Antonella aproveitou que ainda não tinha ninguém no quarto quando Tayler lhe deu boa noite e desceu, passeando pela pousada e evitando ter que subir e dormir com um desconhecido já que ela não conseguia dormir pensando naquela cartinha, mas para sua total infelicidade Tayler saiu do quarto para beber água. - O que faz acordada mocinha? - Questionou fazendo uma cara de bravo para ela. - Não estou com sono. - Sentou na poltrona da sala. - Por acaso alguma coisa está te afligindo? Ela balançou a cabeça em um sim sem olhar para cima. - Você pode conversar comigo, eu estou aqui para te ouvir. - Por que nós nunca doamos dinheiro para os orfanatos ou fazemos alguma coisa para melhorar a vida deles? - Começou. - Deve ser ruim não ter os pais. - Abaixou o tom de voz um pouco triste. - Eu sempre deixo uma parte do nosso dinheiro para as ONGs, porque eu nunca me coloquei no lugar dessas crianças e talvez isso seja um erro que podemos começar a corrigir. Aconteceu alguma coisa específica pa
Na manhã seguinte, assim que Antonella acordara com os gritinhos de felicidade do garoto ao lado, ela levantou irritada já que estava cansada ainda é parecia ser cedo demais para se acordar em um dia de férias. - Nós conseguimos. - Correu para perto bagunçando seu cabelo liso e preto amarrados com um laço. - Nós vamos conseguir realizar os pedidos das crianças garota dos fones de ouvido. - Agachou perto do seu corpo deitado a abraçando inocentemente. Normalmente ela teria se queixado por ele fazer aquilo, odiava que tocassem em seu cabelo loiro e ondulado herdados predominantemente pelos genes de Tayler, mas parecia que ela já o conhecia há anos, mesmo que até aquele momento nem mesmo soubesse seu nome. A garota sorriu lembrando da conversa que tivera com Tayler na noite anterior, era difícil para ela se abrir e se sentia feliz por seu pai ter cumprido oque dissera, ele realmente era um ótimo homem e ela o amava ainda mais agora. Assim que se afastou, ele saiu correndo do quarto, de
Tayler dirigiu por cerca de uma hora até que chegasse no seu hotel, já que a casa que Megan comprara fora dada de presente para Ayla e John, que viviam com mais espaço e qualidade de vida agora com o filho. Tayler não teria problema em se hospedar na própria casa se não estivesse alugada, assim como a de Antony que agora havia se mudado para a casa da esposa. Conseguiu facilmente subir sem ser barrado já que era o dono, acomodando as malas pelos quartos. Megan pulou em cima de Ayla em um abraço caloroso, de saudade e felicidade em estar ali de novo, já que fazia anos que não se viam. Logo em seguida, foi em direção a Matheo que também era um dos convidados ali. Antonella segurava o papel que recebera com todas as forças, ainda se lamentando que só o veria no ano que vem se com toda a sorte do mundo seu pai resolvesse viajar para Conthe e parar por lá. - Onde está Noah? - Megan perguntou primeiro. - A última vez que o vimos, Antonella e Noah tinham apenas seis anos. - Lembrou. A gar
Antonella desceu as escadas em um vestido preto até o joelho e de alça fina, juntamente com um sapato dourado brilhante e de salto baixo e grosso. O cabelo estava preso em um rabo e uma pequena trança junto, já que estava sendo obrigada a se vestir para uma festa de gala, assim como os pais que usavam vestidos caros e brilhantes e Ayla e John que pareciam da alta sociedade. Ela esperou impaciente querendo acabar logo com aquela tortura e poder voltar para suas roupas comuns. Durante todo o trajeto, na parte da frente do carro, Ayla estava histérica ligando várias vezes para o filho que não conseguia atender por algum motivo que ela nem mesmo sabia. Seus dedos digitavam várias mensagens por minuto, preocupada se chegaria a tempo para a exposição. Quando estavam próximos, o menino retornou uma das chamadas, não era possível ouvir claramente sua voz, mas o pouco que Antonella entendeu demonstrava que o menino era alguém calmo e paciente ao explicar com toda a tranquilidade que o sinal es
- Se comporte e não dê trabalho para a tia Ayla, tudo bem? - Megan disse para Antonella antes de se despedir do resto do pessoal. Os dois dias que deveriam ficar ali e retornar para casa tinham passado rápido, e naquela manhã quando Antonella já estava desistindo de pedir para Deus que deixasse ela ficar naquela cidade agora que tinha conseguido um amigo e ficado ainda mais próximo dele e que se sentia bem ao seu lado, seus pais vieram até o quarto e dissera que eles precisavam ficar graças ao trabalho. Ela sorriu como nunca, feliz pela notícia, sentindo seus pedidos de quinze anos começarem a se realizar. Eles disseram ser melhor não levá-la já que seria uma viagem rápida e para resolver as pendências na cidade, então era melhor e ficasse e aproveitasse que tinha companhia, deixando ela sob os cuidados de Ayla, enquanto os vizinhos aproveitavam os dias para esvaziar a casa ao lado. Tayler descobrira que não era um pai tão super protetor já que se sentia preocupado com a aproximação
Antonella acordara com a casa cheia dos presentes que começava a ser preparado por ordem alfabética para entregar as crianças naquela tarde, já que o natal seria no dia seguinte. A véspera estava um dia frio e com neve fraca pelas portas e janelas. Estava difícil sair pela cidade, mas por sorte a entrada do hotel ainda não tinha sido fechada pela neve. Ela se agasalhou como deveria descendo para arrumar tudo, Noah estava empenhado em acabar com aquilo logo para poderem sair o mais rápido possível e assim foi feito. Enquanto todos estavam ocupados, ela deixou um pouco a sala lembrando do pedido especial que lera naquela carta, não era nenhum daqueles presentes e sendo assim aquela menininha não teria seu sonho realizado. Lembrou do que o pai dissera, ele estava sempre ali e com certeza não se importaria dela usar uma grande quantia do cartão sem limite, que recebera dele, para comprar as comidas e pedir que enviasse diretamente para o orfanato quando estivesse próximo da ceia de Natal.
Megan já havia resolvido a questão da casa, eles colocariam a venda e já tinham um comprador em mente e foi fácil convencê-los bastou toda a simpatia do casal com um chá e tuor pelo espaço que tudo estava resolvido, a casa era deles e não mais de Megan e Tayler. Eles preferiram não levar nada da mobília dali, já que a casa de Tayler estava toda montada, exatamente como deixaram. Mesmo que o carro esportivo que tinham ainda estivesse bom para os dois, já havia anos que não trocavam, então simplesmente também venderam por um bom preço, deixando um carro em vista na concessionária mais próxima do hotel em Conthe. Eles reservaram a passagem de avião desde o dia anterior e aparentemente tudo estava sob controle e dando certo, se não fosse pela nevasca que atingia a cidade. Eles arrumaram as malas e bateram contra a porta algumas vezes derrubando as pedras de gelo que tinham se amontoado ali. Conseguiram sair pegar um táxi na pista que ainda estava possível de transitar até o aeroporto. No
As comidas começaram a chegar e todas as crianças aos poucos abandonavam a roda para admirar as mulheres montando a mesa com decorativos comemorativos que Ayla trouxera. Ninguém sabia de onde estava vindo toda aquela comida digna de um verdadeiro jantar de Natal, mas recebiam com bom grado acreditando ser algum tipo de caridade repentina. Felizmente a nevasca começava a se dissipar e os gelos na rua derreter, permitindo o direito de ir e vir novamente, mas Antonella estava tão concentrada olhando a cada segundo pelo celular para ver se funcionava já que uma das crianças havia derrubado água nele, que mal percebeu isso. Era impossível fazê-lo funcionar e esse não era o problema maior, já que a única coisa que estava em busca, era de uma notícia ou mensagem da mãe dizendo estarem chegando em breve que não pode mandar mensagem ou ligar naquele momento porque o celular estava descarregado. No aeroporto, Tayler e Megan estavam felizes que o problema tinha sido resolvido e os horários rema