Pov Ragnar
Assim que sinto Laura se afastar os Guardas chegam preocupados comigo, por não os responder pela conexão mental, o beta da matilha também foi avisado e logo chegou atrás deles, perguntaram sobre os vampiros e eu não quis falar de Laura, disse que era alguém sozinho que pareceu somente estar de passagem sem representar perigo e que já não estava mais perto das nossas terras, o beta Jarek logo sugeriu redobrar os Guardas na fronteira eu neguei, achava que Laura não representava perigo e até me sentia curioso para que ela invadisse meu território novamente, falei aos Guardas que eu mesmo gostaria de fazer algumas rondas daquele dia em diante. - voltei a minha cabana estava inquieto meu lobo Alek havia se trancado no fundo da minha mente parecia estar escondendo algo ao mesmo tempo aquela vampira estava em meus pensamentos os dominando de forma estranha deitei na cama tentando afastar aqueles pensamentos lutei contra eles até adormecer. Os primeiros raios de sol romperam o horizonte, filtrando-se pelas copas das árvores que cercavam o vilarejo oculto da alcateia, a noite tinha sido difícil tive sonhos enigmáticos e la estava aquele vampira insolente perturbando meus sonhos, ainda era madrugada mas percebi que não ia dormir mais, então comecei a trabalhar ⁶revendo mapas e relatórios sobre as patrulhas noturnas. Desde o encontro com Laura, sentia-me dividido entre meus deveres como alfa e a inquietação que ela havia provocado em meu espírito. Meu lobo Lucian, permanecia silencioso, como se escondesse algo me bloqueava. A alcateia precisava de mim mais do que nunca apesar de ter me passado o comando meu pai estava sempre me ajudando e aconselhando agora que ele havia viajado eu devia assumir responsabilidade de uma vez por todas da proteção e liderança de nosso clã. Principalmente por que chagavam notícias de movimentações estranhas na fronteira. Enquanto organizava os documentos na mesa de madeira rústica do meu escritório, ouvi batidas firmes na porta. Antes que eu respondesse, a porta se abriu, revelando Jarek, meu beta, ele também havia sido beta de meu pai além de ser um amigo de longa data. "Ragnar, precisamos discutir sobre as fronteiras ao leste. Nossas patrulhas detectaram sinais de invasores desconhecidos aparentemente lobos errantes," disse Jarek, entrando com passos decididos. Assenti, gesticulando para que se aproximasse. "Estou ciente. Precisamos reforçar a segurança naquela área. Pode organizar uma equipe de elite para essa missão?" "Claro," respondeu ele, mas havia algo em seu tom que indicava mais. "A propósito, minha filha Freya está de volta ao vilarejo. Ela retornou após completar seu treinamento nas montanhas do norte." Levantei o olhar. "Freya? Faz tempo desde que partiu. Como ela está?" "Ela está ansiosa para contribuir com a alcateia," disse Jarek com um brilho de orgulho nos olhos. "E, devo dizer, tem perguntado bastante sobre você." Freya era uma jovem loba de espírito forte e habilidades impressionantes. Filha mais velha de Jarek, sempre demonstrara interesse em assumir papéis importantes dentro da alcateia. Seu retorno era um assunto comentado entre os membros, muitos acreditando que ela seria uma excelente companheira para mim, que fortaleceria ainda mais a liderança do clã, mas eu nunca a vi como uma possível companheira ela era como qualqueroutra loba da alcateia tínhamos um pouco de familiaridade por ela ser filha do beta e sempre estarem presentes em nossa casa . "Fico feliz que ela esteja de volta," respondi, voltando minha atenção aos mapas. Não era a primeira vez que Jarek insinuava uma possível união entre mim e Freya, mas minhas preocupações estavam voltadas para outras direções no momento. "Talvez você possa recebê-la pessoalmente," insistiu ele. "Tenho certeza de que ela apreciaria." Suspirei internamente. "Hoje estarei ocupado coordenando as defesas, mas encontrarei um momento apropriado para lê dar as boas vindas." Jarek pareceu desapontado, mas assentiu. "Como quiser, alfa." Após sua saída, senti um peso em meus ombros. Sabia das expectativas de muitos membros da alcateia sobre minha escolha de uma luna, e Freya seria, sem dúvida, uma candidata forte e capaz. Mas meu coração e mente estavam em tumulto, e não podia ignorar os sentimentos confusos que emergiam sempre que pensava em Laura.Pov Ragnar Mais tarde, enquanto caminhava pelo vilarejo, supervisei os preparativos dos guerreiros. Crianças corriam pelas trilhas, e os mais velhos compartilhavam histórias ao redor de fogueiras matinais. A vida na alcateia era pulsante, e eu sentia o dever de protegê-la a qualquer custo. -"Ragnar!" uma voz feminina chamou meu nome. Virei-me para ver Freya se aproximando com um sorriso radiante. Seus cabelos dourados brilhavam sob a luz do sol, e seus olhos azuis refletiam determinação. - "Freya, bem-vinda de volta," cumprimentei cordialmente. - "Obrigada. É bom estar em casa," respondeu ela, parando à minha frente. "Gostaria de compartilhar com você algumas das técnicas que aprendi durante meu treinamento. Acredito que possam ser úteis para a alcateia." - "Com certeza. Podemos agendar um momento para que apresente suas ideias aos capitães das guardas," sugeri. Ela pareceu hesitar, esperando por algo mais. então insistiu -"Também pensei que poderíamos aproveitar para...
Pov Freya Observei Ragnar se afastar, sentindo uma ponta de frustração. Desde que voltei, esperava que pudéssemos nos conectar, talvez até explorar a possibilidade de liderarmos juntos. Meu pai sempre falou sobre como uma união entre nós seria benéfica para todos. - "Ele parece distante," comentei para meu pai quando ele se aproximou. - "Ragnar carrega muitas responsabilidades," disse papi, tentando justificar. "Dê tempo a ele." - "Tem certeza de que é apenas isso?" questionei. "Sinto que há algo mais o preocupando." -meu pai suspirou . "Talvez. Mas você deve ser paciente, Freya. Ele reconhecerá seu valor." Pov Jarek Por dentro, sentia-me magoado pela indiferença de Ragnar para com minha filha. Sempre achei que nossa família poderia estar ligada não apenas pela lealdade, mas também pelo laço mais profundo entre Ragnar e Freya. Fui beta de Harald, sempre estive ao lado dele e, agora, de Ragnar. Contudo, essa situação incomodava-me profundamente, corroendo minha confiança
POV Ragnar A irritação ainda latejava em minha mente depois que Jarek deixou minha cabana. Desde o momento em que assumi como alfa, nunca o quis como meu beta. Não era uma questão de capacidade, mas queria alguém com quem tivesse mais em comum em quem pudesse confiar para qualquer coisa. Mas meu pai insistiu para que ele permanecesse no cargo ele acredita dever muito a Jarek e não quis que a sua aposentadoriasignificasse a dele também, pensei que poderia lidar com isso. Agora, suas constantes intromissões, especialmente envolvendo sua filha Freya, estavam começando a testar minha paciência. Sentei-me na cadeira por um momento, encarando o vazio. Freya era uma loba excepcional, ninguém poderia negar isso. Mas as expectativas de uma união forçada... Era algo que me prendia, sufocava. Minha prioridade era a alcateia, a segurança e o bem-estar de todos. Esse papel demandava tudo de mim, e eu não podia me dar ao luxo de comprometer minhas decisões com base em alianças pessoais. Ainda a
Pov Ragnar - No salão principal, os capitães e membros de confiança da alcateia aguardavam minhas instruções. Mapas estavam espalhados sobre a mesa central, destacando as áreas onde incursões haviam sido reportadas. O clima era tenso; todos sentiam a ameaça se aproximando. "Recebemos relatos de movimentações na fronteira leste," começou Jarek, meu beta. "Lobos errantes sem alcateia estão invadindo nossos territórios para caçar e roubar." Freya, ao lado de Jarek, acrescentou querendo parecer útil: "Eles agem sem ordem, mas são numerosos. Precisamos tomar uma atitude antes que se tornem uma ameaça maior." Assenti, mantendo a expressão séria. "Organizaremos uma patrulha imediata para a fronteira leste. Irei pessoalmente liderar este grupo. Jarek, cuide das defesas internas enquanto estivermos fora." Freya deu um passo à frente. "Alfa, permita-me acompanhá-lo. Conheço bem aquela região e posso ser útil." "Não desta vez, Freya. Preciso que você ajude com a segurança aqui. Confi
Pov Laura A mansão ancestral dos vampiros erguia-se imponente sob o céu noturno, seus vitrais refletindo a luz pálida da lua cheia. Nos corredores silenciosos, sombras dançavam pelas paredes adornadas com tapeçarias históricas. No escritório no topo da torre oeste, eu estava sentada diante de uma pilha de documentos, tentando me concentrar nos negócios que meu pai confiara a mim. Desde meu encontro com Ragnar, minha mente parecia um labirinto inescapável. A imagem daquele lobisomem alfa persistia em meus pensamentos, seus olhos intensos, a força contida em cada movimento. Era perturbador. Ele era o inimigo, alguém que eu deveria desprezar, mas havia algo nele que me intrigava profundamente. Suspirei, passando os dedos pelos cabelos escuros, tentando afastar essas distrações. Precisava focar nos tratados comerciais com outros clãs e nas rotas de suprimento de sangue para nossa comunidade. A responsabilidade era grande, e meu pai confiava em minha habilidade para gerir esses assun
Pov Laura Depois da perturbadora conversa com meu pai e Victor, procurei um pouco de paz no jardim da mansão. O luar banhava as flores e arbustos com um brilho suave, e o silêncio era quebrado apenas pelo som distante de um riacho. Caminhei lentamente pelos caminhos de pedra, tentando organizar meus pensamentos. Desde meu encontro com Ragnar, uma avalanche de sentimentos conflitantes tomou conta de mim. Ele deveria ser meu inimigo, mas havia algo nele que me intrigava profundamente. Não conseguia tirá-lo da cabeça, e a brutalidade de suas ações me causava uma mistura de fascinação e repulsa. Sentei-me em um banco de pedra, olhando para o céu estrelado. As memórias de minha própria história surgiram como fantasmas indesejados. Meu pai adotivo, Cassios, me encontrara à beira da morte quando eu tinha cerca de 17 anos. Estava gravemente ferida, sem memórias do que havia acontecido antes daquele momento. Cassios havia me salvado, cuidando de mim com seu poderoso sangue vampírico. D
Pov Ragnar A violência do confronto com os lobos errantes ainda ecoava em minha mente, como um tambor incessante. A brutalidade que usei havia sido desnecessária – chamaria atenção, e a última coisa que eu precisava era de olhares curiosos sobre meus movimentos e poderia passar uma imagem errada do alfa que sou, e não sei como outras alcateias, e o mundo sobrenatural veriam minhas ações. Esse pensamento me acompanhou enquanto eu retornava para a mansão da alcateia eu tinha trabalho a fazer no escritório, então essa noite não iria para minha cabana. Subi direto para meu quarto, o peso da noite pendendo sobre meus ombros. Após um banho quente, que deveria me relaxar, senti o oposto. A água escorrendo pela minha pele não conseguiu lavar as preocupações ou acalmar os demônios dentro de mim. Quando fui para meu escritório, esperava me distrair com trabalho – números, relatórios, qualquer coisa que pudesse ocupar minha mente. meus sentimentos me traíam. Descobrir que Laura era minha comp
POV Laura A noite parecia inquieta, e meu corpo rejeitava o descanso. Por mais que tentasse, não conseguia me aquietar. Alguma coisa, uma sensação inexplicável, parecia me chamar para fora. Por fim, desisti da luta contra a insônia e me levantei, vestindo um casaco leve antes de sair. O frescor da floresta me envolveu, e com cada passo, era como se algo me guiasse, puxando-me para a direção da fronteira.A princípio, não percebi para onde estava indo. Apenas segui o instinto, meus pensamentos vagando entre as sombras das árvores e o brilho distante da lua. Quando me dei conta, estava muito perto da divisa que separava meu território do deles, da alcateia de Ragnar. Meu coração acelerou. Os acontecimentos recentes ainda pairavam como nuvens escuras sobre mim, e estar tão próxima daquelas terras poderia trazer problemas. Mas, ao invés de recuar, fiquei ali. Algo me dizia que precisava estar naquele lugar, naquela noite.De repente, o vento trouxe até mim um aroma intenso e amadeirado.