- Eu não tenho como te mostrar o que eu sinto, mas meu coração dispara toda vez que está por perto, eu sinto um frio na barriga, minhas mãos suam e meus olhos brilham. Eu nunca senti nada parecido por alguém, mas desde que eu te vi pela primeira vez naquele pub preparando desjeitosamente aqueles drinks, enquanto me acalmava e distraía de um dia ruim, eu soube que era diferente, que estava encantado, em todos os sentidos, por você. Megan, eu não esqueço você por um segundo desde que nos conhecemos, eu durmo e acordo preocupado com o seu bem-estar e ansioso para te ter de novo e de novo, como um looping. Sei que te disse coisas horríveis e que não eram nem um pouco verdade, mas acredite em mim, eu estou tentando consertar tudo para te mostrar que eu quero você e que mereço todo o seu amor. Eu morreria por você se fosse necessário, porque quando disse que te amava foi de verdade e para sempre, já que eu não imagino a minha vida sem você. Todo nosso tempo, juntos, foi muito além de um cont
Enquanto ouvia John contar sobre Conrad, Tayler percebeu que o pai não passava de alguém influenciável e que o verdadeiro mal estava em seu avô. - Eu a perdi e aceitei isso há muito tempo, porque pelo menos você continua aqui. - Tristan também é seu filho, por mais que eu o odeie, isso nunca vai mudar e devia assumir suas responsabilidades quando o encontrar. - Falou com nojo de lembrar da imagem de seu irmão. - Você tem razão. - Concluiu. - Me perdoe por tudo, Tayler e peça o mesmo a Antony, quando percebi a profundidade do problema que causei, eu só gostaria de ter feito tudo diferente. - Acabou o horário de visitas. - O guarda, com a arma posta na cintura, puxou o braço de John com as algemas para que se levantasse. - Me desculpe, filho. Me perdoe. Tayler podia ver a dor em seus olhos, ele não queria, mas naquele momento ele não sentia mais raiva do homem a sua frente, ele queria apenas que pagasse pelos seus erros. - Eu te perdoo, pai. - Falou alto o suficiente para que ouvi
Naquela mesma manhã, sentado em seu escritório, Tayler tinha um bom pressentimento em relação à transferência de seu pai, talvez ele precisasse disso para ser uma pessoa melhor. Seus pensamentos estavam longe, quando Antony entrou em sua sala, sem pedir licença, jogando o celular em sua frente. Era do jornal local, com o título "John Costello, acaba de ser preso", e logo em seguida a gravação das câmeras do corredor da delegacia era transmitida. ~X~ Conrad colocou uma das mãos no bolso, usando a outra para coçar a barba grisalha, assim como os fios de cabelo mais lisos que o de Tayler e bem aparados, já que era alguém vaidoso excessivamente. Era inacreditável para ele como seu filho conseguia fuder com tudo quando não estava por perto, sobrando para si a responsabilidade de consertar as coisas, como sempre livraria a barra daquele idiota para mostrar que não era ninguém sem Conrad Costello. Tentou deixar o melhor sorriso no rosto, quando chamou o velho, que alguns dias atrás determin
~ 15 anos depois ~ O natal estava próximo e lá fora começava a nevar, Megan estava mexendo entre algumas caixas a procura dos enfeites para a árvore que Antonella e Tayler estavam montando juntos. A lareira estava ligada e as botas para os presentes já estavam penduradas. Mexendo por entre as bagunças, Megan encontrara álbuns de fotos armazenados no fundo do armário, pegou na mão e começou a folhear relembrando da barriga consideravelmente grande já no final da gestação em uma foto com Ayla que estava no início da sua, esperando um garotinho, exatamente na véspera de Natal, embora ninguém esperasse que ela fosse dar à luz no dia seguinte. Às exatas dez horas da manhã, Antonella nascera, chorona e com os fios preto igual o de Tayler que não queria desgrudar da pequena. A noite de Natal ficou ainda mais especial naquele ano e a partir daí montar a árvore quando todos estivessem juntos para que a garotinha colocasse a estrela na ponta, havia virado tradição. - Mãe, achou os enfeites?!
Quando anoiteceu, Tayler desceu as escadas para desejar boa noite à Antonella como sempre fazia antes que ela pegasse no sono. Assim que ajudou sua manta sobre o pequeno corpo, colocou um sobretudo, cachecol e luvas para ir até lá fora. Abriu a caixa de correspondência e tirou de lá o envelope que estava decorado com algumas linhas coloridas revelando o convite para a exposição de Clince. Ele olhou por tudo e no final estava a data, daqui a dois dias. - O que é isso? - Megan perguntou com as mãos no bolso do moletom que estava por cima de mais dois. Ele lhe estendeu o objeto para poder ver melhor. - Ah alguns meses Antony teve a ideia de expor os quadros que estavam no quarto do apartamento, ele conseguiu a galeria e aí está o convite. - Você vai, não é, seria incrível pegar alguns dias de folga e viajarmos para Conthe, eu posso ver com Ayla para nos hospedamos por lá. - Falou animada. - É, faça isso, meu amor. - Falou, puxando ela para dentro, longe do frio. - O que foi, não est
Até o horário do almoço todos já estavam com as malas prontas e pronto para viajarem. Tayler não tinha comprado as passagens e teve a ideia de irem de carro, todos juntos e parando em um hotel para dormir, já que demoraria cerca de um dia. Antonella colocou os fones, cinto, deitou um pouco do banco e ficou vidrada na rua, enquanto Megan e Tayler conversavam e tentavam puxar assunto com ela. Mal tinha anoitecido e uma chuva forte começou a cair pela estrada, eles já estavam próximos da pousada que Tayler tinha em mente, mas era impossível chegar até lá sem colocar a vida de alguém em risco, então decidiu parar em uma pousada qualquer na beira da estrada. O lugar não era luxuoso, mas parecia aconchegante do lado de fora. Tayler desceu em meio a friagem e a chuva e tocou a campainha. Segundos depois uma mulher não muito alta e um pouco gordinha atendeu a porta, Tayler pensou a conhecer de algum lugar. - Pois não? - Perguntou sorridente. - Nós queremos dois quartos para passar a noite.
Antonella aproveitou que ainda não tinha ninguém no quarto quando Tayler lhe deu boa noite e desceu, passeando pela pousada e evitando ter que subir e dormir com um desconhecido já que ela não conseguia dormir pensando naquela cartinha, mas para sua total infelicidade Tayler saiu do quarto para beber água. - O que faz acordada mocinha? - Questionou fazendo uma cara de bravo para ela. - Não estou com sono. - Sentou na poltrona da sala. - Por acaso alguma coisa está te afligindo? Ela balançou a cabeça em um sim sem olhar para cima. - Você pode conversar comigo, eu estou aqui para te ouvir. - Por que nós nunca doamos dinheiro para os orfanatos ou fazemos alguma coisa para melhorar a vida deles? - Começou. - Deve ser ruim não ter os pais. - Abaixou o tom de voz um pouco triste. - Eu sempre deixo uma parte do nosso dinheiro para as ONGs, porque eu nunca me coloquei no lugar dessas crianças e talvez isso seja um erro que podemos começar a corrigir. Aconteceu alguma coisa específica pa
Na manhã seguinte, assim que Antonella acordara com os gritinhos de felicidade do garoto ao lado, ela levantou irritada já que estava cansada ainda é parecia ser cedo demais para se acordar em um dia de férias. - Nós conseguimos. - Correu para perto bagunçando seu cabelo liso e preto amarrados com um laço. - Nós vamos conseguir realizar os pedidos das crianças garota dos fones de ouvido. - Agachou perto do seu corpo deitado a abraçando inocentemente. Normalmente ela teria se queixado por ele fazer aquilo, odiava que tocassem em seu cabelo loiro e ondulado herdados predominantemente pelos genes de Tayler, mas parecia que ela já o conhecia há anos, mesmo que até aquele momento nem mesmo soubesse seu nome. A garota sorriu lembrando da conversa que tivera com Tayler na noite anterior, era difícil para ela se abrir e se sentia feliz por seu pai ter cumprido oque dissera, ele realmente era um ótimo homem e ela o amava ainda mais agora. Assim que se afastou, ele saiu correndo do quarto, de