O sábado chegou e, como de costume, estava ansiosa para mais um dia de treino no Centro de Treinamento. O ar fresco da manhã me envolvia enquanto eu corria para encontrar minhas amigas de time. Vestida com o uniforme, estava pronta para dar o meu melhor em campo.Quando cheguei ao C.T., vi minhas colegas do time conversando e me chamaram.— Bom dia, meninas! — cumprimentei, me juntando ao grupo.— Bom dia, MaFê! — responderam em uníssono.— Pronta para mais um dia de treino intenso? — perguntou Júlia, sorrindo.— Sempre pronta. — respondi, determinada.Amanda ainda estava revoltada com o nosso último jogo.— Que porra foi aquele jogo? A gente jogou pra cacete e não conseguimos arrancar nem um empate. — ela estava indignada.— Nem me lembre! — respondi. — Aqueles dois gols que eu tomei foram foda.— Você se cobra demais, esse é o problema. — Clara tentava me animar.— Você não foi a única culpada, relaxa! — As outras meninas disseram, e agradeci a elas.— A questão agora é bola pra fre
Acordei no domingo com uma sensação estranha. Uma mistura de ansiedade e excitação. Domingo geralmente era um dia de descanso, mas com o próximo jogo se aproximando, eu sabia que precisava treinar ainda mais. Me levantei, estiquei os braços e olhei pela janela. O sol brilhava, prometendo um dia quente.Depois de tomar um café da manhã rápido, vesti meu uniforme e saí para correr. Correr sempre me ajudava a clarear a mente e a me concentrar no que era importante. Enquanto meus pés batiam ritmicamente no asfalto, minha mente vagava pelos acontecimentos recentes. A derrota no último jogo ainda pesava, mas eu estava determinada a usar isso como motivação.Quando voltei para casa, suada e ofegante, minha mãe estava no jardim com meus irmãos menores brincando.— Bom dia, mãe. — Cumprimentei, me jogando na grama.— Bom dia, querida. Como foi a corrida? — ela perguntou, virando para mim com um sorriso caloroso.— Boa. Precisava disso. — Respondi, bebendo o restante da água que estava na minha
No C.T., as meninas já estavam chegando e se organizando para a viagem. O clima era de animação e foco. Entramos no ônibus, cada uma encontrando seu lugar e ajeitando suas coisas. Sentei ao lado de Clara, que estava animada com a viagem.— Pronta para arrasar, MaFê? — ela perguntou, me dando um leve empurrão.— Sempre! — respondi, rindo.A viagem para Minas foi longa, mas cheia de conversas e risadas. O técnico passou algumas instruções durante o trajeto, reforçando a importância do descanso e da concentração.— Meninas, quando chegarmos ao hotel, quero todas descansando. Amanhã faremos o reconhecimento do gramado e precisamos estar em nossa melhor forma para o jogo de quarta-feira. — ele disse, com um tom sério, mas encorajador.Assentimos, cientes da responsabilidade que tínhamos. Chegamos ao hotel tarde da noite, e o cansaço da viagem estava evidente em todos os rostos. Recebemos nossas chaves e subimos para os quartos.— Boa noite, meninas! Descansem bem. — o técnico disse, enquan
Acordei com o som do alarme e uma sensação de determinação renovada. Era o dia do jogo, e o nervosismo misturado com a empolgação tomava conta de mim. As meninas e eu nos preparamos rapidamente e descemos para o café da manhã. O técnico nos encontrou no refeitório e fez questão de reforçar a importância de estarmos focadas.— Meninas, hoje é o dia. Quero que deem tudo de si em campo. Lembrem-se do que treinamos e confiem umas nas outras. — ele disse, olhando para cada uma de nós.Terminamos o café em silêncio, cada uma perdida em seus pensamentos. Depois, voltamos aos quartos para pegar nossas coisas e nos dirigimos ao estádio. A atmosfera no ônibus era tensa, mas cheia de determinação.Chegamos ao estádio e fomos diretamente para o vestiário. O técnico fez uma última reunião, relembrando nossas estratégias e nos motivando.— Jogamos com o coração hoje. Vamos mostrar a todos do que somos capazes. — ele disse, terminando a reunião.Colocamos nossos uniformes e começamos a nos aquecer.
Quando chegamos, seu Valdo estava à minha espera, e assim que entrei no carro, perguntei se ele sabia como estava meu irmão. Ele disse que Anthony estava bem agora. Ao chegar em casa, fui direto para o quarto de Anthony. Assim que entrei, ele esticou os bracinhos para mim.— Maninha, tô dodói. — ele disse, e eu o peguei no colo.— Você vai ficar bem, maninho. — brinquei com ele, enquanto minha mãe entrava no quarto.— Oi, filha! Não sabia que você tinha chegado.Minha mãe estava com um prato de sopa e eu disse que daria a sopa para meu irmão. Anthony e AnaFê sempre querem que eu dê comida na boca deles quando estão doentes, e não me importo porque gosto de cuidar deles.— Vai descansar, filha, pare de mimar seu irmão. — minha mãe sugeriu.— Deixa eu mimar o Thony um pouquinho. Minha vida é tão corrida que quase não tenho tempo para isso. — respondi, enquanto acomodava Anthony no meu colo.Minha mãe sorriu, compreendendo. Sentei na cama e comecei a alimentar meu irmão, que estava visiv
Quando chegamos à casa de Laiane, fomos recebidas pela mãe dela, Camélia Soares, uma mulher gentil e sempre atenciosa.— Olá, meninas. Que bom ver que minha filha tem amigas de verdade. — disse Dona Camélia, com um sorriso caloroso.— Olá, Dona Camélia. Viemos ver como a Laiane está. — respondi, notando a preocupação nos olhos dela.— Ela está trancada no quarto desde ontem e não quer sair. Com tudo o que aconteceu com o namorado, ela está muito abalada. — explicou Dona Camélia, suspirando.— Vamos falar com ela. — Valentina disse, determinada.Dona Camélia nos guiou até o quarto de Laiane e bateu suavemente na porta.— Laiane, querida, você tem visitas. — disse ela, com uma voz gentil.— Não quero ver ninguém! — veio a resposta abafada de Laiane do outro lado da porta.— São suas amigas, Laiane. — insistiu Dona Camélia.Houve um momento de silêncio antes da porta se abrir lentamente. Laiane nos viu e, sem hesitar, pulou no nosso pescoço, abraçando-nos fortemente. Podíamos sentir o qu
Anthonella Fagundes Lancaster Equilibrar a vida profissional com a criação de quatro filhos é uma loucura, ainda mais com Jhonathan que às vezes se comporta como uma criança. Tem vezes que penso que o tempo não passou para ele. Infelizmente, Berenice se aposentou após a perda de Aloísio, seu marido, e depois de três secretárias, finalmente parece que Jhonathan contratou uma boa secretária.— Senhora Lancaster, venha até a minha sala, por favor. — Jhonathan disse assim que atendi a ligação.Me levantei e fui até a sua sala. Ele fez um sinal para que eu me aproximasse e sentei ao seu lado.— O que precisa, senhor Lancaster?— Meu amor, acabei de receber a ligação da minha mãe. Jimmy vai se formar e ela quer a nossa presença.— Ficaremos quantos dias fora? MaFê tem seus treinos e a faculdade, Gustavo tem escola. Não sei se eles poderiam se ausentar.Pensamos por um breve momento e decidimos que levaríamos os dois menores e deixaríamos Gus e MaFê sozinhos, mas Jhonathan não gostou muito
Maria Fernanda F. LancasterEstávamos na entrada da faculdade, Valentina e eu, esperando Laiane. O dia estava lindo, o sol brilhava, e o clima estava perfeito para aproveitar o tempo com as amigas. Valentina estava ao meu lado, conferindo as mensagens no celular.— Lá vem ela! — Valentina apontou para Laiane que vinha caminhando apressada.Quando Laiane se aproximou, Valentina e eu a carregamos animadamente em direção à cafeteria.— Vamos lá, você precisa se preparar para hoje à noite. — eu disse, sorrindo.— O que tem hoje à noite? — Laiane perguntou, confusa.— Um jantar da ONG Fundação Anthonella Fernanda. Você está convidada. — expliquei, com entusiasmo.— Sério? Que legal! Meu pai faz negócios com uma empresa parceira dessa ONG, então já íamos mesmo. — Laiane respondeu, surpresa.— Vai ser ótimo ter você lá. — Valentina disse, piscando.Nos acomodamos em uma mesa na cafeteria, pedimos nossos lattes e começamos a conversar sobre o jantar e como seria divertido. Depois de um tempo,