Os dias foram se passando e, antes que eu percebesse, o momento tão aguardado chegou. Teríamos um jogo importante pela frente, um desafio que exigiria todo o nosso esforço e dedicação. O time estava animado, mas também sabíamos que o adversário não seria fácil de vencer. Era hora de mostrar o nosso valor em campo.Acordei cedo naquela sexta-feira, ansiosa para a viagem. Coloquei meu uniforme do Vasco, ajustei minhas luvas de goleira e arrumei minha mala. Quando desci para o café da manhã, minha família já estava na cozinha, me esperando com sorrisos encorajadores.— Bom dia, MaFê! — minha mãe disse, colocando um prato de panquecas na mesa. — Preparada para o jogo?— Mais do que nunca, mãe. — respondi, tentando esconder a ansiedade.Meu pai, que estava respondendo e-mails pelo celular, olhou por cima dos óculos e sorriu.— Você vai arrasar, filha. Estamos todos torcendo por você.— Obrigada, pai. — respondi, sentindo o apoio deles me fortalecer.Gustavo, meu irmão, se aproximou e me de
Os últimos três dias foram uma mistura de emoções. Depois da derrota contra o Corinthians, passei um tempo processando tudo que aconteceu e tentando manter a cabeça erguida. Minha família foi um grande apoio, especialmente naquela tarde na sorveteria. Agora, era hora de voltar à rotina, e hoje começava com a faculdade.Acordei cedo, ainda com a sensação do jogo na mente, mas determinada a seguir em frente. Coloquei um jeans confortável e uma camiseta do Vasco, e prendi meu cabelo em um rabo de cavalo. Quando desci para a cozinha, minha mãe já estava lá, preparando o café da manhã.— Bom dia, mãe. — cumprimentei, pegando uma torrada.— Bom dia, MaFê. Dormiu bem? — ela perguntou, me lançando um sorriso.— Sim, foi uma boa noite de sono. — respondi, enquanto me servia de café.— Vai para a faculdade com Valdo ou Valentina? — Minha mãe perguntou. — Vou com Valentina. Ela deve estar chegando em breve. — digo dando uma olhada no relógio.Poucos minutos depois, ouvi a buzina do carro de Va
— Pedro, o que você está fazendo aqui? — perguntei, surpresa.— Trouxe a Bianca para conhecer o bar. Ela estava curiosa. — ele respondeu, sorrindo.Bianca sorriu para mim, mas era claro que a simpatia não era genuína. Valentina revirou os olhos e murmurou algo como "fala sério".Bianca pegou no braço de Pedro e fez um biquinho exagerado, chamando-o de um apelido que só ela achava fofo.— Pedrinho, amorzinho, não deveríamos ter uma mesa só para nós? — ela perguntou, fazendo charme.Pedro Henrique riu e olhou para nós.— Por que, se podemos nos juntar à minha irmã e às amigas dela? — ele disse, puxando uma cadeira e sentou ao meu lado. Revirei os olhos, mas não disse nada enquanto eles se acomodavam à nossa mesa. Valentina bufou, claramente irritada.— Olá, quem são os amigos novos? — minha mãe se aproximou, curiosa.— Esta é minha nova amiga, Laiane, e esses dois são Pedro Henrique e sua... amiga, Bianca. — respondi, tentando ser diplomática.Minha mãe olhou para mim, depois cumprimen
O sábado chegou e, como de costume, estava ansiosa para mais um dia de treino no Centro de Treinamento. O ar fresco da manhã me envolvia enquanto eu corria para encontrar minhas amigas de time. Vestida com o uniforme, estava pronta para dar o meu melhor em campo.Quando cheguei ao C.T., vi minhas colegas do time conversando e me chamaram.— Bom dia, meninas! — cumprimentei, me juntando ao grupo.— Bom dia, MaFê! — responderam em uníssono.— Pronta para mais um dia de treino intenso? — perguntou Júlia, sorrindo.— Sempre pronta. — respondi, determinada.Amanda ainda estava revoltada com o nosso último jogo.— Que porra foi aquele jogo? A gente jogou pra cacete e não conseguimos arrancar nem um empate. — ela estava indignada.— Nem me lembre! — respondi. — Aqueles dois gols que eu tomei foram foda.— Você se cobra demais, esse é o problema. — Clara tentava me animar.— Você não foi a única culpada, relaxa! — As outras meninas disseram, e agradeci a elas.— A questão agora é bola pra fre
Acordei no domingo com uma sensação estranha. Uma mistura de ansiedade e excitação. Domingo geralmente era um dia de descanso, mas com o próximo jogo se aproximando, eu sabia que precisava treinar ainda mais. Me levantei, estiquei os braços e olhei pela janela. O sol brilhava, prometendo um dia quente.Depois de tomar um café da manhã rápido, vesti meu uniforme e saí para correr. Correr sempre me ajudava a clarear a mente e a me concentrar no que era importante. Enquanto meus pés batiam ritmicamente no asfalto, minha mente vagava pelos acontecimentos recentes. A derrota no último jogo ainda pesava, mas eu estava determinada a usar isso como motivação.Quando voltei para casa, suada e ofegante, minha mãe estava no jardim com meus irmãos menores brincando.— Bom dia, mãe. — Cumprimentei, me jogando na grama.— Bom dia, querida. Como foi a corrida? — ela perguntou, virando para mim com um sorriso caloroso.— Boa. Precisava disso. — Respondi, bebendo o restante da água que estava na minha
No C.T., as meninas já estavam chegando e se organizando para a viagem. O clima era de animação e foco. Entramos no ônibus, cada uma encontrando seu lugar e ajeitando suas coisas. Sentei ao lado de Clara, que estava animada com a viagem.— Pronta para arrasar, MaFê? — ela perguntou, me dando um leve empurrão.— Sempre! — respondi, rindo.A viagem para Minas foi longa, mas cheia de conversas e risadas. O técnico passou algumas instruções durante o trajeto, reforçando a importância do descanso e da concentração.— Meninas, quando chegarmos ao hotel, quero todas descansando. Amanhã faremos o reconhecimento do gramado e precisamos estar em nossa melhor forma para o jogo de quarta-feira. — ele disse, com um tom sério, mas encorajador.Assentimos, cientes da responsabilidade que tínhamos. Chegamos ao hotel tarde da noite, e o cansaço da viagem estava evidente em todos os rostos. Recebemos nossas chaves e subimos para os quartos.— Boa noite, meninas! Descansem bem. — o técnico disse, enquan
Acordei com o som do alarme e uma sensação de determinação renovada. Era o dia do jogo, e o nervosismo misturado com a empolgação tomava conta de mim. As meninas e eu nos preparamos rapidamente e descemos para o café da manhã. O técnico nos encontrou no refeitório e fez questão de reforçar a importância de estarmos focadas.— Meninas, hoje é o dia. Quero que deem tudo de si em campo. Lembrem-se do que treinamos e confiem umas nas outras. — ele disse, olhando para cada uma de nós.Terminamos o café em silêncio, cada uma perdida em seus pensamentos. Depois, voltamos aos quartos para pegar nossas coisas e nos dirigimos ao estádio. A atmosfera no ônibus era tensa, mas cheia de determinação.Chegamos ao estádio e fomos diretamente para o vestiário. O técnico fez uma última reunião, relembrando nossas estratégias e nos motivando.— Jogamos com o coração hoje. Vamos mostrar a todos do que somos capazes. — ele disse, terminando a reunião.Colocamos nossos uniformes e começamos a nos aquecer.
Quando chegamos, seu Valdo estava à minha espera, e assim que entrei no carro, perguntei se ele sabia como estava meu irmão. Ele disse que Anthony estava bem agora. Ao chegar em casa, fui direto para o quarto de Anthony. Assim que entrei, ele esticou os bracinhos para mim.— Maninha, tô dodói. — ele disse, e eu o peguei no colo.— Você vai ficar bem, maninho. — brinquei com ele, enquanto minha mãe entrava no quarto.— Oi, filha! Não sabia que você tinha chegado.Minha mãe estava com um prato de sopa e eu disse que daria a sopa para meu irmão. Anthony e AnaFê sempre querem que eu dê comida na boca deles quando estão doentes, e não me importo porque gosto de cuidar deles.— Vai descansar, filha, pare de mimar seu irmão. — minha mãe sugeriu.— Deixa eu mimar o Thony um pouquinho. Minha vida é tão corrida que quase não tenho tempo para isso. — respondi, enquanto acomodava Anthony no meu colo.Minha mãe sorriu, compreendendo. Sentei na cama e comecei a alimentar meu irmão, que estava visiv