Luna e Nathan chegaram ao círculo de sacrifício, onde a bruxa os esperava. Jane ainda não sabia que Luna havia quebrado o feitiço que ela lançara sobre Nathan. Mesmo odiando aquela situação, Nathan continuava esperando que tudo se resolvesse. Em seu estado atual, ele odiava muito mais Jane do que Luna. Deixaria a garota para o final, por enquanto. Tentaria se livrar da mulher experiente que o dominara, esperando que ele fizesse tudo conforme o seu desejo. Em poucos passos, perto das grandes pedras que rodeavam o altar, Luna sentiu a magia e o poder emanando daquele lugar. Quando pisasse dentro do círculo, estaria presa, e talvez seus poderes não surtissem efeito. Ainda era uma menina com muito a aprender sobre si mesma e seus poderes. Mas o destino parecia acelerar esse processo. Ela não sabia a extensão do seu poder, mas tentaria usar toda a força possível para derrubar Jane. Eles fingiram que nada estava acontecendo. Nathan parou-se a dois passos do círculo de pedra. Já Luna atrav
Adrian, em sua forma de lobo gigante, sentia nas entranhas o perigo que Luna estava correndo. Mesmo inconsciente, era guiado apenas pelo instinto feroz de lobo. Corria com tanta avidez e desespero que, em poucos minutos, chegou ao local onde ela estava presa e torturada. Parou antes de se revelar e encontrou seu pai desacordado. Foi até ele, cheirou-o e constatou que, embora inconsciente, ele ainda estava vivo.Com cautela, Adrian deu a volta e viu a cena: Luna estava deitada sobre uma grande pedra, enquanto a bruxa pairava sobre ela, canalizando uma energia sobrenatural visível a olho nu. A ligação entre Adrian e Luna era tão poderosa que ele conseguia enxergar o feitiço de aprisionamento como uma parede transparente, claramente visível.Aos poucos, sua consciência foi tomando forma, mesmo em estado de lobo. O medo de perder Luna era palpável, quase entrando em desespero. Ouviu as folhas mexendo e percebeu que seu pai estava acordando, observando-o fixamente, atordoado.Adrian queria
Luna olhou em volta e viu tudo o que estava acontecendo com as pessoas que ela amava. Sua mãe, por algum acaso, tinha acordado e despertado algum poder que estava reprimido, as ancestrais, lutavam contra bestas das sombras, assim como Adrian, que havia se transformando por completo.Quando focou em Jane, Luna estava tão furiosa que sua raiva a cegava.— Não tem para onde correr. — disse a mulher, como se tivesse vencido a batalha. — Com o caos sob o meu domínio, não há nada que eu não possa fazer.Luna sorriu de um jeito que deixou a bruxa confusa. Jane franziu o cenho e se aproximou da garota, que ainda estava sentada na pedra. Luna não estava totalmente consciente naquele momento. Sua raiva estava secando, permitindo que tudo florescesse em seu corpo. As ancestrais do lado de fora estavam conseguindo quebrar a barreira criada pela bruxa, o que chamou a atenção de Jane, que se virou para testemunhar o fato. Parecia que eram tesouros sendo quebrados um por um, dando à Luna uma sensaçã
Por um breve minuto, me perdi em mim mesma. Estava mais do que confusa. Senti medo de mim mesma. Assim como todos eles. Tudo que eu me lembro é que eu estava com a mãe da raiva. É que eu queria proteger as pessoas que eu amava. Eles estavam sendo atacados. Nem imaginei fazendo coisas que normalmente não aprovo, como por exemplo: esganar a bruxa. Olha onde você é uma mulher, que está no chão, totalmente diferente da professora de literatura. Aos poucos a minha memória volta, e consigo ter noção do que aconteceu. — O que eu fiz? — O olhei ainda confusa. Senti a minhas mãos pegar fogo. Assim como a minha raiva, minutos antes. Tudo que eu menos queria era me descontrolar dessa forma. — eu machuquei alguém? Adrian permaneceu me encarando, com o cenho franzido. Eu queria poder entrar em sua mente e saber o que ele está pensando de mim. Entretanto, eu não vou usar os meus poderes como esse propósito, sem que ele queira. Eu não sou esse tipo de pessoa. Não quero machucar ninguém, nem i
Ele estava presenciando uma briga entre Adrian e seu pai, pensando que poderíamos usar este tempo para fazer alguma coisa. Não dava para convencer Nathan de alguma coisa naquela hora. Então, eu resolvi agir, assim como queria as minhas ancestrais e minha avó. Voltei para o altar, onde eu me concentrei. Buscar uma alternativa e alguma resposta para quebrar aquele feitiço. Dentro de mim mesmo, eu senti o poder que emanava da cidade, inclusive daquele altar, que era a ligação mais forte com o Bruxa do Mordeal. Eu teria que lutar contra este poder, mas ela não era exatamente como Jane, aquela que acabo de derrotar. Na verdade, a Bruxa primordial tem um poder mil vezes maior e, de alguma forma, ela ainda vive aqui. — O que está fazendo? — Minha mãe apareceu. Ela ainda continua preocupada. Claro, uma matilha estava ao nosso redor. Éramos duas, pois todas as outras já estavam mortas, entretanto, eu não tinha interesse em brigar com os lobos. — Temos que voltar para casa.— Não posso ir até
Essa foi a noite em que mais dormi bem desde que cheguei nesta cidade. Acho que eu estava tão esgotada com tudo que havia acontecido que minha mente simplesmente se desligou quando deitei na cama. Eu sabia que assim que o dia amanhecer, se eu tivesse que me levantar e viver a minha vida, eu tinha que resolver algumas coisas. Mas naquele momento eu só pensei em fechar os olhos e nunca mais acordar. Entretanto, o despertador novamente me fez voltar à realidade e eu não queria ter que levantar da cama. Sente-se a vontade de levá-lo contra a parede, mas eu não queria ter que comprar outro nem reprogramar. Quando vestia minhas roupas e saí do meu quarto, aquela sensação de estranheza e medo fez com que eu sentisse um frio na barriga. Eu não estava enfrentando um novo inimigo, iria enfrentar o meu pai. Desde a noite passada, nós não falamos nada. Na verdade, aposto que ele ficou confuso ao acordar hoje de manhã em sua cama. Caminhei até a escada e desci os degraus bem devagarzinho, tentand
Voltar a escola depois do que aconteceu, parecia estranho. Eu não era a mesma garota de antes, ja ha um bom tempo, e acreditei que: celando a minha divida eu estaria livre para ser quem sou novamente, entretanto, não era o que estava acontecendo.Os alunos estavam barrulhentos, como sempre, porém, dentro de mim, havia um eco que estava em camera lenta, enuqnato eu passava pelos colegas de escola.o Crime, contra Kate, foi, quase, esquecido, mas seus pais ainda busca o culpado. Era obvio que sim, A filha deles foi tirada dos seus braços de uma forma brutal e a polícia local não parecia se importar. Mas eles se importavam mais do que todos imaginavam. Só não podia dizer que a assassina era uma bruxa, dos quais tentaram e conseguiram impedir que cometessem novos crimes, e que novos existissem bruxas e tudo mais. Não acho que a cidade simplesmente aceitaria tal justificativa. Então, estavam tentando arranjar uma nova desculpa para isso. Uma que fizessem os pais se tranquilizarem sabend
Eu sinceramente não faço ideia do que fazer. Não quero que nada de ruim aconteça com o Adrian. Eu o amo e ele é muito mais do que só um namorado. Pensar em viver longe dele depois de tudo o que aconteceu é como um interrupto psicológico onde eu estaria no próprio inferno. Mas, se o que Nathan falou foi verdade, significa que você é a ruína dele ou da família dele, e não é o que eu quero. Eu não vim até aqui para prejudicar o Adrian, muito menos o pai dele. Não faço ideia do que significa ser a ruína dele. Mas, sobre profecias, eu entendo. Mesmo que você tente mudar tudo o que ainda acontece. Sei que devo ser lógica e deixar o sentimental para depois. Mas eu estava falhando. Parece que mesmo tirando algumas coisas do meu caminho, sempre aparecerão outras para impedir que eu fique em paz. Neste exato momento estou olhando fixamente para frente. Mas, não escuto nada do que o professor está falando. Minha mente está imersa em meus próprios pensamentos. Só consigo voltar ao mundo real quan