3 de Julho de 2014
Acordei com as garotas gritando em meu ouvido.
— Caramba, por que não me deixam dormir? — resmunguei.
— Ale, você mesma disse que iria pra casa de seu pai e que estava ansiosa para ver uma pessoa em especial — explicou Eliana.
— Ah, é mesmo. — Me levantei ainda sonolenta. — Obrigada.
Comecei a arrumar minha mala que estava totalmente bagunçada. Quando terminei, tomamos um longo e delicioso café da manhã. A mãe da Geovanna cozinha de uma maneira surpreendente. Ela consegue transformar simples ovos e bacon em um banquete altamente delicioso. Se ela fosse uma cozinheira profissional, ganharia muito dinheiro. Queria muito ter uma mãe que pudesse cozinhar assim.
En
Ela deixou os biscoitos de lado e sentou ao meu lado na mesa. — A culpa não é sua, minha linda. — Mas eu... — Esqueça tudo. Todas as lembranças ruins tem que sumir. Afirmei com a cabeça apenas para deixar minha madrinha feliz. Eu queria negar. Queria poder recompensar meu erro, só que não podia. Não tinha como. Eu era incapaz de fazer qualquer coisa. — Vou tentar — disse por fim, deixando um pouco da minha tristeza transparecer na voz. Após eu comer poucos biscoitos por estar chateada com a vida, pedi licença e fui para meu pequeno quarto de hospedes (que era grande demais pra eu chamar assim, mas okay). Deitei lentamente, tentando não amassar a colcha, só que fora em vão. Eu queria ficar ali
Mesmo com o banheiro encharcado, coloquei a toalha em um lugar qualquer e entrei devagar, tomando cuidado para não deixar que caísse mais água no chão. Meu pai vai me matar. Eu só queria ficar ali, viajando em meus pensamentos. O que mais passou pela minha cabeça, era querer saber o motivo ao qual o Dani queria ficar com uma foto minha. Ele sempre tem algo a esconder de mim e eu sempre sou uma pessoa aberta demais. Estou começando a achar que eu deveria me fechar mais. Ter meus próprios segredos. ★Dica 291 = Não seja uma pessoa aberta o tempo todo. Tenha seus próprios segredos (ou você pode acabar igual a mim com uma foto particular na mão de outra pessoa).★ Tomei um banho rápido e mesmo sabendo que meu pai me mataria, deixei o banheiro molhado.
Olhei nos seus olhos. Ela podia notar a tristeza nos meus e eu podia notar a tristeza em seus olhos. Parecíamos que tínhamos vindo de um enterro ou um teatro triste. — Poderia me levar para casa amanhã?— pedi.—Não quero mais incomodar. ★Dica 296 = Tenha consciência de quando estiver incomodando (só... não chora, tá legal?).★ — Ale, não precisa agir assim, você não incomoda ninguém. Fique, por favor. — Não insista. Apenas me leva amanhã pra casa. — Me desculpe. Vou te levar amanhã. — Quando eu acordar. Ela assentiu e foi embora, fechando a porta. Seria melhor assim. Pior do
Tudo estava apagado. Aquilo me deixou assustada. Quando fechei a porta, deixei minha mala ao lado e continuei caminhando assustada pela casa. Até mesmo o som da minha respiração me deixava assustada. Perto da sala, comecei a ouvir goles em algum tipo de bebida. Me aproximei, tentando me manter silenciosa e ali estava uma senhora de cabelos negros com alguns fios grisalhos sobre eles, à luz de um abajur bege e segurando uma taça de vinho. Ela estava sentada em uma poltrona marrom. Minha mãe. — Você sabia que ele é bilionário? — sua voz era calma, porém, assustadora. — De quem você está falando? — Eu me aproximava devagar. — Não se finja de boba. Estou falando do seu pequeno romance com o Dani. — Somos amigos e você não tinha qu
— Tudo bem. Ela assentiu chateada e fechou a porta de maneira delicada. Como ela pode tentar mentir sobre um assunto tão sério? Já basta eu ser obrigada a morar com ela, agora tenho que aguentar ela tentando interferir na minha vida pessoal? Isso não é justo. E a minha privacidade? Onde ela está? Só porque ela é minha mãe, não quer dizer que ela tenha direito de querer saber sobre minha vida. ★Dica 306 = Não esqueça que é você que cuida da sua vida pessoal e privacidade (ainda mais quando sua mãe tenta enfiar histórias bobas na sua cabeça).★ Deitei e consegui adormecer, só que com a consciência pesada. Eu deveria concordar ou discordar da minha mãe? Ou ela estar&aacut
Ela abriu a porta do quarto com muita cautela, para ter certeza de que ele estava ainda dormindo. E ele estava. Em seu quarto, havia algumas roupas espalhadas, papeis jogados sobre uma mesa, latas de energéticos jogados também sobre aquela mesa e seu celular também estava ali, com uma luz indicando que ele tinha recebido mais uma mensagem. Ele estava completamente enrolado até o queixo. Sua cama não estava tão bagunçada como a minha ficaria se fosse eu dormindo. — Olha só a bagunça que esse garoto fez ontem à noite — ela dizia enquanto pegava algumas das roupas do chão e as guardava. Eu não conseguia dizer alguma coisa. Eu queria só ficar parada, olhando aquele quarto e tentando imaginar o que havia acontecido ali. — O que aconteceu? — perguntei t&a
Me aproximei de seu celular piscando, querendo indicar que tinha uma nova mensagem. Eu sei que é errado espionar o celular de outras pessoas, mas qual é, estamos falando do meu melhor amigo que quase não me conta nenhum segredo — que agora ele sofra as consequências de quase nunca ter me contado alguma coisa. ★Dica 316 = Se seu melhor amigo não lhe conta nenhum segredo, olhe as mensagens dele (mete logo o “dane-se” se ele vier de mimimi pro teu lado).★ A primeira mensagem que eu quis olhar era a nova que ele tinha recebido perto das três da madrugada:Kimberly: Dani, responde seu idiota -.-' não vai me dizer que dormiu? Isso que dá querer competir com a mestre que consegue passar a noite acordada u.u Então
Ele pareceu rir e logo estendeu a mão para me ajudar a levantar. Caminhamos lado a lado e perto da porta de entrada, ele pegou duas chaves. Assim que ele abriu a porta, notei que por alguns segundos ele estava me fitando. Depois que ele percebeu que eu havia percebido, ele sacudiu a cabeça e fechou a porta depois de termos saído. — Qual será o carro eu irei destruir? Ele riu. — Você não vai destruir nada, Hello Kitty. — Como pode ter certeza? — Eu não tenho. É apenas um palpite. — Então tecnicamente você ainda acredita que eu possa destruir um carro? — Talvez. Dei um soco leve em seu braço e ele riu disso. — Pela primei