~CAPÍTULO 29~~BRIANHá risadas esparsas, rapidamente se dissipando no vazio do enorme espaço. — Você perdeu a cabeça, Luca. Nunca pensei que veria esse dia. Eu não achei que você fosse. Ele parece procurar por palavras. — Susceptível. Mas acaba agora. Não posso mais permitir sua influência perturbadora em nossos negócios. Ele fez sua declaração, e ele muda para trás em seus calcanhares, expectante, olhos escuros afundados em sua testa enrugada. Mesmo assim, Luca não diz nada. Esses olhos brilham de raiva. — Então, eu dou a você uma escolha. Diz ele, projetando sua voz para que pareça mais forte. — Faça-a como você fez com Rosario seja rápido, tire-a de seu sofrimento. Ou eu deixo todos terem outra chance com ela pelos velhos tempos, e se ela sobreviver a isso, nós bateremos seu lindo rosto contra este chão até que ninguém possa identificá-la quando a tirarem do rio. Eu sufoco um grito e caio; a articulação do meu ombro queima quando meu peso cai contra o aperto firme de Nick
~~CAPÍTULO 30~~BRIANLuca cutuca o joelho mutilado de Giovani com sua arma. Os gritos dele ricocheteiam no teto de metal corrugado. Luca inclina a cabeça. — Deve ser horrível. Aqui está você mais fraco do que eu. Posso fazer o que quiser e você tem que aceitar. Você está assustado? Luca sorri de alegria. —Você está com medo, não está?Giovani não responde. Ele grunhe enquanto tenta se afastar, mesmo que seja inútil. Eu não posso evitar a pena. Já estivemos bem juntos uma vez. É um borrão agora, mas havia noites no clube, as flores habituais e conversa doce antes que ele descobrisse quão genuinamente fácil eu era. Como ele poderia usar as mãos, e eu choraria e ficaria de mau humor, mas não iria a lugar nenhum. — Brian. A voz de Luca é gentil. Ele flui pelo espaço. — Onde ele bateu em você? Meu cérebro não consegue entender a pergunta. — No apartamento dele?— Na cara? Costelas?Como ele pode estar me perguntando isso agora? É uma caixa trancada. Eu saí de lá e nunca mais olhe
~~CAPÍTULO 32~~LUCAMesmo três meses depois, ainda há cautela nos olhos de Brian. Ela está acomodada, voltando a ficar vagando pela casa e importunando Mariano ou Sal para levá-la ao shopping. Ela sabe que não pode ir a lugar nenhum sem proteção. Todos na organização caíram na linha, mas isso não significa que não haja facas sendo afiadas. O manto do poder já passou e, para alguns, é uma oportunidade, mas para outros é o fim de uma era da qual não estão dispostos a abrir mão. Dante quer atrair seus inimigos para fora e acabar com eles com uma fila de tiros. Por mais sofisticado que ele seja em termos de estilo, suas noções sobre o manejo do poder são básicas para caralho. Observei que, quando o dinheiro continua fluindo sem ser perturbado, os sentimentos inevitavelmente se acalmam e as lealdades devem se realinhar com a realidade. Os sobreviventes Biancos e Amatos já beijaram o anel. Os Grazianos sempre foram cabeça dura, mas os filhos são muito jovens para se comprometerem com
~~CAPÍTULO 34~~ BRIAN Eu inclino minha cabeça para trás e a descanso na curva de seu pescoço. Eu ganhei a partida de xadrez. — Mais sorte da próxima vez. Eu acaricio o local sob sua orelha. Tem um leve cheiro de colônia. O primeiro cheiro hoje que não revirou meu estômago. Ele já está configurando o tabuleiro novamente. — Isso deveria ter funcionado. Ele dá um beijo no topo da minha cabeça. — Talvez idiota, talvez. Ele ri. — Estou trabalhando nisso há dias. — Perda de tempo. Eu assopro minhas unhas e dou polimento na minha blusa. — Você deve parar agora para que possamos assistir TV. É uma merda ver você se envergonhar uma e outra vez. Uma risada baixa reverbera nas minhas costas. Ele adora quando eu falo com força. A névoa de irritação que tenho sufocado hoje clareia um pouco. Eu expiro e enrolo meus dedos nos dele, inclino sua mão até que ele esteja embalando minha barriga. Ela é muito ativa. Talvez ele a sinta. Talvez ele pare de esquecer e chama-la assim.
~~CAPÍTULO 1~~BRIANSubo as escadas de mármore polido, balançando minhas sacolas de compras e, magicamente, exatamente quando chego ao topo, Mariano abre a porta da frente. — Ele quer você em seu escritório. Diz Mariano, seu rosto enrugado em branco e sua voz rouca. Mariano nunca é amigável, mas isso é diferente. Não é bom. Meu estômago despenca. — O que há de errado? Luca está bem?Ele foi ferido? É sempre uma possibilidade. Luca é um homem de dinheiro, mas mesmo os homens de dinheiro podem tomar frente. — Ele está bem. Vamos. Mariano já está me impulsionando pelo cavernoso hall de entrada.— Tem certeza? Ele está me assustando. Seu aperto é muito forte, como se ele pensasse que eu poderia fugir. — Não se preocupe com Luca.Mariano não olha para mim e a maneira como ele diz isso implica que eu deveria estar preocupada. Talvez para mim. Eu não fiz nada, no entanto. O lado da família de meu pai fazia o possível para me ensinar a vergonha e como ser uma “boa mulher italiana”
~~CAPÍTULO 2~~BRIANEu estremeço. Ele nunca trouxe a família do meu pai antes. E desde que estamos juntos, ninguém mais também. — Luca. Eu imploro. Não tenho certeza do quê. Confiança. Misericórdia. Libertação. Ele me joga de seu colo, e eu caio no chão com um baque estridente, braços e pernas na cintura, meu pulso dobrado para trás para o lado errado. Uma dor aguda e aguda irradia pelo meu braço. Ele se põe de pé, um metro e oitenta e cinco quilos de músculos magros e uma raiva fria. Eu me levanto, correndo para colocar a mesa entre nós, segurando meu pulso. Eu nunca o vi assim à beira da violência. Ele está imóvel, exceto pela contração de seus dedos como se quisesse alcançar sua arma. O pânico grita na minha cabeça. Corra, corra. Meu coração estúpido se estende por ele, no entanto. Este não é o homem que eu conheço. Onde está meu Luca? Onde está o homem que brinca comigo por horas e se delicia quando eu o ganho, que vem me procurar em momentos aleatórios durante o
~~CAPÍTULO 3~~BRIANFoi para todo mundo, disse Luca. Todos os homens que costumavam beber com meu pai antes de nossa família cair em desgraça. Todos os tios e primos honorários me viram levar no traseiro. Meu estômago ronca ameaçadoramente, embora eu não parei para almoçar. Eu estava correndo de volta para me maquiar antes que Luca chegasse em casa. Eu sigo o rastro de Mariano, entorpecida, o cérebro girando. Isso é melhor do que o turbilhão de sentimentos. Eu posso lidar com isso. O que eu vou fazer? Como Jorge pôde fazer isso comigo? Eu não o vejo há anos. E como Luca poderia ter acreditado? Eu não sou uma mentirosa. Ele sabe disso. Luca é um gênio. Ele é um homem quieto que mantém seu próprio conselho, mas de alguma forma sabe tudo. Ele passa seus dias jogando no mercado, mestre de um sistema que nenhum de nós entende. Sou simples em comparação. O que você vê é o que você obtém. Como ele não me conhece agora? Estou apenas meio consciente de sair de casa, tropeçar esca
~~CAPÍTULO 4~~BRIANEu me sinto um zumbi. Meu corpo está se movendo, mas meu cérebro está livre, vagando em todas as direções. Meu estômago está começando a doer de fome. Eu tomei café da manhã? Ou eu estava muito animada para ir às compras? A loja de jogos me ligou para dizer que o conjunto de gamão sob medida que eu pedi para Luca havia chegado. Ele ia ficar tão feliz. Ele me daria um de seus sorrisos tensos, a mais leve curva de seus lábios firmes, mas eu saberia que ele estava satisfeito. Sinto uma pontada aguda no meu coração. Eu respiro através disso. Essa deveria ter sido minha primeira bandeira vermelha. Que tipo de homem nunca mostra os dentes quando sorri? Dou a volta para encontrar Mariano atrás do carro. Ele coloca minha mala de rodinhas na calçada e coloca a mochila em cima. Sua mão repousa na alça estendida. Ele me encara, a testa franzida, parecendo cada centímetro um detetive grisalho de um programa de TV dos anos 70. Mariano e eu não somos amigos de forma alg