POV Ragnar Chegar em casa depois de tudo que aconteceu parecia um alívio e um desafio ao mesmo tempo. Fui direto para o escritório, buscando qualquer fragmento de normalidade em meio ao turbilhão de emoções que agora me consumia. Sentei-me na cadeira, deixando-me afundar contra o encosto enquanto tentava organizar meus pensamentos.Talvez tudo estivesse indo rápido demais. No entanto, o vínculo de companheiro costumava ser assim, avassalador e impossível de ignorar. Pelo menos eu já não estava lutando contra ele. Isso já era um alívio por si só. Ainda assim, um certo medo permanecia – o receio de que esse vínculo, esse sentimento que agora não podia mais negar, pudesse ser usado contra mim. Mas pela Deusa, era inegável que Laura também sentia algo intenso por mim. A lembrança dos nossos beijos, de tê-la em meus braços, me trouxe uma onda de euforia que me fez sorrir, algo raro para mim."Talvez agora eu consiga trabalhar," murmurei para mim mesmo, forçando minha mente a se focar em a
Pov Ragnar Estava no escritório arrumando os documentos para ir a empresa quando Caleb chegou. Ele entrou com seu jeito descontraído, mas seus olhos demonstravam curiosidade. "Você me chamou, Ragnar?" perguntou.Assenti, apontando para uma das cadeiras diante de mim. "Sim, Caleb. Quero que me acompanhe até a empresa hoje. Você precisa entender melhor algumas coisas para quando formos viajar."Ele franziu o cenho, claramente surpreso. "viajar?" perguntou, inclinando a cabeça. Sim lembrada reunião em Nova Yorkna semana que vem quero que me acompanhe."Achei que Jarek iria, como sempre." Tomei um momento antes de responder, escolhendo minhas palavras com cuidado. "Não, Jarek ficará na alcateia. Quero que você venha comigo dessa vez."A expressão de Caleb oscilava entre surpresa e confusão, mas ele não fez mais perguntas. A verdade era que essa viagem seria o início de seu treinamento – era parte de um plano que vinha amadurecendo na minha mente há algum tempo. Caleb era meu amigo de i
Após voltar para casa naquela noite, depois do encontro com Ragnar na floresta, uma euforia inexplicável tomava conta de mim. Eu tentava me conter, mas a realidade de que ele também sentia o mesmo, que retribuía meus sentimentos, era algo tão novo quanto complicado. Meu coração estava dividido entre o que eu sabia ser lógico e o que parecia inevitável. Será que eu realmente podia confiar nele? Essa pergunta ecoava em minha mente repetidamente, mas as respostas ainda não vinham.Apesar disso, o cansaço daquela noite me venceu, e acabei conseguindo descansar algumas poucas horas. Pela manhã, um novo dia me esperava, e com ele vinham as responsabilidades que eu não podia ignorar. A empresa de meu pai exigia muito de mim, especialmente agora, que meu pai havia me passado papel de CEO. Embora ele ainda participasse de decisões importantes, era a mim que cabia a maior parte das transações e do gerenciamento diário. Nossa empresa era uma força respeitável, com ramificações em diversos setore
Ainda em choque, saí do escritório de Laura sem conseguir organizar meus pensamentos. Lidar com o fato de que minha companheira é uma vampira já é difícil mas a revelação de que ela era filha de Cassius Redgrave, o rei dos vampiros, atingiu-me como um golpe inesperado. Cassius não era apenas qualquer vampiro; ele era uma figura que havia travado batalhas sangrentas contra meu povo no passado. Apesar da paz frágil que hoje existia devido ao tratado entre os alfas e Cassius, aquilo não apagava a história. Era ele quem havia imposto regras rígidas, separando nossos mundos e delimitando territórios para evitar mais conflitos. Agora, saber que Laura era sua filha tornava tudo ainda mais complicado.Meu peito queimava, uma mistura de raiva e confusão. Não era apenas a questão das ações que ele adquirira, mas o fato de Laura ser parte de sua família. Parecia quase impossível conciliar isso com o vínculo inegável que senti por ela. E para piorar, o maldito vampiro ao lado dela no escritório,
POV LauraO dia no escritório parecia interminável após a visita de Ragnar. Mesmo enquanto estava cercada por papéis, relatórios e números, minha mente teimava em voltar àquele momento no qual o vi na minha sala, com sua presença avassaladora. Sua raiva evidente e as palavras afiadas que havia proferido ainda ecoavam em minha mente, como um lembrete incômodo da distância entre nossos mundos. Eu deveria estar concentrada em finalizar os documentos sobre o recente investimento na indústria farmacêutica. Deveria estar preparando a minha apresentação para a reunião com os acionistas. Victor, como sempre, estava ao meu lado, ajudando a organizar os detalhes. No entanto, minha mente insistia em se rebelar, revisitando cada palavra, cada gesto de Ragnar. A irritação começava a crescer dentro de mim.Lembrei-me do olhar intenso que ele lançou na minha direção ao descobrir que Cassius era meu pai. Como ele pôde reagir daquela forma? Sabia que aquele revelação era surpreendente meu pai tinha u
POV Laura A noite passada havia sido um turbilhão de pensamentos e sentimentos conflituosos que mal me permitiram descansar. A ansiedade e a confusão persistentes criaram uma insônia silenciosa que parecia ecoar na madrugada. Quando o novo dia chegou, não havia espaço para hesitação. As responsabilidades me chamavam, e minha determinação em deixá-las ser meu foco foi o que me fez levantar. Precisava encarar os fatos e seguir em frente.Coloquei minha melhor armadura – um vestido sóbrio e elegante que refletia profissionalismo e firmeza. Precisava aparentar equilíbrio, mesmo que o interior estivesse em ruínas. Estava decidida: não permitiria que os sentimentos que me ligavam a Ragnar desviassem meu foco. Os acontecimentos do dia anterior tinham deixado claro que havia um abismo intransponível entre nós, e era tolice continuar alimentando algo que nunca poderia florescer.Enquanto descia para o café da manhã, encontrei meu pai já sentado à mesa, sua expressão séria denunciando que ele
POV Ragnar Minha manhã começou pesada, como se os restos da noite perturbadora insistissem em me seguir. Meu sono havia sido assombrado por imagens de Laura – sua presença, sua voz, seus olhos profundos e intrigantes. Era como se ela estivesse constantemente na minha mente, me confrontando mesmo em meus momentos de descanso. Acordei suado e inquieto, o peito apertado com a sensação de que algo estava fora de controle, muito além do que eu podia lidar.Depois de tomar um banho rápido, desci para o café da manhã. A casa estava silenciosa, mas o peso dos pensamentos em minha mente era ensurdecedor. Enquanto me sentava à mesa, Derek, meu beta atual, entrou com seu olhar característico de pragmatismo, já segurando um relatório.“Bom dia, Alfa,” cumprimentou ele com respeito, antes de se sentar à minha frente e começar a passar as atualizações sobre a madeireira. Pelo menos uma coisa estava indo bem. O relatório dizia que a produção estava em ótimo funcionamento, sem interrupções ou proble
POV RagnarA manhã começou com um ar pesado, como se o universo conspirasse para testar minha paciência. Após a confusão do dia anterior, eu sabia que as consequências não tardariam a chegar. Não foi surpresa quando Freya apareceu no meu escritório, enviada por Jarek. Ela entrou com aquele sorriso que sempre parecia ter um propósito oculto, segurando um relatório em mãos."Meu pai pediu que eu viesse até você, Ragnar," começou ela, sua voz carregada de formalidade. "Os vampiros estão montando guarda na fronteira."Levantei os olhos do documento que estava analisando, estudando suas palavras. Embora fosse algo que exigisse atenção, não era motivo para alarme. Dado o que havia acontecido no escritório de Laura no dia anterior, era compreensível que eles estivessem em alerta. "Há algo mais que eu deva saber?" perguntei, minha voz firme.Freya balançou a cabeça, mantendo o sorriso. "Não, meu pai apenas achou importante que você soubesse."Suspirei, já cansado das manobras de Jarek para ma