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Capítulo 6: Revelações sub a lua

POV Ragnar

A irritação ainda latejava em minha mente depois que Jarek deixou minha cabana. Desde o momento em que assumi como alfa, nunca o quis como meu beta. Não era uma questão de capacidade, mas queria alguém com quem tivesse mais em comum em quem pudesse confiar para qualquer coisa. Mas meu pai insistiu para que ele permanecesse no cargo ele acredita dever muito a Jarek e não quis que a sua aposentadoriasignificasse a dele também, pensei que poderia lidar com isso. Agora, suas constantes intromissões, especialmente envolvendo sua filha Freya, estavam começando a testar minha paciência.

Sentei-me na cadeira por um momento, encarando o vazio. Freya era uma loba excepcional, ninguém poderia negar isso. Mas as expectativas de uma união forçada... Era algo que me prendia, sufocava. Minha prioridade era a alcateia, a segurança e o bem-estar de todos. Esse papel demandava tudo de mim, e eu não podia me dar ao luxo de comprometer minhas decisões com base em alianças pessoais. Ainda assim, não era só isso que me incomodava.

Desde meu encontro com Laura, algo dentro de mim estava em silêncio. Meu lobo, antes tão presente, parecia estar trancado, incapaz de se manifestar. Era confuso e frustrante. Senti como se algo estivesse fora do lugar, como se uma parte de mim estivesse perdida. Precisava de um momento para clarear a mente. Levantei-me e saí em direção ao bosque, para o ponto onde havia visto Laura pela última vez.

A noite parecia mais fria do que o normal enquanto eu me aproximava do lugar onde havia encontrado Laura pela última vez. Minhas pernas me levaram até lá quase automaticamente, guiadas por uma necessidade que eu não compreendia completamente. O silêncio do bosque era opressivo, e meus pensamentos estavam tão tumultuados quanto as sombras das árvores sob a luz da lua.

Foi então que senti algo se agitar dentro de mim, uma presença que havia estado ausente por tempo demais. Lucian, finalmente, rompeu o silêncio que me atormentava há dias.

"Por que você esteve tão distante?" Questionei em minha mente, o tom mais acusador do que planejava.

"Algo aconteceu e está muito fora do meu entendimento tentei esconder e proteger você disso mas é impossível seus sonhos e pensamentos me mostrar que você ja sente o vínculo, então vou te contar a verdade espero queesteja pronto" ele respondeu, sua voz grave, carregada de emoção.

Meu peito apertou. "Pronto para o quê? O que você está escondendo de mim?"

Houve um momento de hesitação antes que ele finalmente falasse, a gravidade em sua voz quase tangível. "Laura, a vampira... ela é nossa companheira de alma."

As palavras atingiram-me como um trovão. Eu fiquei imóvel, minha mente incapaz de processar o que acabara de ouvir. Companheira de alma? Como isso era possível? Tudo que eu sabia sobre vampiros e lobos parecia entrar em colapso diante daquela revelação. Meu lobo continuou, embora parecesse tão confuso quanto eu.

"Não sei como isso aconteceu," confessou ele, "mas não pude negar o vínculo. Era forte demais, algo que transcende o que é natural."

Lucian me deixou sentir o vínculo de companheiro, eu já o sentia de forma fraca era evidente que Laura estava em meus pensamentos, mais o vínculo tornava tudo mais forte derrepente era como se dependesse de Laura para viver eu cambaleei sob o peso da revelação, minhas mãos instintivamente segurando o tronco de uma árvore para me estabilizar aqueles sentimentos fortes trazendo sua imagem a minha mente o me deixando sem ar. Antes que pudesse fazer mais perguntas, os sons de passos suaves ao meu redor me trouxeram de volta ao presente. Alguns guardas haviam se aproximado, provavelmente preocupados com minha presença perto da fronteira

"Não é nada," murmurei, afastando-os com um gesto. "Achei que tinha visto alguma coisa." Eles hesitaram, mas acabaram se afastando, embora me lançassem olhares curiosos.

Com um nó no peito e a cabeça cheia, voltei para minha cabana. A exaustão me venceu rapidamente, mas o sono trouxe mais confusão do que descanso. Sonhei com Laura. Sua presença era constante, quase palpável. Ela me encarava, seus olhos transmitindo algo que eu não conseguia decifrar. O vínculo parecia tão real nos sonhos quanto a revelação do meu lobo.

Quando finalmente acordei, o dia já havia começado. Batidas firmes na porta me tiraram do torpor. Levantei-me com dificuldade, minha mente ainda embaralhada pelas imagens dos sonhos. Ao abrir a porta e ver Jarek, minha irritação voltou à tona.

"O que você quer dessa vez?" perguntei, mal disfarçando o tom ríspido.

"Alfa, temos um problema sério," começou ele, ignorando meu humor. "Há invasores. Os capitães estão reunidos e esperando por você."

Respirei fundo, empurrando todas as emoções conflitantes para o fundo da mente. A alcateia precisava de mim, e não havia espaço para distrações. Ajustei minha postura, já me preparando para o que estava por vir.

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