Eu sinceramente não faço ideia do que fazer. Não quero que nada de ruim aconteça com o Adrian. Eu o amo e ele é muito mais do que só um namorado. Pensar em viver longe dele depois de tudo o que aconteceu é como um interrupto psicológico onde eu estaria no próprio inferno. Mas, se o que Nathan falou foi verdade, significa que você é a ruína dele ou da família dele, e não é o que eu quero. Eu não vim até aqui para prejudicar o Adrian, muito menos o pai dele. Não faço ideia do que significa ser a ruína dele. Mas, sobre profecias, eu entendo. Mesmo que você tente mudar tudo o que ainda acontece. Sei que devo ser lógica e deixar o sentimental para depois. Mas eu estava falhando. Parece que mesmo tirando algumas coisas do meu caminho, sempre aparecerão outras para impedir que eu fique em paz. Neste exato momento estou olhando fixamente para frente. Mas, não escuto nada do que o professor está falando. Minha mente está imersa em meus próprios pensamentos. Só consigo voltar ao mundo real quan
A noite caiu rapidamente sobre a floresta densa, engolindo o dia em um manto de escuridão tempestuosa. As nuvens pesadas formaram-se com uma velocidade assustadora, lançando trovões que faziam tremer até as almas mais corajosas da cidade. Relâmpagos rasgavam o céu, iluminando brevemente a paisagem sombria e enchendo o ar de eletricidade e tensão. Luna, com seus poderes místicos, flutuava suavemente sobre as copas das árvores, seus pés mal tocando as folhas úmidas enquanto descia. A floresta, já um lugar de mistério e perigo, estava agora imersa em um caos palpável. Ela sabia que Nathan estava em apuros, perseguido por uma besta demoníaca que parecia saída dos piores pesadelos. O uivo distante da matilha reverberava pelo ar. O Alpha estava em perigo, e Luna sabia que precisava agir rápido. Fechando os olhos, ela se concentrou, sentindo cada nuance do ambiente ao seu redor. O vento sussurrava segredos, as folhas sibilavam canções antigas, e os troncos das árvores altas guardavam história
A Floresta dos Anciões A floresta parecia um lugar mágico, mas naquela noite, suas sombras escondiam um terror profundo. Nathan foi carregado para a casa dos anciões, situada no coração da floresta. Adrian, com o coração acelerado e mãos trêmulas, acompanhava o pai, sentindo o peso da responsabilidade. Não podiam levar o alfa para o hospital, não podiam tratá-lo como um humano comum. As feridas que cobriam o corpo de Nathan eram profundas e estranhas, irradiando uma energia maligna que impedia qualquer tentativa de cicatrização. Adrian observava com angústia enquanto os anciões preparavam ervas e ungüentos especiais. A dor de seu pai era insuportável, seus gemidos ecoando na casa de madeira, transformando a noite em um pesadelo. As feridas, em vez de se fecharem como normalmente aconteceria com um lobo, permaneciam abertas, pulsando com um brilho sinistro. O jovem não conseguia afastar a imagem da criatura que os havia atacado. Seus olhos frios, inumanos, perseguiam seus pensamentos,
Eu não fazia ideia de como ajudar nesta situação. Óbvio que usar os meus poderes para deter algo ou voltar a quebrar um feitiço parecia mais fácil do que descobrir como ajudar um ser sobrenatural que geralmente se cura sozinho, a ficar bom usando minhas habilidades graças a ferimentos causados por uma besta do inferno.Eu nem sabia como jogar aquele ser maléfico de volta para de onde ele veio. E acredito que sim, meus poderes se despertam e fazem tudo o que eu quero, basta eu pensar.Porém, não posso fazer isso com a vida de alguém mesmo, não desta forma. Claro, eu estava muito nervosa, como sempre. Tudo isso era muito novo. Além de ter fugido de casa na madrugada, eu sentia que estava sendo observada e não era a Deus e eu mudar a cadeia.Era por alguém, alguém maléfico, que estava aqui para estragar tudo. Eu já estava cansada de sempre ter que salvar alguém, de proteger alguém, de usar os meus poderes.Eu só queria ser normal, uma pessoa que estuda, namora, faz coisas normais, não lu
Eles estavam no meio do frio da floresta, com a névoa densa envolvendo-a como um véu sombrio. Cada inalação trazia consigo a sensação de fracasso e impotência. Sua visão interior mostrava claramente Nathan, acorrentado e sofrendo sob a tortura incessante dos demônios do inferno. Ela podia ouvir seus gritos de dor ecoando em sua mente, mas estava impotente, presa no mundo dos vivos, incapaz de atravessar a barreira que separava os reinos. Adrian estava ao seu lado, cabisbaixo e em silêncio. O peso do desespero e da decepção pairava sobre eles como uma nuvem carregada. Luna sentiu um aperto no peito, uma mistura sufocante de tristeza e culpa.Adrian tinha vindo até ela em busca de esperança, mas tudo o que ela conseguia oferecer eram visões terríveis e a incerteza de um plano que talvez nunca se realizasse. Ela estendeu a mão para Adrian. Quando ele a segurou, seus olhares se encontraram. Os olhos verdes de Luna estavam marejados, refletindo sua própria frustração. Ela abriu a boca para
- A bruxa primordial está aqui. - Luna estava nervosa. Seu coração batia tão rápido que mal podia respirar. - Por minha causa.O burburinho das bruxas causou ainda mais apreensão nela, que começou a suar frio. Todas sempre falam o quanto ela é poderosa, e pode destruir a primeira bruxa, mas Luna pensava no quanto essa mulher podia fazer mal, antes que ela pudesse descobrir como fazer isso.- Isso era um risco - disse a avó, a deixando perplexa. - Está Provavelmente irritada por sentir que a sua maldição foi, parcialmente, quebrada.- Vocês sabiam que ela viria atrás de mim? - Luna estava exalada. Olhou para as mulheres, que não se sentiam nenhum pouco culpadas. - Eu libertei a alcateia da prisão, mas abri uma porta para que a primeira bruxa viesse e os machucassem. O que faz de nós, melhor que ela?- Fique calma - Pediu a mulher, que amava muito sua neta, e sabia do seu potencial. Entretanto, naquele ponto, Luna começava a nutrir uma raiva, fora do comum. Isso era perigoso, pois quand
"Se for, não tem mais volta." Era o que a minha consciência dizia. Eu não sabia o que era ou como conseguia me influenciar, mas era mais forte do que eu. Sim, eu estava com medo. Medo do que seria esse livro, entretanto, eu estava em um beco sem saída, depois que o coven falou sobre não poder trazer a alma do alfa de volta, eu tinha que arranjar uma forma de trazê-lo.Minha consciência estava em divergência, uma parte dizia que: dar ouvidos a essa ideia que surgiu de um sussurro, era péssima e que as consequências disso poderiam ser irreversível. A outra parte, clamava para ser liberta, estava empolgada com a minha aceitação, e naquele instante, deu ouvido a essa parte.Minhas mãos suavam. Fui até um ponto distante daqueles que sempre vou para entrar em contato com o coven, pois achava que elas poderiam ouvir, ou saber, o que eu estava fazendo. Bem, esse era um bom exemplo do que não fazer. Se sei que será reprovado, significa que é errado.— Não importa. — Falei para mim, em voz alt
Enquanto Luna se aventurava no corredor da floresta amaldiçoada, seguindo o rastro sombrio até o Livro das Sombras, Adrian via a Alcateia, se aproximar.Eles estavam praticamente acampados em frente à Casa dos Anciãos, onde o Alfa permanecia em sua tortura demoníaca, com sua alma presa no inferno e seu corpo na terra, sofrendo os efeitos disso.Todos os dias, a cada momento, um grupo se aproximava para saber sobre o estado dele.Era como se sentissem a dor e o sofrimento dele, e isso causava muita raiva em alguns. Nathan era a rocha e a cola que unia todos eles.Apesar de suas atitudes frequentemente controversas, ele havia sido escolhido para substituir o pai.Desde o início, o homem fazia de tudo para proteger a alcateia. Houve sacrifícios. Ele tentava a todo momento parecer um homem comum e bem-sucedido.Protegia a cidade dos estranhos, montava estratégias para tornar aquele lugar o mais pacífico possível.Claro, não era possível evitar tudo. A cidade não era uma propriedade do Alf