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Capítulo 4: exercendo a liderança

Pov Ragnar

Mais tarde, enquanto caminhava pelo vilarejo, supervisei os preparativos dos guerreiros. Crianças corriam pelas trilhas, e os mais velhos compartilhavam histórias ao redor de fogueiras matinais. A vida na alcateia era pulsante, e eu sentia o dever de protegê-la a qualquer custo.

-"Ragnar!" uma voz feminina chamou meu nome. Virei-me para ver Freya se aproximando com um sorriso radiante. Seus cabelos dourados brilhavam sob a luz do sol, e seus olhos azuis refletiam determinação.

- "Freya, bem-vinda de volta," cumprimentei cordialmente.

- "Obrigada. É bom estar em casa," respondeu ela, parando à minha frente. "Gostaria de compartilhar com você algumas das técnicas que aprendi durante meu treinamento. Acredito que possam ser úteis para a alcateia."

- "Com certeza. Podemos agendar um momento para que apresente suas ideias aos capitães das guardas," sugeri.

Ela pareceu hesitar, esperando por algo mais. então insistiu -"Também pensei que poderíamos aproveitar para... conversar. Faz tempo desde que nos vimos."

- "Claro," respondi, mantendo meu tom formal. "As responsabilidades têm sido muitas, mas valorizo sua contribuição."

- Freya franziu levemente a testa, percebendo minha reserva. "Ragnar, se há algo que fiz para lhe desagradar, peço que me diga."

Balancei a cabeça. "Não é nada disso. Apenas tenho muito em mente no momento."

Logo Jarek surgiu, observando a cena aproximando-se de vagar, seus olhos refletiam uma mistura de expectativa e preocupação.

-"Alfa, precisamos de você na área de treinamento," anunciou ele.

- Assenti. "Estou a caminho."

Despeço-me de Freya com um aceno, e me sinto feliz por sair daquela situação que estava cada vez mais constrangedora, vou em direção ao centro de treinamento vendo que Jarek não me acompanha ficando ao lado de sua filha.

Enquanto atravessava o vilarejo rumo ao centro de treinamento, um propósito claro me tomava. Era ali, junto aos lobos soldados, que moldávamos a força que sustentava nossa alcateia. Os sons metálicos das espadas se cruzando e os gritos ritmados dos guerreiros em treinamento já ecoavam no ar.

Ao chegar, avistei filas organizadas de soldados concentrados, cada um executando movimentos coordenados sob o olhar atento dos instrutores. Kaleb treinador e guerreiro impecável aguardava ao lado de outros capitães, se aproximou para dar um relatório.

– "Alfa, as patrulhas foram reforçadas nos limites das nossas terras. Contudo, enfrentamos desafios no treinamento dos recrutas mais jovens. A disciplina deles é promissora, mas falta-lhes a experiência e confiança," informou ele.

– "Então devemos fortalecê-los através da prática," respondi com firmeza. "Organizem exercícios simulando cenários reais de batalha. Precisamos prepará-los tanto fisicamente quanto mentalmente."

Kaleb assentiu e voltou sua atenção para os comandantes, enquanto eu caminhei entre os soldados. Observei cada movimento, cada expressão. Para ser líder, era crucial conhecer a força e as fraquezas de cada membro da alcateia.

Enquanto passava, um jovem soldado hesitou ao cruzar meu olhar, demonstrando nervosismo. Parei diante dele.

– "Nome?" perguntei de maneira direta.

– "Bjorn, senhor," respondeu ele rapidamente, erguendo o queixo para aparentar confiança.

– "Bjorn, a hesitação é o maior inimigo no campo de batalha. Um soldado seguro de si move a alcateia para frente. Mostre-me o que pode fazer," ordenei, lançando-lhe uma adaga.

Bjorn arregalou os olhos, mas segurou a arma e assumiu posição de combate. O treino improvisado atraiu olhares, e todos pausaram para assistir. Testei a determinação dele, e para minha surpresa, vi potencial. Ele não era apenas força bruta, mas também sagacidade.

– "Muito bem," comentei após desarmá-lo com um golpe preciso, mas sem brutalidade. "Continue assim e terá meu respeito, Bjorn."

Deixei o jovem soldado com um leve aceno e retornei para observar os outros. A jornada era longa, mas cada passo na formação desses lobos soldados era vital para a sobrevivência de todos.

Minhas responsabilidades nunca me pesaram tanto, mas, ao mesmo tempo, sentia a chama de propósito aquecer meu coração. A alcateia dependia de mim, e falhar não era uma opção.

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