MaryHenry segurava firme em minha mão enquanto entrávamos no escritório e Travis sorriu assim que me viu caminhando em nossa direção sem hesitar.- Eu consegui um chaveiro, te liguei hoje cedo para avisar que já estava tudo arrumado. - Avisou e sorri.- Obrigada Travis, adiantou muito o trabalho. - Henry limpou a garganta atraindo a atenção de Travis e estendeu sua mão.- Sou Henry, marido da Mary. - Apresentou-se.- E ai. - Sorriu. - Sou Travis, o faz tudo por aqui. - Disse bem humorado.- Preciso ir agora. - Henry avisou ignorando Travis e assenti soltando sua mão. - Nos vemos no jantar, foi bom te conhecer Travis.- Seu marido é um pouco... Intimidador. - Brincou e olhei para ele.- Deixa ele, vem... Vamos trabalhar. - Murmurei seguindo para o escritório e Travis sorriu ficando na recepção.- Já vi as fotos e já imaginei o "climão". - Ana começou entrando na minha sala.- É ele ficou nervoso, começou com aquele cinismo e o sarcasmo e aquela coisa de que não gosta que ninguém me
HenryEram oito da manhã quando José parou o carro em frente ao aeroporto e Mary olhou pela janela descruzando as pernas.- Eu preciso descer? - Perguntou pegando o celular e balancei a cabeça.- Tudo bem, eu vou buscá-la e volto logo. - Avisei. Abri a porta do carro pegando meu casaco e sai junto com José.- Senhora Mary parece indisposta essa manhã. - José comentou e olhei para ele.- Sua indisposição chama-se Vivian. - Afirmei e José sorriu.- Tente não deixá-la muito preocupada com isso, você sabe, pessoas são inseguras. - Deu de ombros parando na ala de desembarque.- Mary sabe dos meus sentimentos por ela, Vivian é página virada, assunto resolvido. - Olhei para frente encerrando o assunto. Não demorou muito para que Viv aparecesse empurrando sua mala e José logo a ajudou com a mesma.- Nossa já estava ficando cansada de estar sentada. - Sorriu beijando-me o rosto e apoiei a mão em sua cintura por um momento. - Cadê a Mary?- Está nos esperando no carro. - Disse dando-lhe p
Mary- Minhas pernas doem. - Reclamei enquanto apertava minhas panturrilhas e Hector trocou de marcha avançando pelas ruas vazias. Eram quase uma da manhã e Ana estava desmaiada no banco de trás do carro. - Como você chegou até lá?- O senhor Salt me pediu para ir até você caso precisasse de ajuda para voltar.- E como o senhor Salt descobriu onde eu estava? - Perguntei imitando o seu tom.- Eu não tenho essa informação senhora.- Hector. - Bufei frustrada e o mesmo parou o carro em frente ao condomínio.- Se importa de subir sozinha? Preciso levar à senhorita Ana em casa.- Tudo bem. - Resmunguei tirando o cinto e peguei minha sandália a bolsa e o casaco saindo do carro. Caminhei calmamente pelo hall de entrada até os elevadores e chamei apertando o botão, quando o elevador chegou sorri ao vê-lo vazio e entrei no mesmo digitando o código do apartamento.Olhava para os números em vermelho no painel digital enquanto tamborilava com os dedos na barra de ferro ao fundo do elevador. Assim
MaryO dia amanheceu nublado, mas ainda sim estava muito aconchegante. Virei-me na cama suspirando tentando afastar a preguiça e senti a mão de Henry em minha cintura apertando levemente a mesma.- Bom dia. - Murmurou cheirando meu cabelo.- Bom dia. - Sorri virando para ele e segurei em seu rosto analisando-o.- Eu não estou bravo. - Afirmou. - Eu disse que não ficaria.- Vivian deu trabalho ontem? - Perguntei e Henry balançou a cabeça.- Sim, ela passou um pouco da conta. - Hum...- Mas não aconteceu nada demais, eu apenas a deixei em casa com José e voltei para esperar você. - Disse me abraçando e assenti.- Eu marquei de ir tomar café com a Ana hoje. - Afastei um pouco para encará-lo.- Por quê? Não precisa. - Resmungou tentando me agarrar novamente.- Eu vou encontrar com a Ana, nós conversamos depois. - Sorri saindo da cama e Henry grunhiu esticando os braços. HenryMary saiu logo depois do banho e pegou um táxi que havia chamado. Voltei para o quarto buscando meu ca
MaryHenry tamborilava os dedos na mesa impaciente enquanto Ruth terminava de preparar o jantar. Suspirei ajeitando o short do meu macacão e cruzei as pernas olhando para ele.- O que foi isso? Foi para me seduzir? - Sorriu debochado.- Se você fizer desse jantar um circo, dormirá no sofá por um bom tempo. - Ameacei.- Eu não tenho nada contra ele, apenas não quero e não vou trabalhar com ele. Não é uma coisa benéfica para mim agora, entrar em um projeto sem uma longa preparação antes é pedir para perder dinheiro. Laura está agindo pela emoção e querendo desperdiçar o dinheiro da nossa família. - Afirmou.- Vamos apenas evitar o assunto de trabalho e negócios durante o jantar hoje. - Pedi ouvindo o elevador e nos levantamos para receber Laura e Ian na sala.- Boa noite. - Ian sorriu entregando o vinho ao Henry.- Fiquem á vontade, o jantar vai ser servido em breve. - Disse sorrindo e peguei o vinho da mão de Henry levando comigo para a cozinha.Coloquei o vinho em cima da bancada da c
HenryDeixei a papelada sobre a mesa do escritório e me sentei na cadeira afrouxando um pouco a gravata. Havia sido uma reunião estressante como tem sido desde que Laura passou a me fazer engolir aquele cara.- Henry?- Pode entrar. - Murmurei e Viv apareceu fechando a porta depois de entrar.- Tudo bem? Eu percebi que saiu estressado da reunião.- Laura falou alguma coisa com você? - Perguntei e Viv balançou a cabeça.- Disse que Ian iria entrar como o seu representante.- Ela me disse essa manhã que havia dado a ele as ações para que ele tomasse a frente da sua parte, eles nem se casaram ainda. - Suspirei.- Um mês passa rápido, logo eles estarão casados. - Disse encostando-se a mesa ao meu lado.- Por que ele não vai cuidar da empresa da família dele?- Laura está iludida pelo mesmo mal que você sofre o amor. - Sorriu. - Não adianta espernear Henry, ele ganhou essa.- Você é uma péssima amiga. - Afirmei e Viv sorriu dando a volta na cadeira.- Não se preocupe tanto com ele. Você é
HenryAssim que as portas do elevador se abriram suspirei cansado indo em direção à sala na esperança de encontrar Mary, mas estava vazia. Olhei para o relógio é franzi a testa indo em direção ao quarto, coloquei o celular no carregador - já que tinha passado a maior parte da tarde descarregado - e tirei o paletó sentando-me na cama.- Senhor Salt, que bom que apareceu, já estávamos ficando loucos. - Ruth afirmou entrando no quarto e a encarrei confuso.- Eu estava preso em uma reunião no centro, por quê? - Perguntei levantando-me.- É a Mary. - Disse e olhei para ela.- A Mary? Como assim, o que aconteceu?- O José ligou há umas duas horas, alguém levou o carro e a Mary e Ana estavam nele. - Disse gesticulando e senti meu sangue gelar.- Ruth, há duas horas alguém levou a Mary? - Perguntei segurando-a pelos braços. - José acabou de chegar da delegacia, ele já fez a denuncia. - Avisou e sai do quarto encontrando José e Hector próximos ao elevador.- O que aconteceu exatamente?- Se
HenryOs policiais transitavam pela casa cochichando entre si como se soubessem que essa ligação que ainda não veio significava um sofrimento maior para a minha mulher.- Aqui Henry, beba um pouco de chá, vai te ajudar.- Não precisa Ruth, pode ir um pouco para casa descansar. - Disse levantando a cabeça.- Não querido, eu não consigo descansar assim. - A senhora suspirou colocando o chá na mesinha. - Estou com o coração apertado.- Eu também. - Sussurrei sentindo meu celular vibrar e o peguei atendendo rapidamente."Vá para um lugar sozinho antes que eu desliguei." - Uma voz desconhecida mandou e me levantei escapando para o quarto e fechando a porta."Cadê a minha mulher?" - Perguntei tentando conter meu desespero."Ah, ela está aqui, você tem uma mulher e tanto." - Ouvi sua risada e bati a mão no criado-mudo. - "As duas loirinhas estão um pouco assustadas, mas eu não farei muita coisa com elas... Basta você pagar o resgate.""Quanto? Quanto você quer?" - Perguntei apressado."Eu q