— Alessandra? — chamou uma voz familiar masculina.
Virei de imediato pra trás.
— Adriano? — digo surpresa com os olhos um tanto arregalados.
Ele me abraçou forte e eu não consegui conter um sorriso.
— Sim, sou eu — diz ele quando o abraço chega ao fim.
— Até você está vestido do mesmo jeito — murmurei um tanto frustrada. — Que droga.
— O que foi? — questionou ele, arqueando uma sobrancelha.
— Estou procurando uma pessoa, mas não encontro.
— Quem?
— O namorado da aniversariante.
— Bom, se ele é o namorado da Carol então, obv
Não demorou muito, nosso treino horas antes, ajudou bastante. Eu sabia exatamente o que fazer. — Ah, fofinha, minha demora também foi causada porque eu tive que dar uma passada em um local para pedir que o holofote fosse para você quando tudo começar. E claro, tive que ir pegar o microfone. Agora eu tenho um encontro daqui a dois dias com o cara. Eu ri. Coitada da minha amiga, sempre arranjando encontros pra ter o que quer. Logo era meu vestido azul esverdeado que estava à mostra e meu outro vestido estava guardado em uma bolsa meio grande da Hortência — um pouco menor que a sua mala de maquiagem. Elas soltaram meu cabelo e retiraram os strass e a coroa. Eu estava pronta. Quanto a máscara, acabei deixando-a, afinal, só poderia ser retirada meia-noite. — Antes de você ir, Ale, eu vi voc
— Achei que não viria — ele me tratava de forma seca. Eu já esperava. — Eu só queria te ajudar... — Eu só não te mando embora porque temos mais uma música para apresentar — aquela frase me destruiu. Ele não me queria mesmo na festa. — Se você acha que um vestido curto pode resolver tudo, digo que esse tipo de coisa não funciona comigo — novamente ele me machucou apenas com suas palavras. — E quem disse que era pra você? — respondi grossa pra ele aprender e não mostrar o quanto eu estava chateada. Me soltei dos seus braços e corri pro banheiro, querendo chorar. ★Dica 256 = Seja grosso para não mostrar que está chateado (até porque dar patada nos outros chega até a ser divertid
Ela me ajudou a retirar a maquiagem. Estava toda borrada por causa do meu choro. Saiu tudo em poucos minutos. Pelo menos no rosto, eu era a simples e comum Alessandra (tirando o fato de que eu tenha continuado com o batom preto). — Geo, você tem lápis?— questionei.—Eu tenho que usar alguma coisa além do batom. — Claro, Ale. Eu sempre carrego lápis. Não dá pra viver sem ele. ★Dica 261 = Tenha uma amiga que carrega qualquer tipo de maquiagem em sua bolsa (desculpa, diário, eu tinha que fazer uma dica dessas).★ Passei e agora sim, verdadeiramente, eu era a comum Alessandra. — Geovanna, eu acabei de pensar e... O que você acha de ressuscitarpor alguns minutos nossa antiga banda?
Todos aplaudiram minha performance. Minha música. Meu show. A minha pessoa. Eu fiquei tão feliz que no palco mesmo abracei minhas melhores amigas. E as palmas foram mais fortes durante nosso abraço em conjunto. Antes de sair do palco, dei uma rápida olhada pro Dani. Ele estava sério, mas não me olhava. Fora do palco, fui recebida pela Carol querendo me matar. — Você arruinou minha festa! — rosnou ela. — Não, querida. Eu apenas melhorei. — Dei uns tapinhas na sua cabeça como se ela fosse uma cadela (e era mesmo) e saí ao encontro do Henrique. Ele me recebeu com um abraço. — Você foi estupenda. — Agradecida, mesmo não sabendo o que significa essa palavra. — E
— Fique aqui— pediu ele. — Está louco? O salão está pegando fogo! — Não confia em mim o bastante? — Dani, me solta. Me deixe livre de você. ★Dica 271 = Peça liberdade (ainda mais se for um maluco que quer te manter num salão em chamas).★ — Eu te imploro pra que fique. — Eu não vou morrer por sua causa. — Confia em mim. — Dani, me solta! — gritei e me soltei de seus braços, mas usei muita força e acabei caindo no chão. Ele me ajudou a levantar e segurou meu braço novamente. — Hello kitty...&
— Não— disse ele em seguida.—Estou perguntando da outra maneira. Da maneira que se sente depois dos quatorze anos. — Amor? — Isso. Eu não sabia o que lhe responder, mas pensei em algo. — Eu não posso te dizer que sim. Ele pareceu um pouco chateado com a minha resposta. Eu não queria magoá-lo, apenas não queria confirmar meus sentimentos tão rápido. ★Dica 276 = Não confirme seus sentimentos rápido demais (mesmo que você esteja num momento romântico como no meu caso (diário, você não sabe como eu estou sofrendo por causa disso TT-TT).★ Mais uma vez foi o silêncio que tomou co
3 de Julho de 2014 Acordei com as garotas gritando em meu ouvido. — Caramba, por que não me deixam dormir? — resmunguei. — Ale, você mesma disse que iria pra casa de seu pai e que estava ansiosa para ver uma pessoa em especial— explicou Eliana. — Ah, é mesmo. — Me levantei ainda sonolenta. — Obrigada. Comecei a arrumar minha mala que estava totalmente bagunçada. Quando terminei, tomamos um longo e delicioso café da manhã. A mãe da Geovanna cozinha de uma maneira surpreendente. Ela consegue transformar simples ovos e bacon em um banquete altamente delicioso. Se ela fosse uma cozinheira profissional, ganharia muito dinheiro. Queria muito ter uma mãe que pudesse cozinhar assim. En
Ela deixou os biscoitos de lado e sentou ao meu lado na mesa. — A culpa não é sua, minha linda. — Mas eu... — Esqueça tudo. Todas as lembranças ruins tem que sumir. Afirmei com a cabeça apenas para deixar minha madrinha feliz. Eu queria negar. Queria poder recompensar meu erro, só que não podia. Não tinha como. Eu era incapaz de fazer qualquer coisa. — Vou tentar — disse por fim, deixando um pouco da minha tristeza transparecer na voz. Após eu comer poucos biscoitos por estar chateada com a vida, pedi licença e fui para meu pequeno quarto de hospedes (que era grande demais pra eu chamar assim, mas okay). Deitei lentamente, tentando não amassar a colcha, só que fora em vão. Eu queria ficar ali