer a presença dos dois, desejando-lhes uma excelente noite. Ezra, sempre cavalheiro, ajudou Penélope a se levantar e, com um gesto protetor, colocou a mão nas costas dela, enquanto caminhavam para fora do restaurante. O ar noturno estava frio, cortante, e Penélope encolheu-se ligeiramente ao sentir o vento tocar a sua pele.Lá fora, o carro já os esperava. O motorista abriu a porta, e quando Penélope entrou, viu a grande caixa branca cuidadosamente posicionada no assento de trás. Ela sorriu ao vê-la, como se o vestido fosse um lembrete físico de toda a noite encantadora que havia acabado de vivenciar.Ezra entrou logo depois dela, e o carro partiu em direção à casa. O caminho foi relativamente silencioso, com Penélope olhando pela janela, perdida nos seus pensamentos. De vez em quando, ela lançava um olhar para Ezra, mas ele parecia tão tranquilo quanto sempre, olhando calmamente para frente, como se estivesse completam
Ela grita enquanto ele se deita e a puxa para cima com vontade renovada, suas mãos a seguram em torno da cintura, até que ele esteja em uma altura satisfatória e ela esteja sobre sua cabeça.Ela ofegou novamente, alto e tão sensual, e Ezra agarrou seus quadris com força e enterrou sua cabeça entre suas coxas, os dedos dela viajando pelos cabelos dele, tão duro que doía, embalando seu crânio enquanto deslizava sua língua dentro dela, de costas arqueada para trás, uma de suas mãos se movendo rapidamente para ancorá-la. Ela geme alto ao primeiro toque de sua língua, os quadris se agitando involuntariamente com a sensação e ele ri em resposta.Ele lambe e chupa, e Penélope afunda mais fundo nele, mãos enfiando a parte de trás de sua cabeça e empurrando sua boca dentro dela desesperadamente, gemendo enquanto sua língua cutuca dentro dela com prazer. Ele lambeu seu clitóris, rodopiando sua língua enquanto ela o cavalgava, sua língua trabalhando em sincronia com seus quadris, ele segurando s
EZRA D'ARTAGNANAcordei lentamente, ainda preso no torpor do sono, enquanto o sol invernal encontrava um caminho pelas frestas da cortina, iluminando o quarto com uma luz suave. Sentia o calor do corpo de Penélope ao meu lado, e os meus olhos, como que hipnotizados, percorriam cada detalhe dela.Dormia profundamente, tranquila, sem suspeitar do turbilhão que eu planejava para o dia de hoje. O seu cabelo cacheado e escuro espalhava-se sobre o travesseiro, contrastando com a sua pele negra e sedosa, que parecia absorver e refletir a luz com uma suavidade hipnotizante. Os lábios cheios, de um tom groselha que sempre me fascinava, estavam ligeiramente entreabertos, e o lençol fino mal cobria as suas curvas.Eu observava-a com uma mistura de fascinação e obsessão, a posse impregnando cada pensamento meu. Penélope era minha, completa e irrevogavelmente minha. E mesmo sabendo do que estava por vir, o meu peito se apertava com uma possessividade feroz. Ela não fazia ideia dos documentos que a