O relógio marcava 8h da manhã quando Bridget desceu para a cozinha. Andrew já estava lá, com uma xícara de café na mão, os olhos fixos na tela do celular. Ela sabia que ele estava preocupado desde a conversa sobre Laura, mas não queria que o dia começasse carregado.- Bom dia, meu amor- disse ela, caminhando até ele e o beijando levemente nos lábios.Andrew sorriu, colocando o celular de lado -Bom do. dormiu bem?Ela hesitou por um momento, mas respondeu:- Não muito. Minha mente não me deixou descansar.Ele suspirou, puxando uma cadeira para ela.- Eu também não parei de pensar. Laura sempre foi manipuladora, mas agora ela está indo longe demais. - Eu sei - Bridget respondeu, enquanto mexia no café que ele serviu pra ela. - Só não consigo entender como ela acha que isso vai funcionar.Andrew a encarou por um momento, os olhos sérios.- Porque ela quer que a gente desmorone. Ela acha que, se plantar dúvidas, vai conseguir nos separar.Bridget mordeu o lábio, pensativa.- Você acha q
A mansão dos Jones parecia ainda mais imponente naquela noite, com cada detalhe do jantar cuidadosamente planejado por Taylor. Ele estava determinado a dar a impressão de que a família ainda era uma unidade, mesmo com as rachaduras cada vez mais evidentes.Bridget estava hesitante ao aceitar o convite, mas Andrew a convenceu de que, apesar de desconfortável, enfrentar Callie, Agnes e Taylor juntos poderia ajudar a clarear as intenções por trás do súbito gesto de aproximação.– Vamos juntos, Bri – disse Andrew, enquanto a ajudava a escolher um vestido para a ocasião. – Qualquer coisa que aconteça, enfrentamos como uma equipe.Quando chegaram ao jantar, foram recebidos por Taylor, que parecia mais cordial do que de costume.– Andrew, Bridget – cumprimentou ele com um sorriso ensaiado. – Que bom que puderam vir.Callie, por outro lado, estava sentada à mesa com uma taça de vinho na mão e um olhar quase desafiador.– Bridget, que lindo vestido – comentou ela, com um tom que soava mais com
O silêncio na sala de reuniões da mansão dos Jones era quase ensurdecedor. Marcos, Ethan e Taylor estavam reunidos em torno da longa mesa de mogno, onde documentos, pastas e relatórios financeiros estavam espalhados. O ar era pesado com tensão e frustração.Agnes tinha jogado sua cartada final: apoderar-se de uma grande quantidade das ações da empresa que Taylor havia construído ao longo de décadas. A traição dela ainda doía, mas, naquele momento, a prioridade era recuperar o controle da empresa antes que fosse tarde demais.– Não consigo acreditar que ela conseguiu isso tão rápido – disse Marcos, esfregando o rosto em exasperação. – Como ela teve acesso às informações da empresa?Taylor respirou fundo, apoiando as mãos na mesa.– Porque eu confiei nela – admitiu, com uma mistura de raiva e arrependimento. – Eu dei a ela acesso aos documentos anos atrás, quando ainda achava que poderíamos trabalhar juntos. Nunca imaginei que ela fosse usar isso contra mim.Ethan, que estava sentado ao
O céu estava tingido de um azul profundo quando Ethan estacionou o carro em frente ao prédio de Marcos. Ele ainda estava intrigado pelo encontro inesperado com Agnes e Callie no La Belle Vie. Algo estava errado, e ele podia sentir isso.Ethan subiu rapidamente até o escritório, onde Marcos já o aguardava. A sala estava iluminada apenas pela luz da cidade entrando pelas janelas de vidro, criando um contraste com a tensão que pairava no ar.– Finalmente! – exclamou Marcos, jogando um relatório sobre a mesa. – Ethan, você não vai acreditar no que descobri.Ethan sentou-se na cadeira ao lado e pegou os papeis. Sua expressão endureceu ao ler os documentos.– Isso confirma o que eu já suspeitava – disse Ethan. – Victor está usando Agnes como uma peça no tabuleiro. Ele é o cérebro por trás disso.Marcos cruzou os braços, inquieto.– Sim, mas o mais preocupante é que Callie está envolvida. Ela estava lá com Agnes, e parecia... dividida.Ethan hesitou, lembrando-se do rosto de Callie no jantar
Bridget mordiscava a ponta do canudo do seu milkshake enquanto olhava para Camila e Vitória com uma expressão pensativa. Elas estavam em uma cafeteria aconchegante, onde costumavam se encontrar para conversar e desabafar.— Então, deixa eu ver se entendi — começou Vitória, apoiando o cotovelo na mesa. — Você viu a Laura no hospital, grávida, e decidiu não contar para o Andrew?— Exatamente — Bridget respondeu, girando o copo entre as mãos.— Mas por quê? — Camila franziu a testa. — Se ele tem alguma relação com isso, ele tem o direito de saber.Bridget suspirou, afundando-se no assento.— Eu não quero causar mais confusão. Andrew já tem muita coisa na cabeça e, sinceramente, não sei o que essa gravidez significa. Só sei que Laura parecia... triunfante. Como se tivesse um plano.Vitória arqueou uma sobrancelha.— Você acha que ela está armando alguma coisa?— Eu não sei — Bridget admitiu. — Mas prefiro esperar para entender melhor antes de jogar essa bomba no colo dele.Camila e Vitóri
Bridget estava sentada no balcão da livraria, olhando para o celular com ansiedade. Ela havia enviado uma mensagem para Andrew na noite anterior, mas ainda não tinha recebido resposta. Seu coração deu um salto quando finalmente o aparelho vibrou.Andrew: "Desculpe a demora para responder. Minha viagem está uma loucura. Mas estou bem. Você está bem? Senti sua falta."Bridget sorriu levemente, mas antes que pudesse responder, sentiu uma tontura repentina. O ambiente ao seu redor girou, e ela perdeu o equilíbrio. Quando estava prestes a cair, braços firmes a seguraram.— Cuidado! — a voz carregada de um sotaque britânico soou perto de seu ouvido.Ela piscou algumas vezes, tentando focar. Maxwell Lancaster, o renomado escritor best-seller, segurava seus braços com firmeza. Seus olhos azuis a analisavam com preocupação.— Bridget, você está bem? Parece pálida — ele disse, ajudando-a a se equilibrar.Ela tentou rir para disfarçar o embaraço.— Estou bem, só um pouco tonta. Talvez seja a fal
Bridget saiu do quarto de hospital com o coração despedaçado. As palavras de Andrew ainda ecoavam em sua mente. Ele não se lembrava dela. Pior: achava que amava Laura. Como aquilo era possível? Como Laura conseguia sempre manipular a situação a favor dela?Com os olhos marejados, Bridget caminhou sem rumo pelos corredores do hospital até encontrar um banco no saguão. Sentou-se e passou as mãos pelo rosto, tentando conter as lágrimas. Vitória e Camila chegaram pouco depois, apressadas.— Amiga! O que aconteceu? Você está branca! — exclamou Camila, segurando sua mão.Bridget respirou fundo, tentando organizar os pensamentos antes de responder.— Ele acordou — disse, com a voz trêmula. — Mas não se lembra de mim... E acha que ama a Laura.Vitória arregalou os olhos.— O quê? Isso não faz sentido! Como ele pode esquecer você e lembrar dela? Será que a pancada na cabeça bagunçou as memórias dele?Bridget assentiu, ainda tentando processar tudo.— O médico disse que a amnésia pode ser tempo
Bridget saiu do hospital com o coração em pedaços. A humilhação de Andrew ainda ecoava em sua mente. Ele não só a mandou embora como deixou claro que não queria vê-la novamente. Laura venceu. Pelo menos por enquanto.Camila e Vitória estavam esperando do lado de fora e viram Bridget sair com o rosto pálido e os olhos marejados.— Amiga... — Vitória começou, mas Bridget levantou a mão.— Eu não quero falar sobre isso agora — disse ela, a voz embargada. — Só quero ir para casa.Camila e Vitória trocaram um olhar preocupado, mas respeitaram. Entraram no carro e seguiram para o hotel com Bridget em silêncio. Quando chegaram, Bridget jogou a bolsa no sofá e respirou fundo, tentando conter o turbilhão de emoções dentro dela.— Eu juro que se eu ver aquela cobra da Laura na minha frente, eu arranco cada fio de cabelo daquela cabeça falsa dela! — Camila explodiu, quebrando o silêncio.Bridget riu, mesmo que sem vontade.— Eu realmente achei que ele tivesse me chamado porque estava começando a